Estou de volta depois de duas semana no estrangeiro. Precisava mesmo de descansar. Foi muito gratificante para mim. Revi locais que já não via há muito tempo. A evolução chega a todo o lado. Fiquei de queixo caído. Havia muitas modificações. Andorra no seu melhor. Tempo maravilhoso, mas muita neve por lá. Bordéus, onde estive aquando da minha doença e na qual fiz o meu transplante de medula, Paris, cidade romântica, Zagreb, Budapeste, Viana de Áustria ( Estava aqui quando me comecei a escrever com o Fernando Pedro Cachaço ). Enfim, lugares muito bonito e de descanso.
Mas vamos a mais uma narrativa da minha triste experiência com o Pedro. Abro o meu diário e começo a ler...
Sábado, 10 de Setembro de 2005
Acordo com uma dor de cabeça enorme pelo que se tinha passado no dia anterior. Estou triste e abatida. O meu coração sangra qual rio em época de chuvas intensas.
Volteio-me na cama. Aperto a minha cabeça que parece que vai explodir a qualquer momento. Ouço o telefone tocar e nem um milímetro me movo para o atender. Meu marido atende. Acaba de chegar depois de ter tomado banho.
Pela conversa sei que é a minha filha. Quero falar com ela, mas a minha cabeça não deixa. Não a posso levantar da almofada e um vómito seco sai da minha garganta...
Meu marido fica aflito e diz a minha filha que eu estou doente.
Não consigo ouvir a conversa que se desenrola entre o meu marido e a minha filha querida. Desmaio!
Não sei o que se passou. Apenas acordo com um pano muito fresco na testa.
Meu marido quer levar-me ao hospital, mas eu digo que só tenho dor de cabeça e preciso descansar.
Com os olhos fechados ouço a narrativa da conversa da minha filha com o meu marido.
Fico triste! Não posso ir a Alemanha para a visitar. Ela tem conferências em Frankfurt e que acabam no final do mês. Agora só no Natal.
Depois, depois apago completamente num sono tão profundo que aflige o meu marido...
É já tarde quando abro os olhos. Meu marido continua ali ao meu lado com as minhas mãos entre as dele. Fica feliz e pergunta se estou melhor. Claro que sim! Aquele sono foi tão reparador que me deu uma alma nova.
Levanto-me, dou um beijinho ao meu marido e vou tomar banho.
Quando desço, já o meu marido está a preparar o almoço.
Entretanto dou uma olhada no telemóvel.
10h 23m 59s
< Bom dia amor desculpa, o que se passou ontem. AMO-TE muito e tu sabes disso. beijokinhas doces. >
Respondo que as desculpa "evitam-se " como ele me costuma dizer. Fica zangado e só sei dele mais tarde.
21h 10m 31s
< Vai ao MSN quero falar contigo. Bjs >
Respondo que não posso, mas não lhe digo que estive com dor de cabeça.
< Dorme bem e até amanhã. Bjs >
E é assim que termina mais um dia, horrendo, que o Fernando Pedro Cachaço me faz passar...
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