quinta-feira, 30 de julho de 2015

Eu não esqueço!

Terça, 30 de Novembro de 2004
 
Mais um dia de desespero. O Fernando Pedro estava louco, só podia. Argumentava de toda a maneira para eu ir viver com ele. Sentia-me à beira da loucura. A minha mãe por um lado, mas com ela eu tinha um dever. Com ele, não. Eu apelava ao bom senso dele, mas ele não tinha, não tem, nem nunca o terá.
 
 
10h56m20s
 
 
< Meu Amor de ontem de hoje e de amanhã. Hoje não posso falar. Estou em Santa Apolónia e estou acompanhado. Mas não me esqueci do que falámos, ontem. Não te esqueças que, só te quero a ti e ficar contigo para SEMPRE. Juntos e eu ter vontade de ir para casa pq te tenho à minha espera. Aqui não está fácil. Ela sai a ralhar e entra a resmungar. Não aguento mais isto. Só a C****** R`**** me ajuda. Fico a ajudá-la nos trabalhos e isso ajuda-me a passar o tempo. Como está a tua mãe? Mais uma a separar-nos. Falta pouco para a ires levar. Fazemos uma festa. Vais pôr ar condicionado? É bom para qd eu for ter contigo estar quentinho. Amo-te sabias? Bjs quentes, doces e molhados e meigos. >
 
 
13h20m10s
 
 
< Amor cheguei do almoço. Se poder falar contigo, diz-me. Bjs só nossos. >
 
 
17h36m19s
 
 
< Amanhã é feriado. Vai ao MSN para falarmos um cadinho. Não respondes se queres ficar comigo. Porquê? Não tenhas medo. vai ser bom. Já ficámos juntos e deu tudo certo. Quando há AMOR há, o resto. Estou triste pq não te ouvi a tua voz. Bjs que só tu sabes dar. Hum... que bom... Tenho saudades. Até mais logo. >
 
 
22h30m10s
 
< Foi bom falarmos. Espero passar este tempo com a tua mãe. Depois voltamos a falar. Bjs doces e dorme bem. >


quarta-feira, 29 de julho de 2015

Devaneio

Segunda, 29 de Novembro de 2004
 
 
09h55m23s
 
 
O Fernando Pedro estava louco. Só podia. Não estava nos meus horizontes, deixar o meu marido e ir viver com um fulano que mal conhecia. Era absurdo, no mínimo.  Falava por falar, dizia eu. Não abdicava da casa que tinha comprado ao irmão e a deixava para a companheira. De facto que ambos a estavam a pagar à Caixa Geral de D********. A filha mais nova andava, ainda, no nono ano e precisava muito do pai. Ele só me estava a ludibriar e à espera que eu fizesse uma loucura.
 
- Estou sim, por favor?
- Bom dia amor. Já posso falar?
- Já. Acabei agora de me despachar.
- Como foi o teu fim de semana?
- Não muito bom. A minha mãe esteve, outra vez, com delírios. Não queria comer. Cerrava os dentes e nem a medicação era capaz de lhe dar.
- O meu também não foi nada bom. Não falei contigo e nem destes resposta ao meu pedido.
- Que pedido? ( Era tão absurdo que até me esquecera).
- Queres casar comigo?
- Que devaneio é esse? Quer dizer a minha mãe tem a doença e tu tiras-lhe o proveito. Não penses nisso...
- Porquê? Não queres? É assim o teu Amor por mim?
- Não se trata disso. Mas é prematuro falar numa coisa tão séria. Eu estou com problemas graves e não quero mais um.
- Mas eu estou decidido. Aqui em casa não se vive. Já não a posso ver.
- Faz como eu. Não olhes e vais ver que depois de uns dias já gostas de olhar para ela porque tens saudades.
- Isso não vai acontecer.
- Por agora, não quero falar no assunto.
- E depois falas?
- Dá tempo ao tempo e ele tudo esclarecerá.
- Está bem, mas não penses que me vou esquecer...
- És de ideias fixas? Não gosto. Gosto de inovar.
- Eu também. Para rotina, já chega a que agora vivo.
- Agora é um devaneio e não iria dar certo. Arrependíamo-nos logo no próximo momento.
- Eu não. E não me vou esquecer disso.
- Olha, estão a tocar à porta. Tenho que ir ver. Pedi medicamentos e o Senhor V***** disse que os vinham cá trazer. Beijos
- Beijos quentes, doces, molhados e com loucura.
 
 
14h22m02s
 
< Amor vou agora para a linha de Cascais. Não sei qd me despacho. Bjs com amor. >
 
 
18h28m05s
 
< Meu amor de ontem de hoje e de amanhã. Só fiquei livre agora. Logo vê se vais ao MSN. Faz como sempre. Quando vais deitar a tua mãe. Ele desce e tu ficas, para falares comigo. Se visses o meu coração vias, como ele bate pelo teu e sempre que penso, em ti. Vou agora pa casa sem, vontade nenhuma. Estou cansado, mas feliz por nós. Bjs doces de mel. >
 
21h57m43s
 
< Foi pouco tempo mas, foi bom falar contigo. Bjs de boa noite. >
 
 


terça-feira, 28 de julho de 2015

Estou decidido

Domingo, 28 de Novembro de 2004
 
O Fernando Pedro estava com a ideia fixa que havia de casar comigo. Hoje sei que não era por mim, mas pela minha posição social. Todas as mulheres com quem tem andado, todas são de uma posição social boa e com um nível financeiro bom, acima da média. É o retrato de um sociopata que é bom não nos cruzarmos com ele. Apenas pensa em dinheiro e numa boa vida à custa das mulheres.
 
11h20m10s
 
 
< Meu Amor de sempre levantei-me agora. Fui chamado à noite. Pensei muito em ti. Estou decidido a voltar costas a tudo. Quero casar-me contigo. És a mulher da minha vida. Foram uns dias maravilhosos que passámos no Porto Covo. Lembro como dormia-mos aninhados um no outro. Sentir a tua respiração era tão bom. O teu calor. uma sençação de estar bem comigo e com o mundo. Amo-te e nunca te vou deixar. Espero que seja a tua vontade. Eu sei que não és feliz por, isso quero-te ao meu lado para sempre. Agora vou fazer o almoço. Só estou eu e a C****** R*****. Pensa em mim. Bjs doces ternos e molhados. Adoro-te sabia? >
 
 
15h16m40s
 
< Sei que não podes vir ao MSN a esta hora. hoje não tens a tua empregada. Bjs dos nossos. >
 
 
21h55m09s
 
 
< Meu amor não falamos hoje. Pena. Estou triste. Bons sonhos. Bjs dos nossos. Adoro-te. >

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Vou casar contigo

Sábado, 27 de Novembro de 2004
Enganei-me no dia. Era Sábado e não sexta. Olhei para o dia anterior. Só depois verifiquei o erro.
 
O nosso sociopata Fernando Pedro continuava a bajular-me cada dia mais. Não sei o que tinha em mente, mas era algo em grande. Mais uns meses é que percebi o que ele queria, mas já era tarde para voltar atrás. Estava envolvida até ao pescoço e não podia retroceder.
 
10h20m23s
 
 
< Meu Amor de ontem de hoje e de amanhã. De sempre. Nunca me deixes pq eu nunca te vou deixar. És a mulher que tanto procurei. Sinto-me FELIZ por isso. Cá em casa continua, tudo um caus. Eu pouco falo e ela está sempre de mau humor. Só tenho as minhas filhas para me aliviar. Um dia vou voltar costas a isto, e vou casar-me contigo. Queres? Penso nisso a todo o instante. Preciso de ti percebes? Hoje vai ao MSN. tenho que falar contigo. estou muito triste com tudo isto. Só gosto de estar em, casa qd ela está a trabalhar. é um ambiente de cortar à faca. Mas não quero que tu fiques triste. Amo-te e vou-te, fazer feliz. Bjs dos nossos quentes doces com loucura. >
 
 
15h12m08s
 
< Amor estou no msn. Se poderes aparece. bjsdoces de mel. >
 
 
21h55m30s
 
< Amor mesmo agora falámos e já tenho saudades. Dorme bem. Bjs molhados. >  
 
 

domingo, 26 de julho de 2015

Ciúmes

Sexta, 26 de Novembro de 2004
Mais uma conversa com o Pedro e uma tontice da parte dele. Não se viu ter ciúmes de uma mãe. Não era saudável como não o era nada na nossa relação. Hoje, folheando o meu diário, dou comigo a enojar-me do tempo que andei com ele. Todos os dias da minha vida, me vou condenar. Pobre da mulher que anda agora com ele. A D******* M***. Mas ela já sabia com o que se estava a meter. Eu contei-lhe. Ele é homem de muitas mulheres. Quando tem o que quer, arranja algo para acabar com a relação, mas já tem outra na calha. Nunca está sozinho e sempre tem dinheiro que ganha às mulheres inocentes que acreditam nele.
 
09h45m12s
 
- Estou sim, por favor?
- Meu Amor, bom dia. É má altura?
- Não. Já a tenho sentada aqui na sala e toda despachada.
- Quando é que nos vemos?
- Na próxima quinta vou a fazer higienização à minha boca a A******. Tenho marcado para as 3h. São certinhos. Queres ir lá ter comigo?
- Ótimo. Vamos matar saudades.
- Mas temos que ser discretos.
- Vou de comboio e tu vais ter à estação.
- Sim, pode ser.
- Amor não aguento estar separado de ti.
- A mim também me custa muito. Mas vamos falando.
É o que nos une ainda mais. Amo-te e já não sei passar sem ti. És a minha droga.
- Credo! Não digas isso...
É no bom sentido. Agora não posso ouvir-te dizer que me amas. Diz só uma vez.
- I love you. Assim ela não percebe.
- Bem pensado. Tens sempre uma boa saída. Amo-te pelo que és.
- Sabes, isso é muito rebuscado.
- Achas? É de coração. Amo-te pela mulher que és.
- Oh! Obrigada. És muito gentil.
- Sou eu próprio e tu também. Continua assim e não mudes. Gosto de ti assim.
- Eu também. Tenho que desligar. Está a querer levantar-se.
- Beijos doces, molhados e meigos. E sei que também mos envias.
- Até logo.
 
 
15h32m55s
 
< Amor não disseste se podia telefonar. Bjs dos nossos. >
 
 
18h09m10s
 
< Meu amor de ontem de hoje e de amanhã. Não quero pensar, mas tenho que dizer. A tua mãe está sempre entre nós. Eu sei que é complicado, mas tenho ciúmes dela. Não devia ter mas, tenho percebes? Não sei explicar.
Logo vai ao MSN. Bjs só nossos e que tu sabes dar tão bem. Hum, que bons são. Sabem a mel e rosas. >
 
 
22h01m01s
 
< Foi bom falar contigo. Bons sonhos. Bjs de quem te adora, sabias? >

sábado, 25 de julho de 2015

Só se fala de tua mãe

Quinta, 25 de Novembro de 2004
 
O mau tempo tinha passado. Conversei com o Pedro no MSN e tudo ficou resolvido. Por muito que me custasse o passo que tinha dado, mas ele prendia-me com as suas conversas cheias de carinho, amor e paixão. Tinha pensado em acabar com toda esta loucura, mas ele era tão persistente que me enlaçou mais uma vez. Tudo o que escrevo é verídico e tenho certeza que ninguém poderia escrever com tanta exatidão. Tenho o meu diário que me ajuda a avivar a memória. Os e-mails dele são transcritos tal qual ele escreveu. têm muitos erros e vírgulas fora do lugar, mas ele escreve mesmo assim.Ficou estabelecido entre nós, não focar o sucedido.
 
 
10h45m26s
 
 
- Estou sim, por favor?
- Hoje é mais tarde. Esteve aqui o chefe e só saiu agora. Como está o meu Amor?
- Na medida do possível, estou bem, embora muito cansada. A minha mãe esteve muito agitada de noite.
- Não podes pô-la a dormir durante o dia?
- Para dormir de noite já é um problema, quanto mais de dia. Fala na linguagem dela todo o dia. Já se vai percebendo mal, mas tiram-se umas pelas outras.
- E a tua empregada não pode tomar conta dela enquanto tu descansas um cadinho?
- É pior que um bebé. Temos que ser as duas a tomar conta dela. E depois há a muda da calcinha lindor para não fazer ferida. Não quero que vá ferida para as minhas irmãs, embora tivesse vindo assim. Tenho halibute e outra pomada que a médica receitou para lhe pôr. Vou alternando.
- É mesmo muito trabalho. Mas já falta pouco.
- Ainda é só no dia 11 de Dezembro que vou à terra a um casamento e a vou levar para ficar com a minha irmã mais velha. É muito complicado.
- Amor é só falar de tua mãe e nada de nós.
- Temos tempo de falar de nós. Só te tenho a ti para desabar. A minha irmã mais nova nem telefona a perguntar pela minha mãe, mas vai herdar tanto quanto eu.
- Deixa lá, ficas tranquila e que fizeste o melhor.
- Isso não tenho dúvidas.
- Meu Amor logo posso telefonar?
- Não. A Glorinha vai ficar até o meu marido chegar.
- Então vais ao MSN?
- Não sei. Não posso nomear nomes não vá ela estar naquele momento de lucidez. Beijinhos e até logo.
- Beijinhos que te queria dar com todo o meu amor.
 
 
17h22m14s
 
 
< Meu Amor vou sair agora. Ainda vou a Santa Apolónia e estou cansado. Mas não me canso de pensar em ti. Mais uma vez te, digo que te AMO muito e sempre amarei. Serás a minha musa. A minha estrela a luz do meu dia. Nunca me deixes que eu não o vou fazer. Bjs doces meigos molhados e carinhosos. Logo vai ao MSN se poderes. >
 
 
22h01m09s
 
 
< Meu Amor ainda arranjas um cadinho para falar-mos. És a minha amada. Dorme bem. Bjs quentes. >

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Melado

Quarta, 24 de Novembro de 2004
O Pedro estava desesperado. Não pensou que eu tivesse esta reação. Mas não se brinca com os sentimentos e as preocupações dos outros. Eu estava a ficar exausta e ele não compreendia.
 
 
09h32m43s
 
 
< Meu Amor de ontem de hoje e de amanhã. Estive com uma insónia devido ao que disse. Desculpa meu Amor. Estou com saudades do teu corpo e de ti toda. Diz alguma coisa para eu descansar. Perdoa-me e esquece o que eu disse. Amo-te e prontos. Não sei viver sem ti. És tudo para mim. Fico à espera. Senão disseres nada acredita, que vou aí. Quero desfazer o que fiz. Amo-te amo-te amo-te para sempre. És a mulher da minha vida. Não sei que mais te hei-de dizer para acreditares em mim. Perdoa e diz que ainda, me amas. Fico à espera. Bjs quentes molhados e suaves e meigos. >
 
 
 
15h29m46s
 
 
< Quando poder falar diz-me. Estou mais tranquilo e percebo-te. Amo-te muito acredita. És o meu sol. Bjs quentes molhados dos nossos. >
 
 
 
17h23m15s
 
 
< Tinha-me esquecido de que tinhas a tua empregada. Vai ao MSN para falarmos. Bjs doces de mel. >
 
 
21h46m12s
 
 
< Assim ficou tudo esclarecido. Dorme bem e amo-te muito. Bjs dos nossos. >

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Sem Palavras

Terça 23 de Novembro de 2004
 
 
Mais uma conversa com Pedro que se tornou infrutífera. Fiquei sem saber o que dizer.
 
 
11h34m57s
 
 
- Estou sim, por favor?
- Meu Amor sou eu. É boa hora?
- Agora já tenho receio e nunca sei quando é boa hora. Ela piorou esta noite. Ontem estive muito tempo no médico e ela descambou. De noite não dormi nada e estou cansada.
- Vê lá não tenhas passado a noite com outro.
- O quê? Nem sei que te diga. És um insensível. Eu tenho cá a minha mãe, não sei se te recordas de a ter visto no sábado.
- Estava só a brincar...
- Dessas brincadeiras, não gosto. Se te saíres com outra igual, desligo o telefone.
- Estás à vontade. Força.
- Olha, não estou para conversas estúpidas. Com licença. (Desliguei mas ainda o ouvi dizer. )
- Espera...
 
 
13h05m01
 
< Ainda estás chateada comigo? Desculpa. Bjs quentes. >
 
 
17h32m20s
 
< Meu Amor de sempre peço desculpa do que aconteceu. Mas estou com muitas saudades tuas e a tua mãe impede de te ver. Mas tb te digo só, outro homem nos separa. Eu amo-te muito para te perder. Eu sei que as desculpas evitam-se, mas saiu-me. Foi infeliz. Diz-me qq coisa senão vou aí amanhã para te ver. Era o nosso dia lembras-te? Bjs quentes doces e molhados.
 
Ps. Não fiques zangada. >
 
21h55m30s
 
< Ficaste amuada? Nem aparecestes no MSN. Boa noite. Dorme bem. Bjs doces. >


quarta-feira, 22 de julho de 2015

Receio

Segunda, 22 de Novembro de 2004
 
 
10h15m...s
 
 
- Estou sim, faz favor?
- Meu Amor não atrapalho?
- Bom dia Pedro. Nem sei o que te diga.
- Porquê? Que se passou? A tua mãe está pior? Fala!!!
- Sabes, tenho receio de falar contigo. A minha mãe tem momentos ínfimos de memória e pode estar certa. Acho que ela no sábado apanhou alguma coisa sobre nós.
- Como assim?
- Ontem disse ao meu marido a seguinte frase:- Eu sei que são amantes, mas não digo o que vi. - Fiquei petrificada e colada ao chão. Insisti que contasse o que tinha visto, mas dizia o mesmo. O meu marido levou para que ela nos via beijar quando ele chegava e como não nos conhece, alvitrou aquilo. Que te parece?
- Tu é que a conheces. Eu só a vi, mas pareceu-me muito distante.
- E estava. Quando entrei para o carro, perguntou-me se tu eras médico. Já não sei o que fazer.  
- Não faças nada. Não me chames pelo meu nome e vamos ter conversas que não te comprometam.
- Tens razão. Vamos ser mais discretos e serei eu a telefonar. Se não estiveres, falamos depois. Vamos enviando mensagens e pouco mais.
- Okay. Vamos fazer isso. Que o teu marido não desconfie.
- Agora vamos terminar. Ela tem um olhar distante, mas olha fixamente para mim. Tenho receio.
- Ela a mim não me ouve. Beijinhos doces, molhados e meigos e suaves com Amor.
- Até logo. E a Glorinha vem hoje.
 
 
12h10m05s
 
 
< Bom almoço meu Amor e sei o que estás a passar. Amo-te muito. Bjs quentes. >
 
 
17h15m09s
 
 
< Meu amor de ontem de hoje e de amanhã. É muito difícil o que se está a passar. Se é para mim faço, ideia como será para ti.
Tenho esperança que apareças logo no MSN mas, senão apareceres eu, compreendo e dou-te valor por isso. Já passou uma semana e o tempo passa depressa. Quando tudo terminar fazemos, uma festa. Tenho saudades tuas, percebes? Bjs dos nossos. >
 
 
22h01m01s
 
Dorme bem meu Amor. Compreendo porque não apareces. Bjs que só tu sabes dar. Adoro-te sabia? >

terça-feira, 21 de julho de 2015

Entre Nós dois

Domingo, 21 de Novembro de 2004
 
10h15m02s
 
 
< Bom dia meu Amor de sempre. Ontem foi um momento maravilhoso e único entre nós dois. Os teus beijinhos foram, alimento para o resto do dia. Entre nós dois está um lindo Amor. A tua mãe deveria ser uma grande Senhora. Nota-se que tem pose. Estava muito bonita, mas não te pareces com ela. É com o teu pai? Tens uma pele limpa e suave, macia e brilhante. Nunca mudes. És linda assim. Não precisas de pinturas e nada artificial. Quero que entre nós dois estejas sempre como tu és. Amo-te por isso e pelo lindo coração que tens. Tratas a tua mãe com muito carinho e isso deixou-me a pensar que tb és assim para mim, percebes o que quero dizer? Adoro-te, sabias? Entre nós haverá sempre um lindo Amor. Vê se tens um cadinho para falarmos. Bjs doces, molhados e meigos e suaves. >
 
15h23m09s
 
< Amor ela foi trabalhar. Estou no MSN. Bjs doces dos nossos. >
 
 
22h01m10s
 
< Compreendo que não tenhas tempo. Dorme bem. Adoro-te sabia? Fica bem. Bjs dos nossos. >

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Surpresa

Sábado, 20 de Novembro de 2004
 
 
10h30m e alguns segundos
 
 
< Era sábado. Dia da minha consulta. Meu marido não se disponibilizou para me acompanhar e ajudar na tarefa espinhosa com a minha mãe. Foi, sim, para casa da minha sogra como acontecia há já vários sábados. Eu tive que me desembaraçar sozinha não obstante o meu receio de dar uma crise à minha mãe.
 A consulta decorreu na normalidade e o médico, embora não fosse a sua especialidade, mas fez o obséquio de fazer uma consulta a minha mãe. Como as gotas S.O.S já estavam a faltar, ele receitou-me outro frasco para uma crise mais proeminente.
Saí do consultório com a minha mãe pela mão e dirigi-me ao balcão para marcar exames que o médico me tinha pedido para fazer. Sentei a minha mãe numa cadeira e pedi a uma empregada, muito simpática, que estivesse com a minha mãe até eu marcar os exames. A minha mãe alheada de tudo, mas foi submissa.
Quando acabei de marcar os exames, dirigi-me para a empregada e agradeci encarecidamente, dando-lhe uma gorjeta simbólica. Voltei-me e nem queria acreditar no que os meus olhos viam. O Pedro estava atrás de mim com um sorriso de orelha a orelha. Eu fiquei estupefacta e pensei se não seria uma visão que estava a ter. Nunca pensei que ele fosse ter comigo à Clínica. Estava fora da minha imaginação vê-lo ali. Com a minha mãe pela mão, fui ter com ele e dei-lhe dois beijinhos nas faces. Apresentei-o à minha mãe como se fosse um colega meu. Mas ela não deu importância. Recebeu o cumprimento e ficou no seu casulo. Eu agradeci ao Pedro a grande e linda surpresa que me tinha feito. Ele disse que já tinha muitas saudades minhas e salientou que não aguentava se não fosse ter comigo. Acompanhou-me até ao carro e falei que a F******** ir aposentar-se e que faria uma almoço de despedida como eu tinha feito. Para a minha mãe pensar que era verdade, não estivesse ela nos raros momentos de lucidez, perguntei ao Pedro se queria ir ao almoço. Seria depois da minha mãe se ir embora. Ela esperava por mim. Éramos muito amigas.
Quando cheguei ao carro, meti a minha mãe no banco e pus-lhe o cinto para ela não sair e vim com o Pedro para a traseira do carro darmos beijinhos, abraços e carícias. Ficámos assim durante algum tempo, mas sempre com o olho na minha mãe. Estava impávida e serena como se não estivesse ali.
Depois de algum tempo, despedi-me do Pedro. Fora uma manhã  maravilhosa com aquela surpresa que estava longe de ter.
Quando entrei para o carro, a minha mãe perguntou-me se era algum médico e o que tinha dito. Eu disse-lhe que era um colega e ela ficou calada a olhar para mim.
 A tarde decorreu normal. O Pedro enviou-me uns versos referentes a Porto Covo. Eram lindos e até chorei de alegria.
 
< Amor mio hoje tb me deu, para fazer uns versos para ti. Gostei de matar saudades tuas. Estavas linda.
 
Não me chames de lamechas
Pelo que te vou dizer
Amor não me deixes
Eu não te posso esquecer.
 
 
Uma mosquinha eu queria ser
No teu tecto a espreitar
Para Amor eu te ver
Quando te estás a banhar
 
 
Saborear os momentos
De te ver ali deitada
Estás em meus pensamentos
E tu és a minha amada
 
Ver o teu corpo de seda
Com o paninho amarelo
a lavares o teu corpinho
Que é todo o meu desvelo
 
Vou andar atrás de ti
Todo o dia a espreitar
Eu já não vivo sem ti
Eu só te sei amar
 
Uma mosquinha queria ser
E para ti só olhar
Eu não vou desaparecer
No teu tecto a espreitar.
 
 
Ora diz lá senão sei fazer versos!?
Foram feitos a pensar em Porto Covo quando tu tomavas banho com o teu peninho e eu te lavava com meiguice. Amo-te e prontos. E sei que tu tb me amas. Os teus olhos até brilham quando me vês. Bjs doces molhados e meigos e suaves com amor. Teu Pedro. >
 
 
21h56m38s
 
< Amor os teus versos em resposta tb tão bonitos. Já não falei contigo, mas amo-te, sabias? Bjs dos nossos. Dorme bem. >

sábado, 18 de julho de 2015

Preocupado! ( Seria? Hoje ponho as minhas dúvidas )

Sexta, 19 de Novembro de 2004
 
Mais uma foto da lindíssima Vila de Alvito. Lugar onde nasceu o nosso protagonista sociopata que me ludibriou até aos ossos. Ele enganou, com mentiras, um Sargento da GNR, mas isto ainda não fica assim. Não posso deixar que um Sargento tão prestigiado seja ludibriado como eu fui. Isto vai dar pano para mangas, ainda. Não tenho medo e tenho provas do que digo, sem mentiras.
 
10h15m20s
 
- Estou sim, faz favor?
- É boa altura para falares um cadinho comigo?
- Sim. Já estou com a minha mãe na sala e ela está mais calma. Pelo menos agora.
- Ando preocupado contigo. Ainda ficas doente.
- Não fico nada. Tenho a Glorinha que me ajuda muito e me ensina, também.
- Tenho tantas saudades tuas...
- A sério? Não me digas? E eu a pensar que nem estavas nem aí.
- Tontinha. Sabes que te amo muito e tenho saudades dos teus beijos. Hum! Só de pensar fico arrepiado.
- Eu também tenho saudades tuas, mas  tenho que aguentar, não?
- Amanhã sempre vais à Clinica de S***** A****** em S******?
- Vou. Tenho consulta e não posso faltar. Levo a minha mãe.
- A que horas é?
- Tenho consulta às 10h da manhã. Porquê?
- Por nada. Era só para saber por onde anda o meu Amor.
- Só isso? Agora não posso andar por muito lado. Na segunda vou com a minha mãe ao Doutor P****** a Al*****. Aí vai também o meu marido, mas amanhã vou sozinha com a minha mãe porque o meu marido vai para a minha sogra.
- Era o nosso dia, mas agora vão ser dias de tristeza.
- Não são nada. Eu estou otimista e hoje nada me faz entristecer. Sabes o que a minha mãe chama ao meu marido?
- Não. Mas não o reconhece?
- Não. Chama-lhe o " homem da lenha", porque ele todos os dias traz lenha no cestinho para a lareira. Isto é que me entristece. Se soubesses como era a minha mãe, também sentias o mesmo.
- Pois! Tu é que sabes como ela era...
- É a doença maldita que se apoderou dela. Olha para mim com estranheza e tem conversas que não percebo nada. Enfim!
- Amor, tenho que ir fazer alguma coisa ao homenzinho. Pagam-me para trabalhar.
- Eu sei. Beijinhos dos nossos.
- Beijinhos quentes, doces e molhados. Adoro-te, sabias?
- Não. Será?
- Ainda tens dúvidas? Tontinha. Até logo. A Tua empregada vem hoje?
- Vem. Hoje está até o meu marido chegar. É melhor não telefonares.
- Okay! Beijinhos.
 
 
17h20m35s
 
< Meu doce Amor mais uma semana passada e sem te ver. Amanhã também não te vejo e quem sabe quando voltamos a estar juntos. Fazemos uma festa quando isso acontecer. Não vais ao MSN? Vê se vais um cadinho para falar-mos. Era bom. Eu espero por ti. Ela está a trabalhar. Bjs que só tu sabes dar. >
 
22h01m56s
 
< Não viestes ao MSN. Boa noite. Sonha comigo. Bjs quentes doces e molhados. >
 

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Trabalho extra com a minha mãe

Quinta, 18 de Novembro de 2004
 
 
10h20m45s
 
Pedro tentou ligar a esta hora porque sabia que a minha mãe me dava muito trabalho pela manhã. Eu estava de rastos. A minha mãe tinha feito muitos disparates e eu não tinha mão nela nem sabia como fazer.
 
- Estou sim, faz favor?
- Amor dá para falarmos um cadinho? Pareces cansada. Que se passa?
- Foi a minha mãe que fez coisas horríveis. Tenho-a sempre comigo na casa de banho quando estou a tomar o meu banho. Ela conseguiu abrir a porta e só fez disparastes no quarto onde dorme. Tirou a fralda e fez o inevitável. Ela que já tinha dado banho, estava toda suja de fezes e o quarto nem sei o que parecia. A cama ficou toda suja. O edredão de penas, foi à vida. A cadeira, a escrevaninha da minha filha estava um caos. Foi horrível. E hoje a Glorinha só vem da parte da tarde. Foi trabalho dobrado. Não queria que ela visse o quarto assim.
- Mas pagas-lhe para ela te ajudar...
- De facto, mas tinha vergonha que ela visse como tinha tudo. Já está limpo. Mas estou um farrapo.
- Amor tem calma e agora descansa.
- Tenho-a aqui sentada e não a perco de vista. Agora só tomo banho quando a Glorinha vier ou, então, tiro a chave da porta. Não tem força para apanhar a colher para comer e teve força para abrir a porta.
- Sabes que é sempre assim. Não pensei que te desse tanto trabalho. Nem que estava tão mal...
- Agora desculpa, mas tenho que descansar. Nem sei como tive coragem para limpar tudo. Felizmente que tinha álcool de sobejo em casa. Desinfetei tudo e a mim também. Ainda bem que tinha resguardo no colchão. Senão, também tinha ido à vida.
- Não tens que pedir desculpa. Estou apavorado com tudo isso e, continuo a dizer que era melhor estar num lar. Fala com as tuas irmãs!!!
- Não dá, Pedro. Elas ainda não querem. Olha está-se a querer levantar-se. Tenho que desligar. Beijinhos.
- Beijinhos e penso muito em ti, se isso se serve de consolo. 
- Obrigada e até logo. Beijinho.
- Beijinho, Amor.
 
 
17h45m10s
 
< Amor não me atrevo a telefonar. Não te quero atrapalhar visto a tua mãe te dá muito trabalho. Logo vai ao MSN para falarmos um cadinho e tu descontraíres. Beijinhos doces, molhados e meigos. >
 
22h10m55s
 
< Amor não vieste ao MSN. As coisas estão piores? bjs quentes, doces e molhados. Dorme para não caires doente. >
 


quinta-feira, 16 de julho de 2015

Tristeza

Quarta,17 de Novembro de 2004
 
 
10h00m00s
 
 
- Estou.
- Pedro sou eu. Posso falar? Como disseste que podia falar para este número eu tomei a liberdade.
- Ó meu Amor ainda bem que telefonaste. Como estão as coisas? Estava com uma tristeza tão grande que nem me apetecia trabalhar.
- As coisas estão na mesma. Já tratei a minha mãe e agora está a olhar para a televisão. Nem me conhece. Umas vezes chama-me prima, outras vizinha. Enfim, é um quadro muito triste.
- Mas que doença! Já pensaram em metê-la num lar?
- Pedro enquanto ela não cair à cama, vamos tratando dela. Depois metemo-la numa casa de saúde que há em P****** muito boa.
- Mas um lar é mais barato.
- Ela tem bem para pagar bons serviços e tem enfermeiros constantes, médicos e assistentes. Temos que zelar por ela. Ela também zelou por nós.
- Pois, vocês é que sabem.
- Vim só para te ouvir um bocadinho.
- E foi bom, Amor. Telefona sempre. Eu agora nunca sei quando estás disponível!
- Pois! Quando eu puder, telefono. Beijinhos doces e até logo.
- Beijinhos molhados e foi um momento muito bom. Obrigado.
- Até logo e não tens que agradecer.
- Até logo, Amor.
 
 
 
17h45m10s
 
 
< Meu Amor de sempre agora é difícil falar contigo. Mas vou sempre escrevendo para estar mais perto de ti. Não sei como foi o teu dia, mas deve ser muito complicado. Estou sempre, contigo no coração e no pensamento. Tem calma que o tempo passa depressa. Eu sei que não é assim, mas é para te dar força. Falo por mim. Os dias parecem anos e nunca mais acabam. Amanhã fico em Santa Apolónia. O telefone é 21********. Vai mesmo ter ao meu gabinete. Mais ninguém atende.
Beijinhos molhados doces como o mel e meigos e suaves. Bjs...bjs..bjs. >
 
 
21h55m20s
 
< Estive à tua espera mas, não aparecestes. Dorme bem. Bjs dos nossos. >

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Versos

Terça, 16 de Novembro de 2004
 
09h10m05s
 
 
< Meu Amor de ontem de hoje e de amanhã sei que não posso falar porque a tua irmã deve tar a chegar para trazer a tua mãe. Vão ser dias de solidão e tristeza. Mas a vida é ingrata. Andei na net à procura de uns versos para te enviar. Achei estes bonitos. ( Não os transcrevo porque são com linguagem obscena). Que achas? Eu não sei fazer versos mas vou experimentar.  Vou fazer uns para ti. Depois não te rias porque tu sabes fazer versos muito bonitos. Agora tb não vais estar disponível para mim. Mas quando puderes, telefona para este número 21******** ( Não colo aqui o número porque é falta de respeito e eu ainda o respeito, embora ele não me respeite ). Está mesmo aqui ao pé de mim. Bjs dos nossos e que só tu sabes dar. Quando puderes diz alguma coisa. >
 
 
16h25m46s
 
 
< Meu Amor acabei de receber os teus versos. Pegastes na frase que te disse "nasci do ventre de minha mãe no Alentejo" e fizestes uns versos tão bonitos. Estou feliz por te ter conhecido. Eu sei que a tua mãe dá muito trabalho. É pior que ter um bebé. Mas tem paciência. O tempo passa depressa e depois, tens a tua empregada que sempre te ajuda. De noite é que é pior. Quando tiveres acordada pensa, em mim. Vai sempre dizendo alguma coisa. Como a tua mãe está nem percebe com quem falas. Bjs dos nossos e que só tu sabes dar. Já sei que agora é difícil ires ao MSN. >
 
 
 
22h10m02s
 
 
< Meu Amor mesmo assim deu para falarmos um cadinho. Bjs molhados. Dorme bem. >

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Almoço

Segunda, 15 de Novembro de 2004
 
Mais um emblemático templo de Alvito. História e sabedoria.
 
11h45m45s
 
 
< Neste momento eu estava à porta do Centro Comercial à espera do Pedro. Chegou pouco depois das 12 horas. Beijámo-nos com intensidade. Já não nos importávamos com as pessoas que estavam. Fazíamo-lo com tanto à vontade que parecíamos um casal de namorados. E na gíria, eramos. Falámos do fim de semana longe um do outro. Falei do pack que não consegui abrir e ele explicou-me como fazer.
Almoçámos no sítio do costume. Ele com o tabuleiro à minha frente e eu já sabia o que isso queria dizer. Ele escolheu a mesa do canto. Estávamos mais protegidos dos olhares e nós encontrávamo-nos à vontade.
 Entregou-me uma cassete onde ele cantava canções em karaoke. Eu agradeci imenso. Fiquei feliz por se ter recordado de me cantar umas quantas canções. Disse-me que cantava assim porque tinha andado numa coisa de defesa pessoal que nunca entendi o nome, e lhe tinham dado uma pantufada no nariz ( cito o que me disse) que tinha ficado com o nariz partido e estava à espera de ser chamado para fazer operação. Eu não achava nada no nariz. Para mim tudo o que tinha era perfeito. Despedimo-nos até não sei quando. Eu iria ter a minha mãe em casa durante uns tempos e isso afastávamo-nos temporariamente. A minha mãe precisava de cuidados contínuos e estar eu presente durante 24h sobre 24h. Também iria ser muito trabalho e atenção da minha parte. A Glorinha ia-me ajudar, mas o maior trabalho era o meu. Não me arrependo nada do que fiz à minha mãe. Voltaria a fazer tudo de novo. Mas isso afastava-me do Pedro umas semanas ou um mês. Fosse o tempo que fosse preciso. Eu ficaria com a minha mãe até poder. Ele não gostou da ideia. Não podia ir almoçar com ele nem sairmos. Mas para mim era prioritário estar com a minha mãe. >

domingo, 12 de julho de 2015

Fotos

Domingo, 14 de Novembro de 2004
 
 
 
10h10m10s
 
 
<Bom dia Amor. Dormiu bem? Eu não. Pensei em ti e como era bom estar a teu lado. Beijinhos dos nossos. >
 
 
15h16m20s
 
 
< Meu Amor hoje não vamos ao MSN para ela não desconfiar. Envio as fotos quando ela sair. Bjs que só tu sabes dar. >
 
 
17h45m01s
 
 
< Meu Amor de ontem de hoje e de amanhã. De sempre. Aí vão as fotos. Estão lindas e vê-se que estás feliz. Eu tb estava. Foram os meus melhores dias. Com ela não sou feliz. um dia quero casar contigo. Os teus versos são lindos. Eu adoro-te, sabias? És TUDO para mim. Amo-te como NUNCA amei ninguém. Eu sei que tu tb me amas e isso dá-me coragem para deixar tudo e ir só contigo. Amanhã falamos. Queres ir almoçar comigo? Era bom. Depois vais ter a tua mãe e já não nos vimos. Pensa nisso. Bjs dos nossos, molhados e doces. Hum! Tão bom... não achas? Eu acho.... >
 
 
21h12m05s
 
 
< Meu Amor foi a foto dos pássaros, mas não era para ti. Foi a prenda dela no dia 7 deste mês. Desculpa. Hoje não falamos. Está a minha C****** comigo mas não é bom. Ela pode querer ver o que estou a fazer. É curiosa como tu. Hi..ih..ih.. Bjs muitos e molhados. Dorme bem. Até amanhã. >

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Acordar Triste

Sábado, 13 de Novembro de 2004
 
 
O Pedro enviou-me uma mensagem logo pela manhã que me deixou a pensar se seria verdade.
 
 
09h20m10s
 
 
< Meu Amor estou muito triste. Hoje acordei e tu não estavas a meu lado. Senti-me só. Bjs de quem te ama muito. >
 
 
 
12h36m02s
 
 
< Meu Amor tb não almoçamos juntos. Hoje é um dia muito triste para mim. E para ti? Bjs molhados. >
 
 
15h10m45s
 
 
<Os teus versos são lindos e fazem lembrar os nossos dia de ldm. Adoro-te, sabia? Bjs doces. >
 
 
22h10m13s
 
 
< Hoje não houve MSN. Sinto a tua falta. Depois envio as fotos que restaram. Bjs dos nossos. >

quinta-feira, 9 de julho de 2015

O adeus a Porto Covo

Sexta, 12 de Novembro de 2004
 
 
10h20m00s
 
 
Foi o adeus a Porto Covo e a umas férias de sonho, pensava eu.
 
 
 
Como sempre, o levantar foi por voltas das 8 horas da manhã. O ritual foi o mesmo dos dias anteriores. Mas mais tristes. Os dias tinham chegado ao fim. Porém, não saímos sem fazer amor pela última vez nesse fim de uma lua-de-mel que se tinha pronunciado muito boa.
Depois arrumámos as nossas coisas nas malas respetivas e eu telefonei ao Senhor para lhe dar a chave e pagar. Uma pontinha de esperança aflorava na minha mente. O Pedro iria pagar a sua parte, mas tal não aconteceu. Ele fez-se moço de recados e meteu a bagagem no carro enquanto o Senhor passava o recibo e recebia o dinheiro. Claro que dei um nome falso e uma morada também. Depois metemo-nos  no carro e viemo-nos embora. Falámos alguma coisa, mas pouco. Ambos vínhamos tristes por os dias terem passado tão depressa. Ele dizia que era isso, mas hoje ponho as minhas dúvidas.
Almoçámos em Alcácer do Sal num restaurante muito patusco. Ficava do lado esquerdo da foz do rio Sado. O Pedro conhecia-o muito bem. Era lá que almoçava quando ia a Alcácer ou quando vinha de Alvito, como me contou. Ele comeu ensopado de enguias e eu um peixe grelhado. Nunca vi uma pessoa com tanta minúcia a arranjar um peixe para eu não encontrar nenhuma espinha. Disse que o fazia às filhas e que estava habituado. Soube-me muito bem e tinha fome. Não comi sobremesa. Estava um bocado forte e o Pedro queria que eu emagrecesse. Por ele fazia tudo.
Ainda arranjámos tempo para dar uma voltinha por Alcácer. Andámos na ponte pedonal e tirámos algumas fotografias na máquina digital do Pedro. Foi aqui que ele viu que as fotos anteriores se tinham apagado todas quando ele quis apagar uma minha que tinha ficado tremida. Apostei naquele momento que el ainda não percebia muito bem a digital. Deveria ser mesmo nova.
Arrancámos de Alcácer depois das 15h rumo ao Parque das Nações.
Quando já se via a ponte, o Pedro ainda tirou uma foto que ficou muito bonita.
Deixei-o no Parque das Nações e foi com lágrimas nos olhos que me despedi dele. Foi um "até já" como ele referiu.
Já em casa, aguardei a chegada do meu marido. Foi com alegria que me abracei a ele. Não tinha pensado que o estar longe dele fosse tão amargo. Gostei dos seus beijos e das pedidas de desculpas de ambas as partes. Adorei ter-me envolvido no seu cheio tão inebriante que me deixava louca. Depois voltei à minha vida insignificante. > 

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Segundo Dia

Quinta, 11 de Novembro de 2004
 
 
Mais uma vez me servi do meu diário, embora ainda recorde muita coisa que se passou entre nós. Mas, assim, é mais fiável.
 
 
< Acordámos à mesma hora. Era o hábito. Aqui já acordei mais tranquila e sem perplexidade. Já tinha dormido com ele duas noites e isso já dera para haver mais confiança. Tomámos banho do mesmo jeito e eu, como sempre, demorei-me mais na casa de banho a secar o cabelo. Quando cheguei à cozinha, encontrava-se a mesa do mesmo modo que no dia anterior. Era novidade para mim, mas já não me senti de boca aberta e surpresa. Comemos pausadamente. Ninguém corria atrás de nós. Arrumámos tudo e, quando eu fui mexer na gaveta, os sacos de plástico desdobraram-se e foi uma confusão. Pedro tirou os sacos e ensinou-me a dobrá-los de um jeito que ocupavam pouco espaço e se mantinham bem arrumados. Ainda hoje os dobro assim e ficam bem arrumados. O meu marido perguntou-me um dia onde tinha eu aprendido a dobrar os sacos assim. Fiquei tão atrapalhada e corada que o meu marido notou o meu embaraço. Quis saber e eu, como sabia que ele não gostava do Goucha, respondi que tinha sido num programa dele. Não ripostou, apenas disse que lá tinha saído uma boa coisa dele da mente dele.
 Neste dia não saímos de Porto Covo. Ficámos na Vila a descobrir as praias e o muito que tinha para ver. Fomos até à marina piscatória. e descemos umas escadas. As rochas brilhavam muito e Pedro ia explicando o que eram aqueles pontos luminosos e brilhantes que se viam. Estava seguro de si, mas não me convenceu. Eu estudara mineralogia e sabia o que cada ponto daqueles representava na Mãe Natureza, mas não quis tirar-lhe o mérito. Assim se passou a manhã até que chegou a hora do almoço. Almoçámos no Restaurante " A Falésia ". O Pedro comeu bacalhau à Zé do Pipo e eu comi Peixe espada grelhado. Estava tudo muito saboroso e o Restaurante tinha muito bom aspeto. Falámos muito. Desta feita a conversa recaiu na descoberta do corpo humano e nas sensações maravilhosas que dele emanavam. Foi construtiva e quando demos por isso, só nós os dois estávamos no Restaurante. O tempo junto de Pedro não tinha barreiras e passava-se tão bem que nem dávamos por ele. Hoje vejo que caí numa ratoeira muito bem montada, mas não posso voltar atrás. Mais uma vez, paguei a conta. e nem ripostei ou pestanejei. Já se tinha tornado um hábito e, a pouco e pouco, já o fazia maquinalmente.
Fomos para casa, mas antes passámos pela Vendinha com coisas lindas. Eu comprei mais um postal e enviei-o à minha filha. O Pedro comprou pulseiras em tons de azul para levar de recordação para as filhas. Estas não paguei porque me fiz de parva escrevendo o postal para a minha filha. O Pedro foi muito amável. Colou-me os selos no envelope. Eram estas pequenas coisa que faziam a diferença e me faziam apaixonar por ele. Era só paixão. Amor é uma coisa diferente. Dura uma vida. Hoje sinto-me enojada pelo passo que dei. Já não sinto nada por ele, senão desprezo e ódio. Só não sabia que mais tarde, pagaria bem caro estes momentos de prazer. Falámos que era dia de São Martinho e que o dia estava esplendoroso.
A tarde foi maravilhosa. Pedro já me tinha habituado às tardes magníficas e de volúpia.
Depois de cometer os disparates é que queremos remediar, mas já é tarde e nunca as coisas voltam a ser o que eram.
Depois fomos tomar banho e já não saímos neste dia. Vestimos os pijamas e ficámos por casa. Um serão como os outros. Telefonemas e mentiras pejadas de cumplicidade.
Fomos para a cama por volta da meia noite e dormimos muito aconchegados um ao outro. Estava frio e o calor dos nossos corpos, acariciava a alma desnudada de preconceitos. Já não os havia entre nós. Éramos um casal. Passámos por isso em muitas situações e  eu não sentia prazer nisso. >

terça-feira, 7 de julho de 2015

Primeiro dia completo em Porto Covo

Quarta, 10 de Novembro de 2004
 
Mais uma vez me servi do meu diário para transcrever o que se passou em Porto Covo
 
 
8h10m00s
 
 
< Neste dia encontrava-me deitada e agarradinha ao Pedro quando acordei. Fiquei muito nervosa e olhei em redor para me certificar onde me encontrava. A janela tinha ficado mal fechada para os raios de sol nos avisarem que era dia. O Pedro já se encontrava acordado e sorria para mim ao ver a minha perplexidade perante tal cenário. De mansinho deu-me a saudação com um beijinho muito doce e meigo. " Estás aqui comigo. Não é sonho nenhum, mas pura realidade. Conseguimos realizar o nosso sonho. Amo-te mais que ontem e menos que amanhã. " Eu sorri meio envergonhado e rolei da cama para me levantar. Ele disse: - Espera. Onde vais já? Deixa-te ficar assim um cadinho com o teu corpo pegado ao meu. Eu adoro. E tu?
Respondi que também me sentia muito feliz, mas que estava envergonhada.
- Agora é que sentes vergonha? Passastes a noite comigo. Não há que haver tabús entre nós, percebes? E ria a bandeiras despregadas.
- Sim-Respondi eu menos à vontade que aquela que deveria ter.
Ele apertou-me muito e beijou os meus olhos, os meus cabelos e as minhas faces desprovidas de cor.
Passado algum tempo, levantámo-nos e fomos tomar banho. O banho foi como de costume. Ambos na banheira já desprovidos de roupa. Comecei a lavar-me com a minha luva, mas o Pedro tirou-ma e lavou-me ele com tanta meiguice que me arrepiei toda. Ele tomou banho com sabonete e disse-me que o gel de duche lhe deixava o corpo pegajoso. Em minha casa também era assim que tomava banho.
Limpou-me com o lençol de banho como se fosse um bebé. E ia, ao mesmo tempo, beijando o meu corpo desnudado.
Fiquei na casa de banho a secar o meu cabelo e ele saiu de mansinho. Quando cheguei à cozinha fiquei mais perplexa ainda e perscrutei à minha volta para ver que não estava enganada. A mesa estava posta com todas as iguarias necessárias a um bom pequeno almoço. Nunca ninguém me tinha feito semelhante surpresa. Ele era a personificação de um ser humano diferente e isso gradava-me. Hoje vejo o retrato de um sociopata que faz tudo para agradar à mulher até ter tudo o que deseja, mas na altura não pensava assim. Estava cega e não queria ver o óbvio.
Depois de termos tomado o pequeno almoço e arrumado a cozinha juntos, fomos até Odemira. Quando passámos pelo café da Susana ele foi tomar um café. Disse que só funcionava bem depois de tomar o seu cafezinho.
Fomos ao miradouro e o Pedro tirou fotografias. Tinha levado uma máquina digital. Fora a primeira vez que vira uma, mas não lhe disse. A minha ainda era de rolo. Mas não a levara.
Também fomos a Vila Nova de Mil Fontes. Lá comprei um postal para enviar à minha filha. Ia-lhe contar da minha relação com o Pedro. Estava um pouco apreensiva, mas calculava que a minha filha compreendesse derivado à minha relação com o pai.
Os correio em Vila Nova ficavam mesmo junto da casa onde comprei o postal. Quando o ia meter no correio, reparei que não tinha selo e que não podia comprar um devido os mesmos já se encontrarem fechados para almoço.
Regressámos a Porto Covo. Almoçámos no Vasco da Gama. Eu comi um bife com batata frita. Chamava-se "Bife à casa". O Pedro comeu enguias de ensopado. Quando a empregada trouxe a conta, entregou-a ao Pedro, mas ele, como já era hábito, empurrou-a para o meu lado. Paguei sem pestanejar. Não valia a pena estragar uma estadia que estava a ser tão boa.
A livraria da vila também servia de posto de correio. O carteiro ia buscar o correio perto das 16h e eu aproveitei e enviei o postal em correio azul dentro de um envelope já que continha informação confidencial.
Explorámos melhor Porto Covo e a seguir fomos para casa. Não vou descrever o que fizemos, mas podem calcular. Foi uma tarde sem paralelo. Cada dia era melhor que o anterior.
Já era noite quando saímos para fazer mais compras para o jantar. O Pedro não quis o jantar que eu trouxe e encomendou uma pizza. Mais uma vez, paguei a conta.
Jantámos os dois com muita satisfação e passámos o serão a ver televisão. O Pedro com a cabeça no meu regaço e a minha mantinha enrolada nele. O meu aquecedor, aquecia a casa. Ainda falámos às nossas caras metades e cada um mentia como podia. eu sentia-me mal por mentir ao meu marido, mas o Pedro confortava-me e dizia que não era o fim do mundo. " O teu casamento é uma mentira" dizia perentoriamente. Eu anuía, embora pouco convicta.
Por volta da meia-noite fomos deitar e ele ajudou-me a meter-me na cama com tanto carinho que os olhos se me encheram de lágrimas de alegria. Terminava, assim, o nosso primeiro dia em Porto Covo. >