segunda-feira, 13 de julho de 2015

Almoço

Segunda, 15 de Novembro de 2004
 
Mais um emblemático templo de Alvito. História e sabedoria.
 
11h45m45s
 
 
< Neste momento eu estava à porta do Centro Comercial à espera do Pedro. Chegou pouco depois das 12 horas. Beijámo-nos com intensidade. Já não nos importávamos com as pessoas que estavam. Fazíamo-lo com tanto à vontade que parecíamos um casal de namorados. E na gíria, eramos. Falámos do fim de semana longe um do outro. Falei do pack que não consegui abrir e ele explicou-me como fazer.
Almoçámos no sítio do costume. Ele com o tabuleiro à minha frente e eu já sabia o que isso queria dizer. Ele escolheu a mesa do canto. Estávamos mais protegidos dos olhares e nós encontrávamo-nos à vontade.
 Entregou-me uma cassete onde ele cantava canções em karaoke. Eu agradeci imenso. Fiquei feliz por se ter recordado de me cantar umas quantas canções. Disse-me que cantava assim porque tinha andado numa coisa de defesa pessoal que nunca entendi o nome, e lhe tinham dado uma pantufada no nariz ( cito o que me disse) que tinha ficado com o nariz partido e estava à espera de ser chamado para fazer operação. Eu não achava nada no nariz. Para mim tudo o que tinha era perfeito. Despedimo-nos até não sei quando. Eu iria ter a minha mãe em casa durante uns tempos e isso afastávamo-nos temporariamente. A minha mãe precisava de cuidados contínuos e estar eu presente durante 24h sobre 24h. Também iria ser muito trabalho e atenção da minha parte. A Glorinha ia-me ajudar, mas o maior trabalho era o meu. Não me arrependo nada do que fiz à minha mãe. Voltaria a fazer tudo de novo. Mas isso afastava-me do Pedro umas semanas ou um mês. Fosse o tempo que fosse preciso. Eu ficaria com a minha mãe até poder. Ele não gostou da ideia. Não podia ir almoçar com ele nem sairmos. Mas para mim era prioritário estar com a minha mãe. >

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