segunda-feira, 6 de junho de 2016

Levantamentos agressivos!

Segunda, 6 de Junho de 2005


E lá estava eu em Entrecampos. Não esperei muito. Achei que estava a ser vigiada e não me enganei. O Fernando Pedro estava num ponto estratégico a ver-me. Isto era para saber o que eu fazia. Para começar a magicar numa infâmia para me descartar.
Quando chegou viu-me com uma cara muito séria e comecei a chorar. Perguntou-me o que se passava e eu respondi que tinha descoberto que o meu marido tinha feito levantamentos avultados. Era a minha estratégia. Contudo a dele foi mais pérfida. A seu tempo, lá chegarei.
Ficámos algum tempo a falar sobre isso. Também eu me servira de algo para o Fernando Pedro não me pedir mais dinheiro e dar-me o que tinha prometido " pagar-me até ao último cêntimo". Mas as pedinchas não pararam.
Sempre muito atencioso e com uma palavra amiga para me consolar. Disse-me que iria pedir ajuda, mais uma vez, ao amigo da Judiciária. Eu não quis e disse que na terça iria a uma advogada, amiga da minha filha. Ele não ficou convencido e foi vasculhar as minhas contas. Ainda hoje não sei como o fez. Talvez um amigo da CGD de Sintra. O certo é que mo confessou. Tenho-o gravado no tal gravador que me encorajou a comprar para gravar as conversas entre o meu marido e a minha cunhada.
Fomos para o L*******. Não foi um dia agradável. Eu não estava com disposição. Ele fez tudo para me agradar e me fazer esquecer o problema que eu tinha apresentado. Mas não resultou. Nem cantei para ele a canção que era hábito: Tenho ciúmes do sol, do luar, tenho ciúmes de tudo.....
Fomos almoçar aos "Lobos do Mar, na antiga Feira Popular. Mesmo contando o que me tinha acontecido, lá paguei eu o almoço e o L*******.
Retirámo-nos mais cedo. Ele por que tinha que estar em casa antes que a mulher dele chegasse e eu por que estava em baixo.
A despedida foi triste. Entrei para o comboio a chorar.
Sempre pensei que o Pedro me enviasse uma mensagem para me dar força. Porém, isso não aconteceu. Nem a boa noite que costumava dar. Foi insensível à minha dor...

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