Será uma vergonha expor a minha vida com o Fernando Pedro. Porém, um alívio. Talvez esteja a ajudar outras mulheres a não caírem na rede dúbia do Pedro. Para si, menina Florbela, deixo aqui o meu pesar por ter sofrido nas mãos deste crápula. Assim como para as mulheres cujas fotos me enviou. Tenho pena de não ter o nome de algumas, mas tenho as fotos. Um dia envio tudo para a judiciária. Não é só ele e a Dulcinei*** Marta que têm lá amigos. Desde que não tenhamos receio, qualquer uma tem amigos. Não pensem que isto é uma obra de ficção. É a veracidade do que passei.
Hoje vou escrever sobre o meu primeiro dia em Vila Nova de Santo André com o biltre do Fernando Pedro Cachaç* Marques. Quantas mulheres passaram pela mesma situação? Receio que ele consiga fazer mais vítimas. Acreditem, que se eu soubesse o mail da mulher dele, enviava-lhe tudo e aí ela saberia de onde surgia o dinheiro e as roupas caras que ele usa. Era um começo, mas não sei, infelizmente...
Levantei-me cedo. Já tinha dito ao meu marido que ia sair até Quarta. Não sabia o meu destino, mas telefonar-lhe-ia a dizer.
Saí de casa perto das oito horas. Fui pela autoestrada até Setúbal onde tínhamos combinado. Quando lá cheguei, segui a orientação para o ferry. Ele encontrava-se já na estrada com o seu trólei. Parei e desci do carro. Beijámo-nos com uma certa ansiedade. Era como se estivéssemos longe um do outro há uma eternidade. Pedi que fosse ele a conduzir. Eu sentia-me reduzida a nada. Ele conseguia brilhar mais que eu que era ofuscada pelo seu charme.
Seguimos para o ferry. Paguei antes de entrarmos. Atravessámos o rio Sado aos beijinhos.
Já fora do ferry, seguimos em direção à Comporta. Neste trajeto, encontrámos um carro da polícia. O Pedro falou que ia devagar para o meu marido não pagar multa. Almoçámos em Sines no Chez Daniel. Dali partimos para o hotel Al Tarik, cuja foto está encimada no início desta postagem. Fizemos o chekin. Era um quarto com duas camas. O Pedro organizou as camas e fez uma só. Começámos a organizar a nossa roupa.
Depois, depois fizemos amor. Quando acabámos ele falou que o seu Mimo estava muito bonito, mas ainda não o tinha levantado. Perguntei porquê e ele respondeu que não queria falar nisso. Não queria estragar as mini férias. Tomámos banho e fomos ao supermercado comprar o jantar. Lá fiquei na caixa a pagar enquanto ele metia as coisas em sacos. Era muito bom a fazer isso. A pagar nem tanto. Fomos para casa. Jantámos e vimos televisão, Canal Odisseia. E deitámo-nos. Mas primeiramente, telefonámos aos nossos apêndices, como ele dizia. Ele também falou com as filhas