terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Comentários!

A vida tem destas coisas. Ora estamos aqui, ora estamos acolá. Neste final de ano e começo de um novo, a minha vida deu algumas voltas. Andei por vários sítios e gostei do que vi.
Tive  saudades do meu blog, de vocês e de escrever. Hoje já estou por aqui, com os pés bem assentes na terras.

Então Fernando Pedro Cachaço Marques como foi o teu Natal e a tua passagem de Ano?
Foi boa, certamente pelos comentários que vi por aí.
Não tens coração e não sabes o que é ter honra.
Sei que continuas por aí a publicar as tuas coisas.
Só queria dizer a essas mulheres quem tu és e o que queres delas. Mas não me iam dar ouvidos. A hipnose que lhe fizeste é tanta que não acreditariam, numa só palavra, o que eu lhes queria transmitir.

Ora vejamos e, se a minha memória não me falha, li algo de ti para  alguém e de alguém para ti.
Onde conheceste esta Fernanda A***? Também foi tua amante? Não me digas que andavas com ela e o marido nunca deu por isso!?...É provável! És tão subtil que ninguém dá por nada. Foste à Madeira com o teu modelo Milu ou foram eles que vieram ao Continente? Amigos assim é que tu gostas de ter.
Às vezes não gosto de falar do que leio. Sei que desapareces mal saia a minha postagem assim como saíste do Pedro Sá  algum tempo e do FCM. Este último nunca mais ninguém o viu. Ou será que é visto só pelos teus amigos e amigas, colegas de trabalho e familiares? Sabes muito de informática e isso tu podes ocultar. Mas esse não me é importante. Mas se saíres do " Pedro Sá " darás a entender que és mesmo tu. Bem fica ao teu critério que de criterioso não tens nada.
Vamos, então, aos comentários:
A Milu postou uma foto onde está muito feliz. Ri a bandeiras despregadas a mostrar aqueles dentes brancos e cuidados que tu tanto gostas. Aquela felicidade já eu conheci e tantas outras mulheres depois de mim e que tu descartaste assim que a source se secou. É que aquela fonte de dar dinheiro não é eterna e seca rapidamente. Onde se tira e não se põe, ele não volta a ir para lá.
Mas vamos ao comentário que a Fernanda A**** fez:- Óh Pedro o teu modelo sorri bem para ti. Linda foto.
Mas os comentários não ficam por aqui. De ti para a Sandra Vi*****:- Olha que lindo, Pai, Mãe e Filha Natal... Que saudade, abraços e beijos.
Depois postaste uma imagem de Natal muito bonita na tua cronologia. Eis o comentário da Fernanda A****:- Que encanto. Feliz Natal amigos. Até a um próximo encontro beijinhos.

Se bem entendo, estes amigos são tu e a Milu. Certo? Sim! É que a tua mulher não pode ser a amiga de Fernanda A****. Logo temos aqui a Milu. Senão a Fernanda não comentava a foto da Milu.

Hoje não venho falar de nós em 2005. Só queria comentar isto e ver o canalha que tu és. Mas se saíres do Pedro Sá durante algum tempo, então todos saberemos que o Fernando Pedro Cachaço Marques e Pedro Sá são uma e a mesma pessoa.

Neste princípio de Ano só te quero deixar os votos da lei do retorno. Quem semeia ventos, colhe tempestades e quem mal faz aos outros, terá de volta o dobro desse mal. Que assim seja de geração em geração nos teus familiares mais próximos: filhas, netas, bisnetas e até à quinta geração. Da tua, claro. E depois não me venhas dizer que a bruxa sou eu. Olha que a lei do retorno é muito pior que a bruxa pela qual me apelidaste numa conversa com a Dulcineia Mart..... Mais outra. Que lhe fizeste depois de ter acabado o teu processo na GNR? Ainda vou descobrir. Mas lá esperto és tu. Só que um dia esgota-se a tua esperteza. És apanhado nas tuas próprias mentiras

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Feliz Ano de 2017!





Para os leitores e leitoras do meu blogue, venho desejar um Ano de 2017 cheio de alegria, paz, amor, ternura, compreensão, projetos alcançados, finanças em alta e tudo o que almejarem e eu não menciono aqui. Só voltarei no próximo ano. Beijinhos para vocês com o meu agradecimento...
Até lá e façam o favor de serem felizes.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

A ida à praia!

Domingo, 3 de Julho de 2005


Às vezes não sabemos como classificar as pessoas que têm perturbações. Eu sei. Talvez porque tenho o curso de psicologia. Já o tinha dito aqui antes que o Fernando Pedro é um sociopata. A descrição de um sociopata é simples e adapta-se a ele. Quem o conhece, e que já foi descartada por ele, sabe que ele é assim: Amável, sensual, seguro de si, carinhoso, em casa faz um bom pai e um bom marido, está pronto para ajudar no que for preciso a mulher que anda com ele, mentiroso compulsivo, sedutor e não o façam zangar por que aí é mesmo mau e mostra o seu lado leão... Além de saber pedir o que quer sem mostrar que o quer firmemente.
Eis a personalidade do Pedro.
Escolhe as sua vítimas pelo que foram, por aquilo que usufruem e pelo estatuto social. Mas sempre viúvas, divorciadas e mal casadas.

Hoje venho escrever pouco mais que nada.

Neste dia está um calor insuportável.
Levanto-me cedo. Ando pelo jardim a ver as minhas plantas.

Tomo o pequeno-almoço, na mesa, cá fora. Leio um pouco do livro que o Pedro me empestou. É sobre a Parkinson. É um cientista que quer descobrir a cura para esta doença. Estou tão embrenhada na leitura que não dou pelo meu marido que pergunta se já tomei o pequeno-almoço. Aceno com a cabeça e não levanto os olhos do livro. Ele diz qualquer coisa e entra na cozinha. Não está zangado, mas mostra-se desiludido. Eu espero sempre por ele. Não gosto de comer sozinha. Mas hoje aconteceu.
Na véspera tínhamos combinado ir a Santa Cruz. Não me recordo disso e continuo a minha leitura.
Ele vem e pergunta se me esqueci do combinado. Levanto os olhos, arregalados, e espero que ele comente. Sai sem dizer nada. Vai tomar banho e veste os calções. Quando chega ao pé de mim vem de  toalha ao ombro e os chinelos nos pés.
Levanto-me e vou a correr tomar banho e vestir-me. Trago a toalha nas mãos e os chinelos nos pés. Porém, já não vejo o meu marido. Ele vai só e já partiu.
Sento-me numa cadeira e começo a chorar. Nisto o telemóvel tem uma mensagem a chegar. Olho e vejo que é do Pedro. Penso que tenho com quem desabafar. Leio a mensagem.

09h12m10s

< Meu grande AMOR estás bem dormistes bem? Eu sonhei contigo. Qd poder telefonar diz, ela  está com a mãe e o padrasto eu não gosto dele como, sabes. Bjs de mel.

Respondo a dizer o que me aconteceu e como me encontro.

09h23m16s

< Meu amor vou ao carro para falar contigo. >

Eu fico à espera e choro ainda mais.
O Toque chama-me à realidade. Atendo e, ainda, estou a chorar. Tenta acalmar-me. Eu não sei que dizer. Choro mais e não consigo falar. O Pedro diz para eu tomar um copo com água. Eu faço isso e sinto-me melhor. Depois de ver que eu já estava calma, diz que tem que ir para fazer o almoço, mas que telefona mais tarde. Eu alvitro que pergunte primeiro.
Volto à minha leitura. Nem dou pelo tempo passar. Ouço o portão da garagem. É meu marido. Quando vai à praia almoça por lá, mas hoje não o fez. Não tenho nada feito e fico aflita. É quase uma hora. Entra, abraça-me e culmina-me de beijos. Pede desculpa e convida-me para almoçar no restaurante onde costumo ir com o Pedro.
Não me faço rogada.
Estamos em amena cavaqueia quando olho o meu telemóvel, que está no silêncio, e vejo as luzes a acender e a apagar. Não quero mexer-lhe. Não quero começar uma briga. Alheio-me completamente. O meu marido paga a conta e saímos. Eu meto o telemóvel na mala.
Andamos por ali e compro uma mala. O meu marido compra uma t-shirt. Vamos para casa, mas a curiosidade mata-me. Contudo não penso mais no assunto.
Chegamos a casa e o meu marido vai fazer uma sesta. Eu fico na sala a ver televisão.

15h09m08s

< Posso telefonar? >

Respondo que não. Meu marido está em casa.

< Vai ao MSN. >

Falamos um bocado. Nada de anormal. Coisas circunstanciais.
Despedimo-nos e eu digo que fico feliz por falar com ele.
Ele repete que me ama e nunca me irá deixar. Fico sem saber se acredite. Mas amo-o, penso eu.

19h32m47s

< A mãe dela e o padrasto já saíram. Sinto a tua falta. Bjs molhados. >

Respondo e digo  que o amo. Será?

21h23m56s

< Dorme bem amo-te e não te quero perder. Beijokinhas molhadas.>



sábado, 17 de dezembro de 2016

Homem perfeito!?

Peço perdão por não escrever todos os dias. Nesta quadra festiva é-me muito difícil vir à net.
O Natal é na minha casa e os preparativos levam muito tempo. Tenho a minha empregada que me ajuda mas, muitas coisas, sou eu que estou na linha da  frente.

Esta é uma das  coisas que o Pedro Cachaço Marques tem no seu perfil do facebook. Ali é Pedro Sá. Não mostra as amizades mas elas vão aparecendo. Agora, aliás, a algum tempo, anda com a Mil*. Está do outro lado do Tejo. Como fazes para a vires visitar? Vem ela buscar-te naquele estação que era só nossa?
" O teu modelo sorri para ti " uma citação de alguém  que reagiu a uma foto que ela postou. Vais sair, outra vez, de circulação? É que a última vez que mencionei o teu nome do face, estiveste muito tempo inativo. Pedes-lhe para ela não fazer citações no teu perfil? Mas faz like. E mostra-se. Outras fazem citações no perfil dela. É uma mulher feliz. Ficamos todas assim quando andamos contigo. Depois vem a tristeza, a solidão, o afastamento. Que vais arranjar para esta? Para mim arranjaste um amante. E para as outras que já vieram depois de mim? Tens sempre uma saída. Tu sais airosamente e nós ficamos com rótulos.


Mas não vou falar mais hoje. Vou descrever o que se passou no dia 2 de Julho de 2005. Na minha frente tenho o meu diário aberto neste dia. Ora vamos lá!


Sábado, 2 de Junho de 2005


Estou só em casa. Meu marido vai para casa da minha sogra. Eu fico para fazer o almoço e levá-lo para nós e os meus sogros.

Ainda é cedo. Fico na cama mais um pouco. Languidamente fico sem pensar em nada. Abstrata a tudo o que me rodeia. Nada faz sentido. Já não sou dona do meu "eu".
O tempo passa e  eu nem dou por isso.
É como se tudo se tivesse esfumado.
Estou assim neste estado de espírito quando algo me chama à realidade.
Realidade, essa, que eu não quero vislumbrar.
O meu telemóvel faz aquele som de mensagem a chegar. Fico confusa. Não sei de onde vem o ruído. Nem me recordo de mim ou do que me envolve naquele manto de obscuridade.
Levanto-me e, com os olhos embaciados, vejo o telemóvel a piscar lindas luzes. Saio daquele torpor e estendo o braço.


09h00m59s


< Bom dia meu bem como dormiu? está tudo bem por aí? As coisa aqui em casa estão mal. Vem amanhã a mãe dela mais o padrasto e eu vou agora ao feira nova. Qd poderes diz qq coisa. Beijokinhas de mel. >


Começa logo, pela manhã, a minha azáfama. Tenho que lhe responder, mas a manhã passa a correr.
Respondo laconicamente. Vou tomar banho e visto-me. Tenho que fazer o almoço.
Corro para a cozinha e deito mãos à obra.
Ando numa dobadoura. Olho o relógio da cozinha. São horas de sair.
Estou a acondicionar as coisas no meu carro quando chega uma mensagem. Sei que não será do meu marido. Na casa da minha sogra não há rede.


11h32m51s


< Amor mio ando no lidl depois vou para casa fazer o almoço. A Ve** vem almoçar e a Clá***** está em casa. Bjs kentes. >


Respondo mas não digo onde vou. Apenas menciono que vou desligar o telemóvel.
Passo a tarde em casa da minha sogra. Eu canso-me quando lá estou. Faço sinal ao meu marido que quero vir embora. Ele acena com a cabeça e diz aos meus sogros.
Saio e arranco com o carro.
Já na autoestrada, o telemóvel dá sinal de rede. Passado uns segundos uma mensagem.
Não vejo porque venho a conduzir.
Quando entro na estrada nacional, paro e vou bisbilhotar.
Sorrio. A mensagem é do Pedro. Mas vejo que tenho duas dele.
Leio a primeira.

12h02m

<  Amor porque vais desligar aconteceu alguma coisa? Ele está em casa posso falar contigo? Bjs doces. >


15h45m09s

< Amor reponde estou nervoso, o que se passa? a mensagem anterior não seguiu. Bjs que gostaria de dar. >


Estou eu a ler as mensagens quando cai outra.


18h12m43s


< Amor mio ligastes agora que se passa? Um dia horrível para mim sem, saber o que se passa. responde. Ela foi trabalhar. Vai ao MSN. Bjs de mel. >


Invento uma desculpa plausível. Mas não conto a verdade, apenas omito.
Digo que não posso ir já ao MSN. Mas mais dez a quinze minutos e estou lá.

Quando chego a casa vou a correr ao primeiro andar. Ligo o pc e fico à espera. Ele aparece e falamos de coisas do dia, mas sem tocar no assunto. Conta umas quantas mentiras que descubro mais tarde. Fica combinado que já não falamos neste dia.

22h12m09s

< Ela está a entrar já está a ralhar por causa do tapete. A noite promete. dorme bem Bjs que não posso dar. >

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Feriado na força aérea!



Esta imagem tem  muito a ver contigo, não é Fernando Pedro Cachaço Marques!?

Peço perdão, mas não vejo os blogs que estou seguindo. Alguém me pode dizer como chego lá? Eu agradecia...

Não és perfeito, mas existes tu que é quase a mesma coisa. Dizes tu e achas que dizes muito bem. Não é assim, Pedro. Muitos defeitos estão no teu "eu". Tens o maior defeito que pode ter um homem. És prostituto. Vendes teu corpo, carícias, sonhos e muito amor para que te seja dada uma vida que nunca sonhaste ter. Agora vestes como um jovem. Andas bem vestido. Roupas caras, de marca certamente. Mas são ganhas com prostituição, mentiras e alarvidade. Acredita que não te invejo e até tenho nojo de um dia te ter beijado. Essa boca, por muito que a laves, está sempre suja. Um dia quiseste ver a minha para saber se os meus dentes tinham cáries. Não deixei que visses. Achei uma falta de sensatez, de educação e até de asseio. Mas sabias que eu andava na dentista. Enfim, coisas que não quero recordar. E acredita, não escrevo estas coisas só porque sou "frustrada". Frustrado és tu. É apenas para alertar mulheres que não caiam nas tuas graças que para isso tens muito jeito....

Sexta, 1 de Julho de 2005

Meu marido está em casa. É feriado na força aérea. São 3 dias de férias e estamos a pensar em ir até Vilamoura. Há coisas a tratar e ele vai trata-las para vermos se conseguimos ir pela tardinha. Mas não vamos. A minha sogra adoeceu.
Neste dia estamos em casa e levantamo-nos mais tarde. Entretanto, envio uma mensagem ao Pedro a dizer isso. Coloco o telemóvel em silêncio. Não quero que o meu marido saiba que estou a receber mensagem tão cedo.Ele não fica contente. Diz:

< Amor ele tinha que estragar o nosso dia estava a pensar almoçarmos juntos. Segunda é o nosso dia. Beijokinhas que eu gostava de dar. >

Não respondo. Não posso. Tomamos banho e vamos tomar o pequeno-almoço à " Clara de ovo ". Já não existe esta pastelaria. É pena!
O meu marido vai tratar de assuntos vários. Eu venho para casa. Começo a preparar o almoço. Estou na cozinha quando chega outra mensagem. Dou uma espreitadela e é do Pedro.

10h10m43s

< Amor podes ir ao computador? Quero mostrar-te uma coisa e falar contigo um cadinho. Bjs >

Envio mensagem a dizer que não e peço que me envie pelo telemóvel. Ele não envia nada. Fica zangado.

À tarde recebo uma mensagem.

15h21m13s

< Já percebi ele está primeiro eu fico pra tráz. Beijokas. >

Os erros ressaltam aos olhos. Nunca gostei de os dar. Defeito de profissão. Respondo com meiguice e ternura. Responde:

<Amor mio tu sabes que és única na, minha vida amo-te e  não gosto de repartir o que é meu. Beijokinhas doce de mel. >

Fico tão feliz por ler esta mensagem! Penso que ele fala verdade. Quanto erro nisso. Ele não sabe falar verdade. A mentira é mais plausível na vida de Pedro.

17h22m31s

< Amor vou sair queres ir ao MSN? Desejo falar contigo. Bjs Kentes. >

Não vou. Digo que a minha sogra adoeceu. Tenho uma comiseração de mim mesma.

21h48m56s

< Dorme bem amor mio amanhã tenho cá a mãe dela. Tem cuidado com os sonhos. Bjs Kentes e gostosos. >

E assim termina um dia que não foi bom nem mau. Apenas ilusório.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O meu sonho!

Calheta de São Jorge. Uma foto de  uma linda povoação. Fiquei rendida pela sua beleza e hospitalidade. Gente simples e boa.


A menina que me escreveu um email, dê notícias. Podemos ser fortes....




Quinta, 30 de Junho de 2005


Durmo bem. Sonho com o Pedro e chamo seu nome. Meu marido acorda e pergunta o que se passa para tanta agitação. Digo que estava a sonhar com pedras. Alguém mas atirava.

Meu marido não fica convencido. Diz que ouviu o nome de Pedro. Eu garanto, muito tensa, que era o meu sonho, pedras...
Apaga a luz e tenta dormir. Ele não dorme e eu também não. Estou agitada e começo a chorar copiosamente. Meu marido abraça-me e tenta apaziguar o meu espírito. Dormimos, assim, juntinhos.
O relógio começa a tocar a canção do alerta. São horas dele se levantar. Eu acordo e peço-lhe que me envolva em seus braços. Fá-lo com ternura e muito carinho. Fico emocionada e digo que tenho medo de adormecer. Faz-me umas festinhas amorosas e diz para não temer nada. Ele proteger-me-á para sempre. Fico-lhe grata e beijo-o com muita ternura. Entra a luz de um novo dia pelas frinchas da porta. Fico agradecida a Deus por já ser dia. Ele encaminha-se para a porta com as minhas mãos entre as suas. Eu sinto um arrependimento de morte  por lhe estar a fazer isto. Penso que vou acabar com este dilema. Mas, de repente, a balança começa a oscilar. Não sei para que lado devo pender. Escondo a cara entre os lençóis e quero esquecer a decisão. Mais tarde vou pensar nisso.
Chega o barulho da água a correr. Meu marido toma o seu banho. Eu levanto-me e vou ter com ele. Quero vê-lo, perscruta-lo e sentir que sou amada. Não vislumbro nada de anormal. Ele brinca comigo. Atira água para a minha cara e eu riu. Ajudo-o a limpar o seu corpo esbelto. Enrolo-me com ele e beijamo-nos apaixonadamente. É tarde. Veste-se a correr e diz que me ama muito. Sai e não toma o pequeno-almoço. Eu grito e relembro-o disso. Responde que come no cafezinho da estação. Parte e fico numa agonia.
As horas passam. Tomo banho e desço para tomar o pequeno-almoço. Não chego a faze-lo. O telefone toca e eu atendo.

- Estou sim. Quem fala?
- Bom dia minha querida. Como dormiu?
- Bom dia Pedro. Não dormi. Sonhei contigo e chamei o teu nome. Quis disfarçar mas acho que o meu marido topou.
- Tens que ter mais cuidado. Ele disse alguma coisa?
- Disse que tinha ouvido o nome de Pedro, mas eu disse que foram pedras. Foi um sufoco. Mas saiu sem estar zangado comigo.
- Não quero que ele te faça mal até ficarmos juntos.
- Pedro, não insistas. Isso não irá acontecer. E tu sabes... Eu não me iludo.
- És mesmo desconfiada. Quando é que tens confiança em mim?
- Não é falta de confiança, mas é a realidade. Sou realista, só isso.
- Não, não és. Um dia vais entender isso. Queres vir almoçar comigo? Depois do almoço vou prá outra margem.
- Não vou. Como te vais embora, não quero ficar sozinha. Aqui sempre tenho a Glorinha.
- Ela é mais importante do que eu?
- Não digas isso. Estou triste e não sou boa companhia.
- Ao menos vens aliviar. Vá lá!!!
- Não posso. Depois do que se passou, ele pode telefonar.
- Ok! Logo posso telefonar?
- Está cá a Glorinha...
- Então vais ao MSN?
- Não sei. Depois digo. Ele pode ter trabalho.
- Bem, então inté! Beijinhos muitos e acalma-te.
- Beijinhos...

Quando coloco o auscultador, olho o relógio e marca 09h03m09s.

Tomo o pequeno-almoço sem apetite. Vou ao jardim para ver as minha flores e as árvores que dão sombra frondosa e fresquinha.
Por ali me entretenho por algum tempo.
Ouço o telefone a tocar e corro para o atender. É meu marido para saber se já tomei o pequeno-almoço e se estou bem. Diz se quero que ele venha ter comigo. Pergunta se a Glorinha já veio e  faz-me o convite para ir almoçar com ele. Aceito e fico sensibilizada.
Vejo as horas  e envio mensagem ao Pedro a dizer que o meu marido telefonou.
Ele responde:

11h03m12s

< Amor não tenhas medo ele é parvo. Amanhã falamos melhor agora, vou para a margem sul. Beijokinhas. >

Vou ter com o meu marido. Foi um almoço bem animado. Não venho para casa. Espero por ele e passo a tarde no Centro Comercial.
Quando ele chega ao Centro, vamos lanchar. Faço algumas compras no Pingo Doce. Ele escolhe fruta e outras coisas que nós gostamos.
Quando me encontro só, recebo uma mensagem do Pedro:

17h56m23s

< Amor mio vou no comboio para casa vê, se podes ir ao MSN se quizeres. Eu ADORO-TE muito. Beijokinhas de mel. >

Deixo-me rir e  meto o telemóvel na mala. Vamos pagar à caixa e seguimos para o carro que está muito perto.
Falamos, mas não tocamos no meu sonho. Ele está muito amável e eu retribuo.
Vamos à estação buscar o carro dele. Partimos cada um em seu carro, mas antes trocamos beijinhos no mesmo local em que espero o Pedro quando ele vem a minha casa.
Jantamos em boa harmonia.
A noite é muito animada.

21h43m29s

< Amor mio  não viestes ao MSN boa noite e não sonhes alto. Tenho saudades tuas. Beijokinhas que gostamos dar. >

 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Encontro em minha casa!

Não sabem as belezas que há  nas ilhas dos Açores!!! Só, realmente, quem percorre aqueles trilhos, sabe apreciar a beleza que a mãe natureza pincelou por aqui e por ali num contraste de sonho e realidade.




Quarta, 29 de Junho de 2005

Fico acordada depois do meu marido sair. Ouço o carro a sair da garagem. Desliza pela rua com pressa. Meu marido já vai atrasado. Eu ponho um pé fora da cama e corro a abrir a janela. Deixo o ar entrar e fico em silêncio a apreciar a quietude da rua.
Tiro a roupa da cama. Levo os lençóis para o cesto para serem lavados. Deixo ficar a apanhar o ar que chega da rua. Vou tomar banho e sorrio feliz. O Pedro vem passar o dia comigo. Como será bom...
Visto o roupão cor-de-rosa e venho colocar lençóis lavados a cheirar a alfazema. Ponho sempre um saquinho com flores, já secas, quando ponho a máquina a lavar. Dá-me a sensação que estou no campo, no meu monte, quando era pequena.
Olho a cama e fico extasiada. Está linda! Os  amantes agradecem.
Visto-me com calma. Falta algum tempo para o comboio chegar.
Saio para a rua e sou beijada pelos raios do sol que já caem a pique.
Dirijo-me para a estação. Faço o caminho em silêncio. Não falo, não penso para não estragar o reencontro entre mim e o Pedro.
Estaciono no sítio do costume e fico a olhar a escadaria que me vai trazer o Pedro até junto de mim. Vejo-o na, minha retina, a descer majestosamente como é seu apanágio.
Mas não. O comboio ainda se ouve ao longe. Fico à espera na espectativa.
É sempre bom um reencontro. Amo-o, penso eu. Mas baralho-me com esta certeza. Será amor? Será uma paixão passageira? Amor, amor não deve ser. Eu não quero ficar com ele nem deixar o meu marido. É um dilema! Não sei arranjar uma solução plausível. Nisto ouço o comboio a entrar na estação. Fico alegre e o meu coração bate rápido. Espero um pouco. Ele caminha com a mesma elegância e segurança de sempre. Vem a fumar o seu cigarro. Apaga-o quando chega ao pé de mim. Mete na boca uma pastilha com sabor a morango. Beija-me enternecidamente. Eu entrego-me naquele beijo.
Regressamos a minha casa. Ele vem com apetite. Mexe e remexe nas minhas pernas. Eu peço que me deixe porque venho a conduzir. Mas ele não ouve o meu apelo e continua na sua descoberta.
Chegamos e encosto o carro. Abro o protão e entramos os dois abraçados. Pelas escadas vamos deixando as peças de roupa que nos cobre. Entramos no quarto entrelaçados e ele atira-me na cama. Depois, depois é o delírio. Aqueles momentos são indescritíveis.
Depois ficamos lado a lado, em silêncio, de mãos dadas.
Estes momentos de introspeção são quebrados pelo Pedro. Ele fala sobre nós. Quer casar e ficarmos juntos para todo o sempre. Diz que apenas tem receio das filhas, mas estão crescidas para compreenderem o inevitável. Ele e a mulher estão de costas voltadas. Fala na sogra que é uma mulher frívola. No companheiro da mesma que fez marinha ou coisa no género. Não se recorda porque não dá bola para eles. Eu escuto com atenção e nada comento. Se não sabe o que o senhor foi, certamente que está a mentir. Tem que saber, penso eu. Se os senhores frequentam a sua casa, deve saber o mínimo. Nem que seja conversa da mulher dele. Mas fico em silêncio.
De repente pergunta se eu o estou a ouvir. Claro que ouço. Mas sem opiniões. Nada tenho a acrescentar de coisas que desconheço.
" Quero que cases comigo. Aceitas? "
" Isso é um pedido ou uma pergunta? " respondo eu.
Aqui temos as nossas controversas. Não aceito o pedido e digo que tenho que pensar. É muito sério e não pode ser feito de ânimo leve.
Então levanta-se e vai direito ao duche. Eu segundo-o.
Tomamos banho juntos. Ele acaricia a minha pele, beija-me e jura amor eterno.
Não acredito em nenhuma das suas juras. Isto passa rápido.
Volta a falar no "regar o amor". Eu não entendo o que ele quer dizer. Afirmo, categoricamente, que eu rego pois tenho muito amor para lhe dar. Ele sorri. Vê que eu não sei o que é " regar o amor, o caminho".
Vamos almoçar. Desta vez vamos ao pão com chouriço. É um restaurante de requinte. Mas acontece que vem um prato com uma fenda na borda. Chama o empregado e quer um prato em condições. Olha para mim e diz que é assim que se reproduzem os micróbios. Acredito, mas fico envergonhada. Ainda bem que foi ele que escolheu o respetivo restaurante. Ele come bifinhos grelhados com arroz e vegetais e eu uma salada com camarões grelhados. Claro que pago eu.
Terminamos e saímos para a rua. Um pouco ao lado fica a loja ensitel. Entramos e começa a olhar os telemóveis. Diz, com a  maior safadeza, que gosta de todos os que estão mais a cima. Olho e vejo os preços. São os mais caros. Diz que se eu lhe der um, que pode ser um daqueles. Eu respondo que um dia lho darei e ele irá escolhê-lo.
Damos mais uma volta pelo centro. Diz-me que naquela loja trabalhou a filha mais velha. Foi ela que fez a casa.
Dá-me a mão e quer voltar para casa. Está muito calor.
Em casa quer ver o presente que o meu marido me deu pelos anos. Vou buscá-lo e apresento-lhe a placa onde se lê: Amei-te no passado, amo-te no presente e, se o futuro deixar, amar-te-ei eternamente.
Larga-o e pede que o esconda quando ele aqui vier. Não quer mais pensar nisso. Diz ter ciúmes do meu marido. Eu repito que não vale a pena ter ciúmes. Mas sei, de antemão, que o meu marido fala verdade.
Dançamos um pouco e eu sinto-me leve entre os seus braços. Fecho os olhos e saboreio o momento maravilhoso e único que estou a viver. Parece que adivinho. Nunca mais haverá outro momento igual a este.
O tempo segue o seu destino sem pedir licença para o fazer.
Chega a hora da partida. Despedimo-nos em casa com fervor. Levo-o à estação. Ele parte e eu fico triste.
Mais um dia de sonho que pago bem caro.

Falamos no MSN. Só dizemos palermices. Nada de sério. Despedimo-nos e assim acaba este dia de alegria e prazer.
Deito-me a repassar cada segundo com ele como se fosse um filme...