A minha vida continua no trilho que tracei e por onde caminho. Tenho relampejos de visão qual águia, mas são tão poucos que os abafo.
Hoje, e olhando para trás, sei que foi o pior período da minha vida. Mas continuo de sanidade incongruente só vendo o lado que o Fernando Pedro Cachaço Marques quer que eu veja.
Sábado, 25 de Junho de 2005
Este Sábado estou na minha terra.
Vejo a minha mãe e ajudo no que me é possível. A minha irmã olha e diz que tenho um ar cansado. Pergunta preocupada porque quer que eu traga a minha mãe. Eu digo que ando em tratamento psiquiátrico. Não por que precise dele, mas para mostrar que não posso trazer a minha mãe comigo. A última parte não referencio
Não estou louca nesse sentido, mas ando louca para estar sempre com o Pedro. Ele fascina-me, hipnotiza-me e traz-me pelo beicinho.
Ele não sabe que eu estou tão longe. Não lhe digo e respondo às mensagens sem mencionar o sítio onde me encontro. Ele sabe que eu tenho casa ali. Que, quando lá vou, me encontro com os meus colegas e amigos. Mas, desta vez, oculto, não minto...
Ele começa logo pela manhã enviando mensagens de amor e juras de ficarmos unidos para sempre. Eu não o quero, mas fico lisonjeada pelo que me diz.
09h32m12s
< Meu GRANDE AMOR tenho saudades tuas. Ela foi trabalhar. Um dia não temos este problema vamos ficar juntos eu quero. Beijokinhas doces. >
Envio de resposta que não será possível. E ele sabe disso.
10h01m59s
< Meu AMOR não sejas assim. Eu AMO-TE quero ficar a teu lado no resto da vida. Bjs de mel >
Não lhe respondo. Acho que não vale a pena. Sinto-me triste e choro sozinha. A minha irmã bate à porta. Abro, ainda, com os olhos vermelhos. Ela pergunta se estou bem. Aceno com a cabeça, mas rompo num choro incontrolável. Ela abraça-me e diz que preciso mesmo de descansar.
Falamos e digo que estou um caco. Nada me anima. Estou desesperada.
Entretanto chega o meu marido que tinha ido fazer o seu treino habitual. Corro à casa de banho e lavo a cara para ele não notar. Ele vai tomar banho e eu saio com a minha irmã. Começamos a falar e a tristeza dissipa-se.
15h32m19s
< Já almoçastes? Eu já estou na conversa com a Cl*****Beijokinhas do nosso jeito. >
Respondo a dizer que já e que a conversa seja frutífera. Novamente veio outra mensagem:
< Gostava de estar contigo abraçar-te beijar-te e amar-te. Ele está? Podes falar? >
Não respondo. Estou a ficar, ainda, mais triste. Mas o meu marido compensa-me. Saímos e vamos passear até Badajoz. Faço compras e esqueço o meu problema.
22h12m09s
< Dorme bem. Beijokas de mel. AMO-TE muito sonha comigo.>
E, assim, fico na sala a ver televisão. O meu entretenimento atual.
4 comentários:
Pedro que belíssimo o trabalho das senhoras da Ilha de São Jorge, parabéns para todas, bonito o texto, abraços.
http://www.lucimarmoreira.com/
Pedro ou Grace, não interessa!! Esta é uma história de amor,paixão e ódio, a pessoa que descreve este romance, está de parabéns...
Obrigada, Lucimar. beijinho
Obrigada pela sua simpatia. Eu, Grace, Sou simples e honesta, embora tivesse um período muito difícil da minha vida. Mulher põe pegada e nunca mais se apaga. Beijinho
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