segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Haverá uma próxima?



A nossa felicidade está naquilo que acreditamos. Eis por que é tão efémera. Acreditei que a minha vida com o Pedro tinha pernas para andar. Mas não tinha. Era a questão que os € que tinha levado de mim, ainda estavam fresquinhos e, ele, tinha que fazer render o peixe até haver uma maquia maior. Porém, não houve. E eu comecei a ter rótulos postos e arranjados por ele.
Aqui as coisas ainda eram cor-de-rosa.

Quinta, 14 de Julho de 2005

Como sempre, acordamos cedo. Tomamos o banho matinal e descemos para tomar o pequeno-almoço. A sala é toda nossa. Chamo a atenção para esse facto. Na época alta não haver pessoas ali alojadas. Ele não comenta. Eu volto à carga. Não havia outro lugar melhor, Pedro? pergunto eu com a melhor das intenções. Mas ele manda-me calar e diz que na próxima, marco eu. ( Será que haverá uma próxima? Penso eu para os meus botões. )
Voltamos ao quarto para arrumarmos  as malas. Ele amuado. Eu não mostro que vejo isso. Vou tagarelando alegremente.
Descemos para fazer o chek out. Ele desvia-se para ir meter as malas no carro. Logo sou eu que tenho que pagar. A menina da receção fica a olhar para mim com um ar de surpresa. Eu noto e acrescento:- Pagar eu ou ele  dá a mesma coisa. A menina responde: Mas o Senhor é que fez a reserva...
Deixo-me rir e pago a quantia que a menina pede. Despeço-me e junto-me a ele que está no parqueamento da residencial.
Saímos e vamos até ao grande hotel que está na ponta norte da residencial. Lamento não ter ido para ali. Mas não digo nada. Ficou mais barato e a estadia foi boa. Alvitro que devemos almoçar no restaurante do hotel. Ele responde que tem que estar em casa cedo.
Iniciamos o nosso regresso para casa.
A conversa não é muita porque ele coloca o CD do grupo de cantares de Alvito. Bate no volante para fazer o ritmo e cantarola.
Já na minha casa, ele retira o troile, despede-se e encaminha-se para o seu mercedes  que ficou na rua paralela à minha. Encaminho-me para a minha casa e fico a pensar que não foi assim tão mau.
Almoço e do Pedro não sei mais nada.
Fico irritada, mas não demonstro ao meu marido que me recebe com muito amor, carinho e saudade.
A consciência fica pesada como tantas vezes...


3 comentários:

Lucimar da Silva Moreira disse...

Também acredito que a felicidade está naquilo que acreditamos, Pedro Grace obrigada pela visita bjs.
http://www.lucimarmoreira.com/

Rui Pires - Olhar d'Ouro disse...

Por vezes, acreditamos mas mais tarde vemos que estava-mos errados.
bj

Luli Ap. disse...

Olá vim agradecer sua visita e conhecer seu blog.
Siiim pensamos que a felicidade está naquilo que acreditamos, mas ela está onde a colocamos, é efêmera porque as vezes é muito mais simples do que imaginamos.
Onde fica a caixa para seguir o blog? Não encontrei :/
Um bom dia pra ti
Bjs

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