quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O meu sonho!

Calheta de São Jorge. Uma foto de  uma linda povoação. Fiquei rendida pela sua beleza e hospitalidade. Gente simples e boa.


A menina que me escreveu um email, dê notícias. Podemos ser fortes....




Quinta, 30 de Junho de 2005


Durmo bem. Sonho com o Pedro e chamo seu nome. Meu marido acorda e pergunta o que se passa para tanta agitação. Digo que estava a sonhar com pedras. Alguém mas atirava.

Meu marido não fica convencido. Diz que ouviu o nome de Pedro. Eu garanto, muito tensa, que era o meu sonho, pedras...
Apaga a luz e tenta dormir. Ele não dorme e eu também não. Estou agitada e começo a chorar copiosamente. Meu marido abraça-me e tenta apaziguar o meu espírito. Dormimos, assim, juntinhos.
O relógio começa a tocar a canção do alerta. São horas dele se levantar. Eu acordo e peço-lhe que me envolva em seus braços. Fá-lo com ternura e muito carinho. Fico emocionada e digo que tenho medo de adormecer. Faz-me umas festinhas amorosas e diz para não temer nada. Ele proteger-me-á para sempre. Fico-lhe grata e beijo-o com muita ternura. Entra a luz de um novo dia pelas frinchas da porta. Fico agradecida a Deus por já ser dia. Ele encaminha-se para a porta com as minhas mãos entre as suas. Eu sinto um arrependimento de morte  por lhe estar a fazer isto. Penso que vou acabar com este dilema. Mas, de repente, a balança começa a oscilar. Não sei para que lado devo pender. Escondo a cara entre os lençóis e quero esquecer a decisão. Mais tarde vou pensar nisso.
Chega o barulho da água a correr. Meu marido toma o seu banho. Eu levanto-me e vou ter com ele. Quero vê-lo, perscruta-lo e sentir que sou amada. Não vislumbro nada de anormal. Ele brinca comigo. Atira água para a minha cara e eu riu. Ajudo-o a limpar o seu corpo esbelto. Enrolo-me com ele e beijamo-nos apaixonadamente. É tarde. Veste-se a correr e diz que me ama muito. Sai e não toma o pequeno-almoço. Eu grito e relembro-o disso. Responde que come no cafezinho da estação. Parte e fico numa agonia.
As horas passam. Tomo banho e desço para tomar o pequeno-almoço. Não chego a faze-lo. O telefone toca e eu atendo.

- Estou sim. Quem fala?
- Bom dia minha querida. Como dormiu?
- Bom dia Pedro. Não dormi. Sonhei contigo e chamei o teu nome. Quis disfarçar mas acho que o meu marido topou.
- Tens que ter mais cuidado. Ele disse alguma coisa?
- Disse que tinha ouvido o nome de Pedro, mas eu disse que foram pedras. Foi um sufoco. Mas saiu sem estar zangado comigo.
- Não quero que ele te faça mal até ficarmos juntos.
- Pedro, não insistas. Isso não irá acontecer. E tu sabes... Eu não me iludo.
- És mesmo desconfiada. Quando é que tens confiança em mim?
- Não é falta de confiança, mas é a realidade. Sou realista, só isso.
- Não, não és. Um dia vais entender isso. Queres vir almoçar comigo? Depois do almoço vou prá outra margem.
- Não vou. Como te vais embora, não quero ficar sozinha. Aqui sempre tenho a Glorinha.
- Ela é mais importante do que eu?
- Não digas isso. Estou triste e não sou boa companhia.
- Ao menos vens aliviar. Vá lá!!!
- Não posso. Depois do que se passou, ele pode telefonar.
- Ok! Logo posso telefonar?
- Está cá a Glorinha...
- Então vais ao MSN?
- Não sei. Depois digo. Ele pode ter trabalho.
- Bem, então inté! Beijinhos muitos e acalma-te.
- Beijinhos...

Quando coloco o auscultador, olho o relógio e marca 09h03m09s.

Tomo o pequeno-almoço sem apetite. Vou ao jardim para ver as minha flores e as árvores que dão sombra frondosa e fresquinha.
Por ali me entretenho por algum tempo.
Ouço o telefone a tocar e corro para o atender. É meu marido para saber se já tomei o pequeno-almoço e se estou bem. Diz se quero que ele venha ter comigo. Pergunta se a Glorinha já veio e  faz-me o convite para ir almoçar com ele. Aceito e fico sensibilizada.
Vejo as horas  e envio mensagem ao Pedro a dizer que o meu marido telefonou.
Ele responde:

11h03m12s

< Amor não tenhas medo ele é parvo. Amanhã falamos melhor agora, vou para a margem sul. Beijokinhas. >

Vou ter com o meu marido. Foi um almoço bem animado. Não venho para casa. Espero por ele e passo a tarde no Centro Comercial.
Quando ele chega ao Centro, vamos lanchar. Faço algumas compras no Pingo Doce. Ele escolhe fruta e outras coisas que nós gostamos.
Quando me encontro só, recebo uma mensagem do Pedro:

17h56m23s

< Amor mio vou no comboio para casa vê, se podes ir ao MSN se quizeres. Eu ADORO-TE muito. Beijokinhas de mel. >

Deixo-me rir e  meto o telemóvel na mala. Vamos pagar à caixa e seguimos para o carro que está muito perto.
Falamos, mas não tocamos no meu sonho. Ele está muito amável e eu retribuo.
Vamos à estação buscar o carro dele. Partimos cada um em seu carro, mas antes trocamos beijinhos no mesmo local em que espero o Pedro quando ele vem a minha casa.
Jantamos em boa harmonia.
A noite é muito animada.

21h43m29s

< Amor mio  não viestes ao MSN boa noite e não sonhes alto. Tenho saudades tuas. Beijokinhas que gostamos dar. >

 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Encontro em minha casa!

Não sabem as belezas que há  nas ilhas dos Açores!!! Só, realmente, quem percorre aqueles trilhos, sabe apreciar a beleza que a mãe natureza pincelou por aqui e por ali num contraste de sonho e realidade.




Quarta, 29 de Junho de 2005

Fico acordada depois do meu marido sair. Ouço o carro a sair da garagem. Desliza pela rua com pressa. Meu marido já vai atrasado. Eu ponho um pé fora da cama e corro a abrir a janela. Deixo o ar entrar e fico em silêncio a apreciar a quietude da rua.
Tiro a roupa da cama. Levo os lençóis para o cesto para serem lavados. Deixo ficar a apanhar o ar que chega da rua. Vou tomar banho e sorrio feliz. O Pedro vem passar o dia comigo. Como será bom...
Visto o roupão cor-de-rosa e venho colocar lençóis lavados a cheirar a alfazema. Ponho sempre um saquinho com flores, já secas, quando ponho a máquina a lavar. Dá-me a sensação que estou no campo, no meu monte, quando era pequena.
Olho a cama e fico extasiada. Está linda! Os  amantes agradecem.
Visto-me com calma. Falta algum tempo para o comboio chegar.
Saio para a rua e sou beijada pelos raios do sol que já caem a pique.
Dirijo-me para a estação. Faço o caminho em silêncio. Não falo, não penso para não estragar o reencontro entre mim e o Pedro.
Estaciono no sítio do costume e fico a olhar a escadaria que me vai trazer o Pedro até junto de mim. Vejo-o na, minha retina, a descer majestosamente como é seu apanágio.
Mas não. O comboio ainda se ouve ao longe. Fico à espera na espectativa.
É sempre bom um reencontro. Amo-o, penso eu. Mas baralho-me com esta certeza. Será amor? Será uma paixão passageira? Amor, amor não deve ser. Eu não quero ficar com ele nem deixar o meu marido. É um dilema! Não sei arranjar uma solução plausível. Nisto ouço o comboio a entrar na estação. Fico alegre e o meu coração bate rápido. Espero um pouco. Ele caminha com a mesma elegância e segurança de sempre. Vem a fumar o seu cigarro. Apaga-o quando chega ao pé de mim. Mete na boca uma pastilha com sabor a morango. Beija-me enternecidamente. Eu entrego-me naquele beijo.
Regressamos a minha casa. Ele vem com apetite. Mexe e remexe nas minhas pernas. Eu peço que me deixe porque venho a conduzir. Mas ele não ouve o meu apelo e continua na sua descoberta.
Chegamos e encosto o carro. Abro o protão e entramos os dois abraçados. Pelas escadas vamos deixando as peças de roupa que nos cobre. Entramos no quarto entrelaçados e ele atira-me na cama. Depois, depois é o delírio. Aqueles momentos são indescritíveis.
Depois ficamos lado a lado, em silêncio, de mãos dadas.
Estes momentos de introspeção são quebrados pelo Pedro. Ele fala sobre nós. Quer casar e ficarmos juntos para todo o sempre. Diz que apenas tem receio das filhas, mas estão crescidas para compreenderem o inevitável. Ele e a mulher estão de costas voltadas. Fala na sogra que é uma mulher frívola. No companheiro da mesma que fez marinha ou coisa no género. Não se recorda porque não dá bola para eles. Eu escuto com atenção e nada comento. Se não sabe o que o senhor foi, certamente que está a mentir. Tem que saber, penso eu. Se os senhores frequentam a sua casa, deve saber o mínimo. Nem que seja conversa da mulher dele. Mas fico em silêncio.
De repente pergunta se eu o estou a ouvir. Claro que ouço. Mas sem opiniões. Nada tenho a acrescentar de coisas que desconheço.
" Quero que cases comigo. Aceitas? "
" Isso é um pedido ou uma pergunta? " respondo eu.
Aqui temos as nossas controversas. Não aceito o pedido e digo que tenho que pensar. É muito sério e não pode ser feito de ânimo leve.
Então levanta-se e vai direito ao duche. Eu segundo-o.
Tomamos banho juntos. Ele acaricia a minha pele, beija-me e jura amor eterno.
Não acredito em nenhuma das suas juras. Isto passa rápido.
Volta a falar no "regar o amor". Eu não entendo o que ele quer dizer. Afirmo, categoricamente, que eu rego pois tenho muito amor para lhe dar. Ele sorri. Vê que eu não sei o que é " regar o amor, o caminho".
Vamos almoçar. Desta vez vamos ao pão com chouriço. É um restaurante de requinte. Mas acontece que vem um prato com uma fenda na borda. Chama o empregado e quer um prato em condições. Olha para mim e diz que é assim que se reproduzem os micróbios. Acredito, mas fico envergonhada. Ainda bem que foi ele que escolheu o respetivo restaurante. Ele come bifinhos grelhados com arroz e vegetais e eu uma salada com camarões grelhados. Claro que pago eu.
Terminamos e saímos para a rua. Um pouco ao lado fica a loja ensitel. Entramos e começa a olhar os telemóveis. Diz, com a  maior safadeza, que gosta de todos os que estão mais a cima. Olho e vejo os preços. São os mais caros. Diz que se eu lhe der um, que pode ser um daqueles. Eu respondo que um dia lho darei e ele irá escolhê-lo.
Damos mais uma volta pelo centro. Diz-me que naquela loja trabalhou a filha mais velha. Foi ela que fez a casa.
Dá-me a mão e quer voltar para casa. Está muito calor.
Em casa quer ver o presente que o meu marido me deu pelos anos. Vou buscá-lo e apresento-lhe a placa onde se lê: Amei-te no passado, amo-te no presente e, se o futuro deixar, amar-te-ei eternamente.
Larga-o e pede que o esconda quando ele aqui vier. Não quer mais pensar nisso. Diz ter ciúmes do meu marido. Eu repito que não vale a pena ter ciúmes. Mas sei, de antemão, que o meu marido fala verdade.
Dançamos um pouco e eu sinto-me leve entre os seus braços. Fecho os olhos e saboreio o momento maravilhoso e único que estou a viver. Parece que adivinho. Nunca mais haverá outro momento igual a este.
O tempo segue o seu destino sem pedir licença para o fazer.
Chega a hora da partida. Despedimo-nos em casa com fervor. Levo-o à estação. Ele parte e eu fico triste.
Mais um dia de sonho que pago bem caro.

Falamos no MSN. Só dizemos palermices. Nada de sério. Despedimo-nos e assim acaba este dia de alegria e prazer.
Deito-me a repassar cada segundo com ele como se fosse um filme...

  

domingo, 11 de dezembro de 2016

Ameaça e amor!

 
Mais uma foto dos Açores. Lindas ilhas, lindas paisagens! Recomendo a visita.




Terça, 28 de Junho de 2005

Uma terça-feira cheia de mensagens.
Mas há um telefonema pela manhã. Estou ainda sonolenta quando o telefone começa a tocar estridentemente. Fico assustada e começo a tremer, com receio, sem saber o que se passa para lá deste. Quem será? Perguntei aos meus botões... Não me recordo do Pedro. Tenho momentos escassos, que fico amnésica em relação a ele. Mas acordo, repentinamente, para a realidade. O Pedro, penso desesperadamente. É ele. Sim. Só pode...
Apanho o auscultador e pergunto:

- Sim, se faz favor?
- Bom dia, amor meu. Dormiu bem? Eu não. Pensei muito em ti. Nunca mais ficamos juntos...
- E nunca iremos ficar. Mete isto na tua cabeça. Nem tu queres nem eu. Nunca irá acontecer. Eu, por mim, não quero e tu, por ti, não pensas nisso. São palavras ditas da boca para fora.
- Já estivestes a falar melhor! Queres vir ter comigo pra almoçar?
- Já te disse ontem que hoje não posso e até ficou combinado que virias tu amanhã ter comigo... Recordas-te?
- Ah! Já me lembro. Então amanhã estou por aí. Que bom. Vamos estar juntos... Fico aguado só de pensar. Até já estou a sentir o...
- ( Cortei imediatamente.  Já sabia o que iria sair ) Calma e não digas asneiras.
- Se calhar não gostas de ouvir, né? Se não gostasses não tinhas pulado a cerca. Até os bichinhos gostam...
- Vamos mudar de assunto. Falamos isso pessoalmente.
- Hum! Que pudica que estás hoje.
- Estás a falar muito bem. " Pudica " é palavra cara. De vez em quando dizes umas coisas boas...
- Eu  sei falar. Quando vim para a refer embrulhei a psicóloga. Olha mandou-me logo embora. E fiquei apurado e aqui estou eu. Estudei de noite, mas aproveitei. Ela não. A vida boa é só pra alguns.
- A vida é feita de etapas e pequenas vitórias. Já conquistaste algumas.
- E vou conquistar. Não se metam comigo que ficam mal na fotografia.
- Eu fiquei mal? Mas não fui eu que me meti contigo.
- Mas aceitastes. É a mesma coisa.
- Isso é uma ameaça?
- Não. Eu nuca te faço mal. Amo-te muito, lembras-te?
- Sim. Tem-lo dito muitas vezes, mas até ser verdade, ponho as minhas dúvidas.
- Que mau feitio. És sempre assim?
- Nem sempre. Só quando me pisam os calos.
- Tens alguém aí contigo?
- Porquê? ( pergunto intrigada. )
- Estás a dizer que te pisam os calos!
- Tu sabes o que eu quero dizer. Lá esperto, e muito, és tu. Embrulhas  qualquer pessoa com a tua palheta.
- Não é bem assim. Só quem se mete comigo. A nossa converseta já vai longa. Tenho que ir fazer qualquer coisa ao homenzinho.
- Quantas despedidas destas fazes? Eu já lhe perdi a conta. Mas pronto, vai lá trabalhar. Eu vou-me levantar e tomar banho.
- Ainda estás deitada? Olha que levantar cedo, dá saúde. Eu já estou levantado desde as seis da manhã.
- Isso és tu que tens que trabalhar. Eu já trabalhei muitos anos e agora tenho que gozar a minha reforma.
- Velha! Já a gozar a reforma! Não tens vergonha?
- Que vergonha? Eu já trabalhei o tempo que me foi estipulado.  Paguei a minha reforma e trabalhei honestamente.
- Eu, se contar com o tempo da segurança social, já tenho 40 anos de trabalho daqui a pouco. Se puder, vou para a reforma. Mas agora ainda não posso sonhar com isso. Vou trabalhar. Beijokinhas doces, saborosas e meigas. Inté..
- Até logo. Não podes telefonar porque tenho cá a Glorinha. Beijinhos doces.
- Ainda mais essa. Dá-lhe um rebuçado e manda-a dar uma volta, como se faz com os gaiatos.
- Que engraçadinho! Beijinhos
- Beijokinhas meu amor.


O telefone foi desligado e eu fico a pensar, com o auscultador na mão.
Será que me ameaçou? Ele é mesmo um canalha. Porém, desvio o pensamento. Ele é amoroso, digo em voz alta para me ludibriar a mim mesma.
Ainda me retenho, mais uns minutos na cama, para apanhar as esquírolas da conversa. São tantas espalhadas pelo quarto que me é difícil juntá-las.
Levanto-me com suavidade. Fecho os olhos para afastar os pensamentos negativos. Quero acreditar que ele fala verdade...
Tomo banho sem pressa. Nada me impede de me reter ali por tempo indeterminado. Deixo a água cair para me lavar a alma. Penso que nada me consegue limpá-la. Está manchada e sempre será assim. Eu que tinha sido um exemplo na vida, agora era uma Maria Madalena.

Tomo o pequeno-almoço pausadamente. Sem pressa. Estou só e tenho todo o tempo do mundo.
Nisto dá sinal de mensagem. Olho e vejo que é do Pedro.

09h45m56s

< Estou com saudades tuas. Já comestes? Aí vai muitos beijinhos doces para a sobremesa. Amo-te muito. >

Deixo-me rir. E eu a pensar mal dele. Não posso fazer isso. Ele é tão amoroso e carinhoso que eu fico rendida.
Até à hora do almoço ando feliz. Canto canções românticas e dedicadas a ele.
Envio mensagem a desejar um bom almoço. Logo vem a resposta:

12h16m23s

< Estou a almoçar sozinho. Fazes tanta falta. Obrigado. És o meu grande AMOR. Bjs doces para a sobremesa. >

Fico embevecida e choro de alegria. Tenho sorte por tê-lo a meu lado. Penso: Ele é a minha alma gémea.


Vou almoçar para me sintonizar com ele. Quero que fiquemos juntos. Não para casar, mas para ter alguém que me ame. Mal pensava eu que, um dia, todos os meus sonhos  desmoronar-se-iam. Mas neste momento nada me faz pensar isso. Vejo tudo cor-de-rosa.
Chega a Glorinha. Falamos as coisas da casa e o que há hoje para fazer. Ela é muito perfeita e assaz rápida. Muito honesta e assídua. Estou muito contente com ela.

15h09m011s

< Amor mio estou a trabalhar na ponte. Lembro que estivemos lá em baixo. Olho para lá e vejo-te
na minha ignorância. Bjs amorosos doces suaves. >

16h24m19s

< Amor vai essa foto vejo tudo, é lindo. Bjs kentes. Amo-te. >

17h45m18s

< Posso telefonar? Estou no Vasco. Bjs. >

Respondo que não é boa ideia. Ainda tenho a Glorinha e o meu marido está a chegar.

< vais ao MSN? >

Digo que não. Meu marido precisa do computador.

2159m23s

<Dorme bem meu amor grande, sonha comigo. Beijokinhas kentinhas. >

 


 






sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Mal me falaste!

Não falo sobre a foto. É um pôr do sol lindíssimo... Mas Pedro sabes onde a tiraste? Com a Nia ao lado, não é?




Segunda, 27 de Junho de 2005

Acordo suavemente e penso que, ainda, estou na minha terra.
Tanto silêncio que me perturba. Olho o relógio digital e são 07h23m18s.
A vida aqui também é pacata. Estou só. Meu marido saiu para o emprego. Reviro-me e fico no lugar dele. Adoro fazer isto. Dá-me aquela sensação de segurança, paz, tranquilidade. Não penso em nada. Tenho o pensamento vazio. Fico a saborear o momento agradável que estou sentindo. Deixo-me ficar naquela letargia. É um momento único.
O tempo passa e eu não dou por ele. Estou tão bem que desejaria prolongar a alegria que meu coração sente. Mas foi quebrado pelo ribombar do telefone.
Estendo-me e nem imagino quem possa ser. Apanho o auscultador e pergunto numa voz rouca:

- Estou sim, por favor?
- Não podes negar que estavas a dormir...
- E porque não? Que eu saiba não tenho contas a dar a ninguém. Estou reformada, a minha filha está longe e o meu marido no emprego.
- E eu? Não conto? Não faço parte da tua vida? Não pensas em mim?
- São perguntas sem resposta. O que achas? Às vezes penso que eu é que não faço parte da tua...
- Acordastes com os pés de fora?
- Não. Acordei sem estar tapada. Só com a camisa de dormir vestida. Com este calor!
- Bem, eu queria estar aí contigo. Não importa o calor. Temos o calor do nosso amor. Gostava que viesses ter comigo, mas vou para a linha de Sintra...
- Pois! Nem eu podia ir. Tenho a Glorinha amanhã e ainda não lavei a roupa.
- Pois! Há sempre qualquer coisa...
- Não, não há. Vou ter contigo desde que possa.
- Mas hoje eu não posso. E amanhã?
- Amanhã também não posso.
- Então quarta? Posso ir eu ter contigo. Queres? Sempre vejo a prenda que ele te deu.
- Ok! Fica combinado.
- Ontem mal me falaste. Passou-se alguma coisa?
- Não. Tudo normal e sossegado, como te disse.
- Ele esteve por aí?
- Sim. É a casa dele, também.
- Não mo faças lembrar. Tenho ciúmes. Mas um dia tudo muda. Eu é que serei o dono da casa.
- Não me parece. A casa está no meu e no nome do meu marido.
- E se eu casar contigo, como é?
- Não é. Nunca vamos casar. E tu sabes melhor que eu. Tenho um filling que me diz isso.
- Não sejas parva. Depois quero ver. Espera um cadinho...
( Silêncio )
- Ainda estás aí?
- Estou.
- Era o chefe. Tenho que ir. Beijokas. Hum que delícia... logo telefono.
- Beijinhos e até logo.

O dia decorreu normalmente. Enviei uma mensagem, mas não me respondeu. Eram 17h54m16s quando recebi o seguinte:

< Não posso falar ele já está em casa? Vais ao MSN?
É que quero falar contigo um cadinho estou xeio de saudades. Bjs quentes de amor. >

Falamos no MSN. Nada de especial. Tenho no meu diário que foram banalidades.
E assim terminou mais um dia...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Recordo a minha infância!

Na cidade da Horta, Faial, existe este muro onde as pessoas, que visitam este lugar, deixam uma mensagem na parede fronteiriça à doca. Um dia esperam voltar. Eu também espero voltar a esta ilha tão acolhedora e linda.


A nova aquisição do Pedro sorri feliz. Ela não sabe, com certeza, que um dia esse sorriso ir-se-á apagar por um tempo muito longo e que olhará em volta e os estragos serão enormes. Ele continua aí partindo corações e esvaziando os bolsos das suas vítimas.

Domingo, 26 de Junho de 2005

Como disse anteriormente, estou na minha terra natal. Acordo lentamente. Espreguiço-me  na cama e olho à volta. Tudo me é tão querido que gostaria de viver aqui desde a Primavera até meados de Outono. Porém, não posso. A minha vida não se desenrola aqui. O meu marido ainda trabalha e tem que regressar. Sento-me na cama. O sol entra pelas precianas. Lá fora faz muito calor, mas aqui está fresco.
Vou tomar banho. Na cozinha oiço o matraquear da loiça e chega um cheirinho a café de cafeteira. Sinto fome. Não é  bem fome, mas um apetite  de devorar aquele café que me faz recordar a minha infância. É o meu marido que já chegou da sua caminhada e se encontra a preparar o pequeno almoço. A vida aqui é serena, tranquila e feliz. Nada me faz recordar o Fernando Pedro. Quero esquecer que dei um mau passo. Em silêncio, peço perdão ao meu marido. Ele não merece o que lhe estou a fazer.
Entro na banheira e a água começa a correr pelo meu corpo como uma carícia. Encho-me de espuma e permaneço ali como se não houvesse amanhã. Há passos nas escadas e apuro o ouvido. Recuo à minha infância e oiço a minha mãe chamar-me. Estou tão embrenhada nestes momentos longínquos que nem dou pelo meu marido que me olha através do vidro e vendo-me muito concentrada diz:- Dava um milhão por esse momento. Queres partilhar comigo?
 Não sei o que dizer e começo a rir a bandeiras despregadas. "Estava a pensar na minha infância, digo entre lágrimas e risos.
O meu marido estende-me o toalhão e diz que me despache porque o café está quentinho.
Deixo o telemóvel no quarto e não dou por uma mensagem do Pedro. A minha vida é ali. Naquele momento o meu agrado está a escassos passos de mim.
Desço as escadas com o braço do meu marido por cima do meu ombro desnudado. Sinto-me tão feliz que me encosto a ele e sinto aquela carícia que gosto tanto.
Como com satisfação e falo com o meu marido as banalidades da vida. Ele gosta muito deste cantinho e eu nem se fala.
Arrumamos a cozinha os dois. Meto a loiça na máquina. A campainha da porta toca a sua melodia da manhã. Vou abrir e vejo a minha irmã com um ar triste. Pergunto se está tudo bem. Ela nem responde e abraça-me com força. Diz em surdina:- Não aguento o meu marido. É uma besta quadrada.
Devolvo o abraço e ali ficamos em silêncio.
Vou com ela até sua casa. Vejo a minha mãe sentada no cadeirão com um olhar frio e distante. Beijo-a com carinho e faço-lhe uma festinha na cara onde já não há aquela cor de outros tempos.
O meu cunhado chega ainda a cheirar a vinho. Não me cumprimenta e sai disparado pela porta que bate ruidosamente. Encolho os ombros e digo para a minha irmã não ligar. Mas ela não consegue  disfarçar a dor que está latente no seu coração. Convido-a para almoçarem connosco, mas ela não sabe se o marido aceita. O álcool ainda flui pelas suas veias e ele é pessoa não grata.
Ajudo a minha irmã e levamos a minha mãe para o jardim. Ali ela está feliz. Olha as flores e  quer apanhar uma. Eu colho-a e dou-lha na mão que treme desalmadamente.
O meu marido vem dizer-me que o meu telemóvel toca sem cessar. Corro e recordo que deve ser o Pedro. Mas ele sabe que não deve telefonar sem saber se pode ou não. Quando chego, vejo que é a minha filha. Falamos e dirijo-me a casa da minha irmã para ela falar com a avó e a Bi.
Quando desligo vejo que está uma mensagem do Pedro. Leio-a e fico a pensar o que ele quer dizer com aquilo.

< Será que me amas como eu te amo? Não deves amar. Sou eu que mendigo teu amor sou eu que sofro com este silêncio sou eu que me lembro de ti  de manhã. Ele está contigo? Estou em aflito. Bjs doces.>

A mensagem tinha chegado há duas horas.
Respondo naturalmente e serena. Nada de alarmismo. Digo que estou com o meu marido.

Chega a hora do almoço. Vamos almoçar ao restaurante que fica no Bairro Novo. O meu cunhado não aceitou o nosso convite.  Encontro colegas e juntamos as mesas. Ficamos na conversa e combinamos um encontro, na próxima vez, na minha casa. Despedimo-nos deles com a certeza de voltarmos breve. Chegamos a casa e começamos a arrumar tudo. Despedimo-nos para virmos embora. Envio mensagem ao Pedro para dizer que está tudo bem e que não posso ir ao MSN.
Responde de seguida:

18h23m49s

< Amanhã já falamos combinamos de manhã. Bjs de mel. AMO-TE muito. >

Fazemos a viagem a ouvir música e, de vez em quando, falamos no que se passou. Digo que tenho pena da minha irmã. Venho cheia de remorsos por não trazer a minha mãe.

21h09m46s

< Dorme bem meu Amor vou sonhar contigo. Beijokas doces. >

Deixo-me rir da mensagem. Para ele não há pontuação e escreve com erros. Fico a ver um filme. O meu marido vai-se deitar. Amanhã tem que se levantar cedo.

Hoje deves estar triste, Pedro. O Sporting perdeu. Soube agora ao terminar a postagem. Ainda há esperança de sonhar com o título. Se ganhar ao Benfica, ficamos muito contentes.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Pior período!

Eis um trabalho feito pelas senhoras da ilha de São Jorge. Apesar da minha filha fazer este tipo de trabalho, eu comprei. Não só para as ajudar como para trazer recordações lindas  desta ilha que ficou no meu coração.


A minha vida continua no trilho que tracei e por onde caminho. Tenho relampejos de visão qual águia, mas são tão poucos que os abafo.
Hoje, e olhando para trás, sei que foi o pior período da minha vida. Mas continuo de sanidade incongruente só vendo o lado que o Fernando Pedro Cachaço Marques quer que eu veja.

Sábado, 25 de Junho de 2005

Este Sábado estou na minha terra.
 Vejo a minha mãe e ajudo no que me é possível. A minha irmã olha e diz que tenho um ar cansado. Pergunta preocupada porque quer que eu traga a minha mãe. Eu digo que ando em tratamento psiquiátrico. Não por que precise dele, mas para mostrar que não posso trazer a minha mãe comigo. A última parte não referencio
Não estou louca nesse sentido, mas ando louca para estar sempre com o Pedro. Ele fascina-me, hipnotiza-me e traz-me pelo beicinho.
Ele não sabe que eu estou tão longe. Não lhe digo e respondo às mensagens sem mencionar o sítio onde me encontro. Ele sabe que eu tenho casa ali. Que, quando lá vou, me encontro com os meus colegas e amigos. Mas, desta vez, oculto, não minto...
Ele começa logo pela manhã enviando mensagens de  amor e juras de ficarmos unidos para sempre. Eu não o quero, mas fico lisonjeada pelo que me diz.

09h32m12s

< Meu GRANDE AMOR tenho saudades tuas. Ela foi trabalhar. Um dia não temos este problema vamos ficar juntos eu quero. Beijokinhas doces. >

Envio de resposta que não será possível. E ele sabe disso.

10h01m59s

< Meu AMOR não sejas assim. Eu AMO-TE quero ficar a teu lado no resto da vida. Bjs de mel >

Não lhe respondo. Acho que não vale a pena. Sinto-me triste e choro sozinha. A minha irmã bate à porta. Abro, ainda, com os olhos vermelhos. Ela pergunta se estou bem. Aceno com a cabeça, mas rompo num choro incontrolável. Ela abraça-me e diz que preciso mesmo de descansar.
Falamos e digo que estou um caco. Nada me anima. Estou desesperada.
Entretanto chega o meu marido que tinha ido fazer o seu treino habitual. Corro à casa de banho e lavo a cara para ele não notar. Ele vai tomar banho e eu saio com a minha irmã. Começamos a falar e a tristeza dissipa-se.

15h32m19s

< Já almoçastes? Eu já estou na conversa com a Cl*****Beijokinhas do nosso jeito. >

Respondo a dizer que já e que a conversa seja frutífera. Novamente veio outra mensagem:

< Gostava de estar contigo abraçar-te beijar-te e amar-te. Ele está? Podes falar? >

Não respondo. Estou a ficar, ainda, mais triste. Mas o meu marido compensa-me. Saímos e vamos passear até Badajoz. Faço compras e esqueço o meu problema.

22h12m09s

< Dorme bem. Beijokas de mel. AMO-TE muito sonha comigo.>

E, assim, fico na sala a ver televisão. O meu entretenimento atual.


 




sábado, 3 de dezembro de 2016

O nosso almoço!

Este é um tear que se encontra na ilha de São Jorge. É assim que muitas mulheres ganham o sustento para a família. Fazem trabalhos lindos que, depois, vendem aos turistas. Também exportam. Acreditem, são grandes maravilhas que saem destes teares e das mãos e gosto de grandes mulheres.

Nem sempre a vida é colorida. Por vezes é a preto e branco. Somos nós que pintamos as cores da nossa vida. Mas orgulhamo-nos quando ela sai a cores. Quando as cores são pinceladas de uma vivacidade que nos dão orgulho e alegria.
Eu nem sempre soube fazer o arco-íris da minha vida. Muitas vezes as pinceladas saiam desbotadas e com cores esbatidas. Hoje já não é assim. Tenho na mão a paleta e sei misturar as cores que dão vida ao meu mundo.

Sexta, 24 de Junho de 2005

Ora, aqui me encontro eu, neste dia, tendo uma conversa muito feliz com o Fernando Pedro. Ele tão depressa é amoroso, encantador, carinhoso como, de repente, é amargo, ofensivo, cruel, instável e irreverente, revoltado, às  vezes...

08h20m56s

- Estou sim...
-O meu amor dormiu bem? Está bem disposta? Quer vir almoçar comigo?
- Bom dia! Tantas perguntas que nem sei por onde começar. Mas vou responder na mesma sequência: 1º- Dormi bem, descansei e não me recordo de sonhar.
2º- Estou bem disposta. Basta dormir bem, para acordar com vitalidade, alegria e prazer de viver.
3º- Se me convidas para almoçar, eu aceito com muito gosto. Basta estar contigo para me sentir feliz.
- Ena! Hoje está inspirada... Sou eu que te inspiro, não é? Mas não sonhastes comigo?
- Não. Já disse que não me recordo. E sabes? às vezes tiras-me a inspiração. ÀS vezes fazes-me perder essa linda faculdade. Tens dias que nem sei por onde te trago...
- Êh! Não sou nenhum canalha... Temos os nossos dias. Tu tameim tens os teus...
- Se tenho, a ti os devo. Gostava de saber os teus pensamentos quando olhas o vazio.
- Não tenho...
- Não tens? Não tens o quê?
- Pensamentos. Fico a olhar para ti com muito amor. Tu é que tens segredos para mim..
- Desculpa, mas isso não é verdade. Eu conto-te tudo.
- Será? Eu descubro se tens ou não. Um dia vou-te dizer.
- Não tenho medo. Não tenho segredos.
- A ver vamos.. Vens almoçar comigo? Estou no Centro no sítio do costume.
- Está bem. Eu vou lá estar ao meio dia. Beijinhos e até logo.
- Inté. Beijocas que vamos dar...

A partir daqui fico com receio da imaginação fértil do Pedro. Faço tudo para não lhe dar azos a isso. Mas não dá resultado. E um dia vão ver porquê.

Vou ter com ele. Estou na entrada do Centro onde se encontra o Continente. Foi aqui onde nos encontrámos a primeira vez. Fico nervosa. Não sei como ele vem. Olho e vejo-o a descer as escadas. Vem como sempre: Senhor da situação. Mostra-se altivo. Parece que tem o rei na barriga. Eu fico pequenina qual grão de areia. Caminho na sua direção e sinto-me abraçada e beijada calorosamente.
Dá-me a mão e caminhamos em direção às escadas rolantes. Vamos lado a lado. Ninguém ao nosso redor. Só nos dois. É como se tudo se tivesse evaporado. Falamos em sussurro e trocamos os nossos beijos.
Almoçamos na comida a peso. Ele à frente e eu atrás de tabuleiros na mão. Nunca dá primazia às senhoras. Ele sabe que o último paga a conta.
Vamos para a mesa do canto que passa a ser a nossa mesa, o nosso cantinho.
Conversamos animadamente. Nada de relevante. Apenas banalidades.
O tempo passa. Chega a hora dele ir trabalhar.
Despedimo-nos. Logo, pelas 17h, estaremos juntos outra vez.
Vou ao cinema e esqueço que a minha vida está do avesso.

Saio e encaminho-me para o local do costume. Como um gelado. Está calor e sinto-me ruborescer.
Ao fim de algum tempo aparece o Pedro. Sempre com o mesmo porte, a dignidade  que não tem e o sorriso de quem é lascivo.
Damos alguns passos e subimos para a gare. Ali esperamos o comboio. Muita gente, mas ninguém conhecido. Fico tranquila e fazemos juras de amor eterno que nunca se cumprirão.
O comboio chega, fazemos as despedidas e ele põe a mão no vidro quando a porta se fecha. Sinto-me feliz e acho que essa felicidade nunca chegará ao fim.
Já no comboio, sento-me e penso como o dia foi bom. Leio o meu livro e fico alheada de tudo e de todos. Já perto da minha estação recebo uma  mensagem.

< AMOR foi pouco tempo, mas soube tão bem. Amo-te e não te quero perder. Bjs que não demos. >

Chego a casa e vou tomar banho. Deixo a água correr como se fosse um rio a desbravar o leito. Sinto-me feliz. Não dou pelo meu marido chegar. Ele sobe e surpreende-me com um ar muito feliz. Pergunta se estou assim por ele chegar. Deixo-me rir e digo: Convencido. Mas podes crer que sim. Beija-me e aperta-me contra ele. Sabe tão bem que me deixo ir na onda. Ele entra na banheira e tomamos banho juntos. Para mim é aquele momento que desejo ter com ele.

18h49m50s

< Amor vou fazer o jantar. Chegastes bem? Adorava estar contigo. Beijokas mil. >

Janto calorosamente com o meu marido. Sabe tão bem estar com ele. Sinto um aperto no coração e recordo que estou no caminho errado. Peço perdão em silêncio e olho embevecida para ele.

21h57m56s

< Amor dorme bem. Estou com saudades. Pensa em mim. Beijo ardente. >

Assim termina o dia. Um dia a mais para mim que decorreu lindamente. Durmo e fico em silêncio.