Os anos de casada!

Nesta vida encontramos coisas boas e coisas más. No entanto, é preciso saber reconhecê-las e separá-las. Mas nem sempre isso acontece. Aconteceu comigo, consigo, com ela e com todas as que escolhemos as más, implícitas na vida de Fernando Pedro e nas suas pantomimices. Errar é próprio do ser humano, mas levadas ao embuste é muito perigoso e caímos da melhor forma. Não sabemos ao que vamos e acreditamos nesse ser angelical que nos caiu aos pés. Foi o meu erro, o seu, o dela e de todas as outras.

Quando damos por isso estamos na rua da amargura.

O Fernando Pedro Cachaço Marques é uma pessoa super inteligente. Acreditem que mudou o seu dia de anos para não o apanharmos. Mas eu sei que fez anos ontem e que alguém, sua amiga no Pedro Sá, também sabe e notificou-me que ficou surpreendida quando não viu isso acontecer. Só que ele nunca vai sonhar quem é esta amiga. Vamos ver em que dia nasceu. Apresentar-se-á mais novo? Talvez... Mas será que ele quer meter-nos Lisboa pelos olhos? A pouco e pouco vais-te dando a conhecer. E já tanta gente que te conhece! Podes mudar de nome e teres vários perfis que eu ou alguém com quem andaste, te reconheceremos em qualquer parte E eu conheço-te melhor que ninguém. Sei do que és capaz. Sei como pantominas também e que parece tão verídico que ninguém dá por isso. Enfim, só tu...

Domingo, 31 de Julho de 2005

Estou em Coimbra. O hotel é o Íbis. Acordo ao mesmo tempo que o meu marido. Damos os bons dias. Eu espreguiço-me e  sinto que estou feliz. Hoje fazemos anos de casados. Meu marido dá-me os parabéns e eu retribuo. Ele levanta-se e vai tomar banho. Eu fico um pouco mais na cama a saborear aquele último dia de Julho. Recordo como foi essa manhã de 28 atrás. Sorrio. Foi o dia mais feliz da minha vida até ao nascimento da minha filha. Recordo cada pormenor com exatidão. Vejo-me à janela do meu quarto a espreitar o meu marido que está no outro lado da rua a conversar com alguns dos convidados. Ele não me pode ver. Dizem que dá azar. Mas eu vejo-o e sorrio. Dali a nada sou a sua esposa, como ele me trata ainda hoje.

Estou nestes preâmbulos quando o meu marido me chama para eu tomar banho. Conto-lhe o que estava a pensar e ele abraça-me com muito carinho e diz: - Voltava a fazer tudo de novo. E tu?

- Também. Sou feliz contigo e temos a filha mais maravilhosa que há.

- Mãe galinha! Diz o meu marido com um sorriso rasgado.

Meto-me na banheira e começo o meu banho matinal. Meu marido entra de mansinho e junta-se a mim. Abraçamo-nos e começamos um jogo amoroso. É para festejar os nossos 28 anos de casados.

Recordo que é isto que eu faço cada vez que estou com Pedro. Repudio, imediatamente, esse pensamento. Não quero pensar nele. Estou feliz e pronto...

Quando me acabo de vestir e estamos para sair, tocam à porta. Fico apreensiva e pergunto quem será. Meu marido diz para eu abrir. Abro e vejo um ramo de rosas vermelhas à minha frente. Era a primeira surpresa do meu marido. Ele sabe que são as rosas que eu mais gosto. O moço do Hotel entrega-me o ramo e diz que são para mim. Apanho-o e venho buscar uma gorjeta para lhe dar, mas a porta estava fechada e o meu marido já tinha dado.

O meu marido sorri e diz para eu contar as rosas. Começo a contar. São 28 rosas vermelhas de veludo. São as rosas da paixão. Ele diz que cada rosa representa cada ano de felicidade que eu lhe dei. Fico emocionada e choro. De arrependimento, claro. Peço desculpa. Ele não entende, mas eu sei do que falo. Abraça-me e beija-me com muito carinho.

Já na sala do pequeno-almoço ouço o vibrar no telemóvel. Pu-lo a vibrar para não chamar a atenção. Não me dou a conhecer pela vibração recebida. Eu sei que é o Pedro. Mas não quero estragar o momento de tanta felicidade para o meu marido e, até, para mim.

Vou à sala de banho e leio-a.

09h12m47s

< Bom dia amor. Estás em casa? Qd poder telefonar, diz-me ou dá um toke. Beijokinhas de saudades. >

Respondo e digo que não posso falar.

09h15m31s

< Já ontem não falámos e hoje não podes? Tens pessoas em casa? Só vais amanhã de ferias certo? >

Respondo que sim e digo que faço anos de casada. Não digo quantos, mas acho que ele sabe, já que lhe tinha mencionado que fiz as bodas de prata em 2002.

09h16m56s

< Não te dou os parabéns esses quero, guarda-los para quando fizermos os nossos. Beijokinhas amorosas. >

Ficamos por aqui. Eu vou ao encontro do meu marido e combinamos ir dar uma volta. Vamos a casa de uma amiga na rua da Sofia que conhecemos quando a minha filha foi operada na clínica Sofia.

Ela convida-nos para almoçar mas nós dizemos que fazemos anos de casados e que vamos festejar todos juntos.

É um almoço muito animado. O bolo tem um par de noivos e as velas, uma de 2 e outra  de 8.

Brindamos e a coisa está animada. Nisto o vibrar do telemóvel traz-me à realidade do Pedro.

14h34m09s

< Amor como está o dia a correr? Ainda estão em casa? Já tens as malas feitas? Queria ir contigo um dia vamos só nós a festejar os nossos anos. Queres? Bjs de mel. >


Respondo e digo que a mala já está feita e que estou com amigos.


A minha filha telefona para nos dar os parabéns. Falamos e digo-lhe o itinerário da nossa viagem no dia seguinte.


A tarde passa a correr. Vamos  ao Choupal e a tantos outros sítios românticos. Trocamos beijinhos e andamos de mãos dadas.
Lanchamos à beira-rio numa esplanada. Tudo perfeito. Estou feliz...


Antes de regressamos ao hotel sinto o telemóvel a vibrar. Nada vejo ali. Mas quando chego vou à sala de banho, meu refúgio.


19h21m21s


< Amor mio como estão as coisas? Já estás sozinha? Beijokas amorosas. >


Respondo que está tudo bem e que já estou sozinha, sem amigos, mas com o meu marido.


Vamos para a sala de refeições.


O jantar decorre animadamente. Falamos da viagem até ao Luso e combinamos coisas para fazer no dia seguinte.


Vamos ver um filme e, no intervalo, tenho uma mensagem do Pedro.


22h14m10s


< Mor ( palava abreviada de amor )vais para o Luso a q hrs? Sonha comigo vou, contigo no teu coração. Bjs molhados. >


Digo a que horas vou e  que fico contente por ele ir no meu coração.

Deito-me a pensar nele, mas não sonho...

Parabéns Pedro !

Hoje vim só para dar os Parabéns ao Fernando Pedro Cachaço Marques.

Faz hoje 62 anos que nasceu o maior biltre que há em relação à prostituição.

Há mais de treze anos que anda nesta vida. Agora vejam quantas mulheres ele não enganou.

Se bem que não tenha, nunca mais, dado o dia de anos certo para não pensarem que é o Pedro Sá e outros que não posso mencionar.

Infelizmente só te conhecem depois de dares o golpe do baú. Mas já é tarde e

 não se pode voltar atrás.

Recordo o que disseste à Dulcineia Marta: Estou a começar a apaixonar-me por ti. Porque não vamos uns dias para a tua casa em Albufeira? Assim conhecias-me melhor e eu a ti. Eu li e tenho  gravado. Sabes que não dou ponto sem nó. Assim como tu. Apendi contigo.  Mas não sou aldrabona, mentirosa e prostituta. Infelizmente dei um mau passo, mas aprendi a lição.

E hoje como começas o namoro? Há quatro anos ainda era assim e até quando começaste comigo e com as outras todas. Bem mas hoje digo: Parabéns Pedro. Que tenhas mais juízo daqui para a frente.

Preciso falar contigo!

Quando eu me desloquei a Alvito, estava assim. Uma tarde de muito calor, mas com uma trovoada incrível.

Hoje venho dizer que no fim de semana vou ao Porto. Nem sei se chego na Segunda, mas vou tentar escrever alguma coisa aqui no meu blogue.

Também quero referenciar que as Quintas e as Sextas são muito difíceis para vir escrever no blogue. Vou sempre fazer os possíveis. Tenho a UTI onde as aulas me levam o tempo todo. Quando se assume um compromisso, é para se cumprir. Não sou como o Fernando Pedro que nem sabe o que são COMPROMISSOS. 

Sábado, 30 de Julho de 2005

Estou acordada desde as 05h da manhã. Sinto-me desgastada. O meu marido quer já sair hoje. Amanhã faremos anos de casados e quer um fim de semana diferente.

Levanto-me e começo a arranjar a mala. Meu marido já tem as suas roupas e objetos de higiene ao lado.

Não falamos muito senão o essencial. Ele pergunta se eu estou bem e eu respondo que sim e mostro-me mais alegre.

Saímos cedo e vamos tomar o pequeno-almoço na Batalha.

Estou eu a levantar-me para nos metermos no carro quando sinto o telemóvel vibrar.

Não o dou a conhecer.

Já a caminho de Leiria, apanho, disfarçadamente, o telemóvel e começo a  mexer-lhe. Li o seguinte:

09h54m17s

< Posso ligar? Preciso muito de falar contigo Bjs de amor eterno. >

Respondo que não podemos falar porque estou com o  meu marido.

09h00s54m

< Não podes ir lá acima? Faz como se fosse fazer a cama. Bjs kentinhos. >

Digo que estou longe de casa e que não posso mesmo falar.

10h12m12s

< Mas onde diabo estás? Bolas que se passa? Fala com claresa. bjokinhas. >

E sem saber que fazer, respondo que não posso escrever mais.

Meu marido pergunta com quem estou a teclar e respondo que estou a ver fotos.

Continuamos até Coimbra. É lá que passamos o fim de semana.

Do Fernando Pedro não recebo mais nada neste dia.

Ficar o fim-de-semana!

Sempre adorei o pôr do sol. E o Pedro sabe isso. Eis porque tirou esta foto quando foi ter com a NIa lá para Braga. Era para eu a explorar. Hihihi! Nem se recorda mais de mim. Mas há uma forma dele nunca se esquecer: Este blogue. Aqui falo muito nele e ele gosta imenso de protagonismo. Mas este  não deve gostar... É depreciativo.

Não sei bem  se lhe posso chamar isso. Realço a sua vida comigo e, se bem o conheço, a sua vida com outras mulheres. Portanto, estou a expô-lo na sua intimidade e a dar a conhecer a  sua vida de gigolô.

Sexta, 29 de Julho de 2005

A minha vida gira numa dobadoira. Ora estou séptica a respeito do Fernando Pedro, ora  estou ansiosa pelas suas mensagens e telefonemas.

Hoje levanto-me com a certeza que o quero ali a meu lado e que sem ele eu não sou nada. Sinto a minha consciência a bramir como mar enfurecido. E no entanto, sinto que estou a um passo de destruir a minha vida. Mas a ilusão, essa, está ali latente como fogo no pasto alentejano.

Desço e vou para o meu jardim. O sol acorda muito quente e deita chama por todo o lado. Não há vento. Nem sequer uma pequena brisa que mexa ou remexa uma pequena folha. Penso que no Alentejo está pior. É sempre assim.

Estou eu  nestes preâmbulos da vida quando algo me chama à realidade. Olho e começo a rir. Uma mensagem que vem alegrar mais o meu dia.

10h11m32s

< Minha vida minha paixão estou arrasado, só volto no Domingo à noite. A mãe Laura quer passar aqui o fim-de-semana e eu, não  sei que lhe dizer. A Cláu*** queria ir embora hj. Bjs só nossos. >

Não entendo. Mas ele não me disse que eram duas semanas? Que só vinha no Domingo? Fico assim sem perceber muito bem o que se está a passar. Envio de volta e pergunto que mudança houve...

Responde:

10h18m56s

< Amor combinei ontem com a Cláu*** que imamos hoje embora e depois, íamos-se nós encontrar no Sábado. Estou desolado beijokinhas que só tu sabes dar. >

Fico sem perceber nada. Meu marido entra hoje de férias e vamos para o Luso. Não sei quando, mas vamos.

Dou a resposta com estes dois pontos.

 o dia

10h23m59s

 

< Porra não tenho sorte nem uma nem outra. Vamos estar mais 1 smn longe? vou morrer de saudades o dia começou mal e vai acabar pior. Bjs só nossos. >

Já não respondo. Quando ele está assim não sei que dizer. Até fico com receio dele. Será que, ainda hoje, é uma fera?

Depois do almoço vou ao cabeleireiro.

Quando chego a casa vou ver o telemóvel que ficou em casa esquecido.

15h23m09s

< Posso telefonar? Bjs. >

16h21m18s

< E o meu dia é assim... Não respondes nem falamos. Bjs doces de mel. >

Fico aflita. Ele disparata por tudo e por nada.

Digo onde fui e o que me aconteceu.

Já não me responde.

E lá se vão as minhas férias de sossego.

O meu marido chega muito feliz porque está de férias, enfim.

Eu também. Vamos espairecer e ficar longe de tudo.

21h23m12s

< Dorme bem. Bjs e sonha comigo estou triste e nem falámos. Porra da minha vida. >

Desejo o mesmo e digo que lamento o sucedido. Talvez amanhã se arranje um bocadinho. E ficamos por aqui..

 

Ninguém me conhece!

E estas coisas acontecem. Já tinha quase a postagem terminada, quando se apagou tudo. Provavelmente já não publico hoje. São 23h do dia 14 de Março de 2017.


É o coreto da Vila de Alvito. Esta vila tem coisas muito lindas e muita história. Não é por ser a terra Natal do Fernando Pedro Cachaço Marques. Mas tenho o livro da Vila de Alvito que comprei na Câmara Municipal desta vila alentejana. Gosto muito de ler e de história.


Pego no meu diário e começo a ler:


Quinta, 28 de Julho de 2005


O dia amanheceu mais fresco. O céu está coberto de nebulosidade. O sol está menos quente e o dia parece ser agradável. Estou na cama, ainda sonolenta, quando o telemóvel começa a tocar. Apanho-o e no ecrã aparece o nome do Pedro. Fico intrigada. É cedo. Telefona sempre a meio da manhã.


08h34m10s


- Estou sim, faz favor?
- Meu amor minha paixão que saudades tenho tuas. E tu também tens saudades minhas?
- Que te parece? Nem as sei medir. E tu sabes?
- Estou em São Sebastião mesmo em frente à casa onde nasci. Aquela que te mostrei quando te trouxe aqui. Sabes onde é?
- Sim, eu sei. Mas não respondeste à minha pergunta.
- Que pergunta? Sobre o Quê?
- Se mediste as saudades que dizes ter por mim.
- São muitas.. Vão daqui até ao céu.  Eles estão a dormir, a mãe Laura faz o pequeno-almoço e eu disse que vinha apanhar ar. Boa desculpa...  Hehehe...
- Eu sei como tu és capaz de arranjares essas desculpas. Conheço-te muito bem..
- Não digas que me conheces. Nem a minha mãe que me pariu me conhece. Ninguém, ouvistes?
- Não estejas tão bravo. Se foi para isto que me telefonaste, não valia a pena..
- Não quero discutir contigo. Isto são os nervos por estar longe de ti. Um dia NUNCA te vou deixar. Ouvistes? NUNCA...
- Falas isso tanta vez que até um Santo acredita em ti.
- Espera até eu arranjar as coisas lá em casa com ela e as minhas filhas.
- Até parece...
- E é. Bem tenho que ir. Não quero que ninguém descubra onde vim. Beijinhos só nossos.
- Beijinhos e até logo.
- Inté




Fico perplexa com este telefonema. Levanto-me e faço o habitual. Eu sei que poderia ter ficado mais um pouco na cama, mas não tenho clima.


Fico na cadeira de baloiço a ler o meu livro. O Pedro também o quer ler e emprestar-me um de Robin Coock que é muito científico. Fico ansiosa para acabar o meu e ler aquele. O meu está quase no fim.


12h43m09s




< Amor mio minha paixão vamos almoçar agora queria que tu, estivesses aqui. AMO-TE MUITO. Bjs só nossos. >


A Glorinha chega e falamos muito. É cedo e ensina-me mais umas orações que eu aponto no meu caderninho. Depois sigo-a e falo, falo para não pensar.


15h10m09s


< Amor do meu coração vou mostrar como eu passava os dias no campo. É mau exemplo mas é engraçado. Bjs muitos de amor eterno. >


Leio, mas disfarço para que a Glorinha não perceba. Não respondo logo. Apanho o pretexto de que tenho que ir buscar detergente e envio a mensagem a dizer que não é uma boa lição para o sobrinho e a filha.
Volto para junto da Glorinha e estou com ela até sair.
Estou só. O meu marido ainda não chegou e eu volto à  leitura.


21h56m54s


< Meu amor estou só no quarto. Estou cansado. O dia no campo foi cansativo. Bjs só nossos. Sonha comigo TE AMO.>


E com esta mensagem acaba mais um dia nas terras alentejanas...


 

A mudança do Perfil!

Descobri que Pedro Sá é Fernando Pedro Cachaço Marques. É bem visível que um é o outro. Eu já sabia por, numa outra ocasião, ter deixado de publicar no perfil de Pedro Sá quando falei aqui nele. Também descobri que o perfil de Milu é daquela que anda com ele, não só pelos comentários, mas também por que agora tem um perfil onde as postagens já não se vêm pelo público como ela tinha. Estão privadas tanto as dele como as dela. E estou convicta que lês o meu blog, senão continuava tudo na mesma e eu estaria na dúvida. És muito esperto, mas não tanto como te fazes parecer...

Deixas rasto por aqui e por ali e fazes coisas que te dás a conhecer. És um pobre de espírito.

Um dia tudo será descoberto. A Lindona deve pagar bem para andares com ela. Até tens amizades de Benavente e sei lá que mais. Mas gostar... Tu gostas mesmo? Não, Pedro. Tu não gostas de ninguém senão de ti próprio...

Quarta, 27 de Julho de 2005

E o tempo lá vai passando. Já está em Alvito há quase duas semanas. Eu acredito plenamente. Se bem que tenha, por lapso de segundos, a sensação que ele me mente, mas lá vem mais um chorrilho de mentiras e palavras que me encantam

Estou desejosa que a mensagem do Pedro chegue. Não fui autorizada para lhe enviar mensagem sem que ele a envie primeiro. Eu acato. Penso que a filha ou a mãe podem dar por isso. E como já tive uma experiência tão desagradável, aceito o seu pedido.

Estou já sentada na sala quando o telemóvel dá sinal de mensagem. Estou sôfrega e leio prontamente.

10h21m58s

< Amor mio minha vida mais um dia aqui estou cheio de saudades tuas mas, falta pouco para estarmos juntos. Na segunda vais ter comigo. Beijokinhas molhadas. >

Fico triste. Não posso. É o dia que parto para férias com o meu marido. Na mensagem digo isso com muita tristeza.

11h11m34s

< E não me lembrava disso que merda. E quando vens? Bjs de amor eterno. >

Só regressarei no próximo domingo, dia 31. Mas não sei bem. Digo-lhe isso e ele reage:

11h33m45s

< Mas não sabes como? Bjs de mel. >

E não sei responder. O facto é que vou de férias com o meu marido. Vamos para o Luso-Inatel, mas não sei o regresso por que faço anos de casada do dia 31.

Também estou triste. São muitos dias longe dele. O meu marido tem o seu direito e eu estou ansiosa por ir para o Luso. Nem sei o que pensar e o que desejar... Mas o dever de mulher  diz-me que tenho que ir com o meu marido. A ele compete acompanhar-me. Ao Pedro, não. E foi uma perda de tempo e dinheiro, penso hoje e com razão.

A tarde passa  na normalidade. Não tenho mensagens, mas também não envio. Penso que hoje era o nosso dia, mas eeeeeeera, não é mais.

Já é noite. Lá fora brilham as estrelas e o céu está mais azul.

Meu marido dorme no sofá. Está cansado e eu pensativa.

22h09m18s

< Meu amor minha paixão vou dormir o, dia foi longo e com más notícias da tua parte. Bjs de muito amor. AMO-TE MUITO. >

E leio, com nostalgia, a mensagem que será o mate para mais uma noite de sono...

Por terras alentejanas!

Na vida encontramos o que queremos e o que não queremos. Só que o nosso livre arbítrio leva-nos a distorcer o que é sincero e o não sincero. Se não queremos, deitamos fora, se queremos, aproveitamos. Mas o sincero e o não sincero é um faca de dois gumes. É um sentimento que não se vê, mas sente-se. Um sentimento que engana e ludibria. Nunca sabemos se está ou não à nossa frente. Ele passa por não sincero, quando a pessoa é cínica, hipócrita, animosa e louca. Sim, louca... Mostra aquilo que não sente. Mostra sentimento de amor, carinho, sinceridade, humildade, compreensão, oblatividade, altruísmo, ternura e um sem fim de sentimentos que nos ludibria e nos leva na sua teia de engodo.

Pois é! O Fernando Pedro Cachaço Marques é assim. Só que há só um propósito no meio disto tudo. O propósito de enganar e levar o que ele pensa ser mais precioso-dinheiro. Mas isto não é tudo. O dinheiro gasta-se e aquela sinceridade que se pensa ser verdadeira, também. Torna-se em animosidade. O amor, carinho, humildade, compreensão, , altruísmo, oblatividade, ternura, vai-se esfumando por entre as brumas da nossa vida. Torna-se em animosidade e aí começa a ser um ser diferente: agressivo, mal humorado, distante, frio, partindo para os golpes sujos e orquestrados. E quem teve a infelicidade de se cruzar com ele sabe que estou a falar verdade...

Acreditem que ninguém melhor que eu o conhece. Estudei-o durante quase dois anos. Tive a perceção aquando me arranjou um amante. E daí para a frente, nunca mais foi a mesma coisa. Nem por mim nem por ele que se tornou num ser oposto áquilo que se apresentou. Tudo se esvaiu...

Acredito que mude esta ou aquela tática em relação a cada mulher, mas o essencial está lá. O que ele mudou é o fica bem. Quando o voltei a encontrar na net, dizia assim...

Terça, 26 de Julho de 2005

Mais um dia distante lá pelas terras alentejanas, segundo diz. Contudo nunca vejo nada que me leve a pensar que o Pedro está lá. Mas as mensagens vêm carregadas de frases apelativas à vila de Alvito.

10h19m45s

< Amor mio estou em Beja com eles será um dia, para recordar. Estão felizes e eu tb estaria se estivesses aqui. Um dia assim será. Bjs que só tu sabes dar. >

14h43m27s

< Acabámos de almoçar a mãe Laura fez o almoço estava, uma delícia. Um dia ela cozinha para nós áde chegar e eu e tu muito felizes... Beijokinhas doces. >

A deitar-me areia para os olhos para eu pensar dele o melhor. E pensei. Estava embevecida e tudo vinha como uma dádiva do céu.

Neste dia vem a Glorinha que vai para o segundo andar a fazer limpeza. E eu atrás dela para conversar e matar o tempo.

O meu marido chega e dá-me muitos beijinhos. Diz que está desejoso da Sexta para me fazer companhia e mimar-me.

Gosto do que ele fala bem encostadinho ao meu ouvido. Sinto-me a derreter.

O tempo passa entre a limonada, a cerveja e os aperitivos.

Depois vem o jantar. Conversa-se sobre as férias e fazem-se projetos. O tempo passa e a noite chega.

21h45m20s

< Amor, Amor do meu coração vou dormir eles, já estão deitados foi um dia muito, cansado com muitas atividades. Dorme bem sonha comigo e deixa-me deitar ao teu lado. Bjs de eterno amor. >

E assim termina mais um dia. Nem vou ao MSN. Acredito que ele está no Alentejo. E quem não acreditaria???