sexta-feira, 12 de maio de 2017

Não duvides!





Esta foto tem muito que se lhe diga. Foi postada pelo Pedro, no seu perfil, talvez no início de conhecer a Milu.

Que feliz destino o meu
Desde a hora em que te vi
Julgo até que estou no céu
Quando estou ao pé de ti.

Perdeste o teu dote de fazer versos? Não me parece. Um sociopata como tu tem sempre muita bagagem para mostrar e aprisionar.

Sexta, 12 de Agosto de 200

08h32m59s

- Estou sim, faz favor?
- Bom dia, bom dia, bom dia Amor do meu coração.
- Ena! Que pancada!!!
- É assim que me sinto: Feliz por te ter comigo...
- Será? Às vezes fico com dúvidas.
- Não duvides. Queres vir passar o dia comigo? Trabalho até às 11 e depois vamos ao Lopes.
- Se assim o queres, eu também.
- Então despacha-te. Quero estar contigo. Tenho muitas saudades... Huuuummmm! Tão bom. Já estou a sentir qualquer coisa só de pensar...
- Não digas. Alguém pode estar a ouvir e eu fico com vergonha.
- Vergonha? Saltas a cerca e tens vergonha?
- Estás sempre a dizer o mesmo. Ao menos respeita-me.
- E não te respeito? És a minha amada... Isto é só entre nós.
- Às vezes não parece...
- Então vens?
- Vou. É só tomar banho e despachar-me.
- Então despacha-te. Beijinhos e inté!
- Beijinhos. Olha espero onde?
- No sítio do costume.
- Ok!

Desligo e vou correr a despachar-me.
Tomo o comboio das dez.
Já no comboio chega uma mensagem. Abro e sorrio. É do Pedro.

10h20m17s

< Já sei que vens no comboio um amigo meu disse que te viu na estação. Bjs >

Penso:- Mas que mulherengos...

Quando chego a Al****** ouço alguém cumprimentar-me. Não desvio o olhar e respondo educadamente.
De repente uma das mãos acaricia o meu braço. Eu olho estupefacta. Qual não é a minha alegria quando vejo o Pedro sentado a meu lado. Beijamo-nos aturdidamente. Estou feliz. Ele está ali. Veio ter comigo. Que surpresa!
Falamos animadamente e vamos até Entrecampos.
O nosso caminho é até frente a uma entrada da Feira Popular, na 5 de Outubro.
Vamos de mãos dadas e é assim que entramos no quarto depois do chek in.
Lá dentro tudo se transforma. A música que não ouvimos, o pulsar do coração que não sentimos, as mãos que ficam entrelaçadas, a voz entrescutada... Enfim! Só nós dois e mais nada.
Mas o tempo da volúpia chega ao fim. Caímos satisfeitos e felizes, penso eu.
Conversamos do tempo que estivemos separados, dos sonhos do Pedro, do casamento que não se consumará, das filhas, do nosso amor...
O telemóvel dele tira-nos deste novelo maravilhoso que desenrolamos juntos com promessas, planos e sonhos.
Ele atende e a conversa dá para perceber que ele tem um serviço na linha de Sintra. Eu acredito nesse momento. Hoje não estou tão segura.
Tomamos banho e vamos aos Lobos do Mar comer. Eu peço uma salada e ele pede arroz de tamboril.
Depressa pago a conta e seguimos para a estação de Entrecampos.
Eu saio primeiro e ele fica. A despedida é sempre da mesma maneira. Beijos, abracinhos e a mão no vidro do comboio.
Presumo que irá, em seguida, para a linha de Sintra, mas até hoje estou na dúvida.

Venho para casa, muito feliz, a pensar que ele gosta mesmo de mim. Hoje eu sei que tudo foi uma encenação.

À noite falamos no MSN. A conversa é muito animada e feliz...

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Hoje só escrevo assim!



Depois deste interregno, volto para quem já tem saudades de ler uma postagem nova no meu blogue.
Dizer que estive de férias, não pode ser o caso. De férias já eu estou há muito tempo. Estou aposentada e o meu tempo é livre.
Tenho, sim, outras ocupações. Mas também tenho uma vontade enorme de escrever.
Este diário não o levo comigo quando me tenho que ausentar. Levo o actual onde escrevo o que de relevante é neste ou naquele contexto.
Obrigada pelos comentários e pela força que me têm dado. Sinto-me em dívida convosco. Hoje volto. Não vou dizer por quanto tempo. Não sei o que me reserva o dia de amanhã.

Hoje venho, Fernando Pedro Cachaço Marques, falar de ti e das pessoas que tens no teu comando.

És o maior biltre que existe. O facto está na maneira como manipulas as pessoas.
Não queres admitir que és Pedro Sá. Todavia, desde que comecei a expor-te em praça pública, começaste a ocultar as tuas postagens. Só aparecem as postagens de publicidade. Mas eu continuo a ter acesso a elas. Não eu, uma amiga que é comum a ti e à Milu. Também a Milu se mostra muito restrita e só lá vem uma de quando em vez. Porém, eu sei as suas postagens e as tuas e de todas as pessoas que te são queridas. Como disse, não por mim. Nem perco tempo com isso. Alguém o faz e, acredita, nem sei o nome verdadeiro. Já nos conhecemos muito bem e sabemos o quanto isso é importante para ambas.

Mostra que és homem de carácter. Deixavas-me de boca aberta se abrisses o jogo. Mas todas/os sabemos quem és, por onde andas, o que fazes, um dia até sabemos o teu pensamento...

Que disseste às tuas filhas e à tua mulher para elas mudarem as suas publicações? Será que lhes disseste que sou eu que ando a espreitar? Não, Pedro, não sou eu e nem me dou a esse trabalho. Não fujas porque sei sempre por ande andas. Amigas de uns e de outros estão no meu ciclo. Se bem que com nomes falsos e não se dão a conhecer aqui. Apenas em mensagens privadas.
És tão esperto mas cada vez te enterras mais.
Que   "dom " é esse? Tens algum pacto com o diabo? És, porventura, um bruxo? Talvez! Então, por isso, te recordaste de me apelidares de " bruxa " num tempo atrasado. Mas não sou e nem tenho pacto com ninguém. Sou eu, pura, sincera, honesta, inteligente e muito querida no seio de qualquer pessoa. Bruxo és tu que consegues tudo o que te propões alcançar. Mas um dia acaba-se a magia...

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Parabéns!





Aqui estou, novamente, para apaziguar os meus leitores muito queridos. Ainda não estou totalmente de volta, mas hoje vim porque é uma data muito especial para o Fernando Pedro Cachaço Marques.
Porém, quero esclarecer que estou ausente por me encontrar de férias. Estou feliz por estar aqui convosco.



Sexta, 05 de Maio de 2017


Hoje venho dizer-te, Fernando Pedro, que foi um dia muito feliz para toda a tua família. Pois é! A Claud** Raq*** faz hoje anos.
Parabéns para ti e para ela. Ora, se as contas não me falham,  ela faz hoje 28 anos. Engraçado! Contudo sem graça nenhuma...
Que disseste à tua mulher e filhas para deixarem de ter perfil público? Lá devo eu estar a pagar... É sempre! Tudo o que fazes de errado e que não queres partilhar mais comigo, dizes que ando a arrastá-las pelas ruas da  amargura. Tantas mulheres que tu prejudicaste  que mesmo que não seja eu, tu o dizes para que pensem que só erraste uma vez. Mas  não. Não erraste só uma vez... Foram muitas e serão ainda mais. Todavia, não sou eu que vejo ou falo delas, Pedro... És tu. A culpa é sempre tua. Foste tu que as trouxeste para o meu mundo e para o mundo de outras mulheres. Não as conheço pessoalmente, mas são lindas! As três: Zezinha, Clau**** e V*** Mon***. A tua neta também é muito bonita. Não tem nada teu. E tenho uma angústia muito grande por terem sangue de um salafrário como tu.
Enfim, é a vida que escolheste.... Parabéns para ti e para a Raq****.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Será verdade?







A minha vida deu uma reviravolta depois do mail do Fernando Pedro Cachaço. Foi aí que me enganei. Pensei que me amava verdadeiramente e tudo não passou de um embuste. Hoje vejo isso e reconheço que errei. Deveria ter mesmo terminado e não ter acreditado naquelas palavras de verdadeiro apaixonado.

E creio que será assim com todas as mulheres que ele persegue, furta e depois calunia.
Assim me têm dito as várias senhoras que me têm contactado. Umas chorosas de raiva e outras ainda com o coração sangrando.
Custa muito a esquecer um amor assim. Parece que encontramos a alma gémea, mas nada passa de uma miragem. Tudo é falso, palavras são ditas que não se sentem, olhares que não são sinceros, amor que não é realidade...

Quinta, 11 de Agosto de 2005

Mal durmo. O mail está patente na minha memória. O coração brame por este amor que julgo sincero. Estou acordada e na barriga sinto aquelas borboletas de um ser apaixonado.

Levanto-me horas mais cedo e venho para a minha cadeira preferida. Na mão tenho o e-mail que ele me enviou no dia anterior. Olho e choro por pensar que tudo aquilo é sincero, verdadeiro, sentido...

Não tomo o pequeno-almoço. Nada passa pela garganta que se fechou e só sente um latejar de alguém que sofre e, ao mesmo tempo, se regozija.

08h38m12s

- Estou sim, por favor?
- Como está a mulher mais amada do mundo?
- Será?
- Não quero discutir mais este assunto. Eu amo-te e ponto. Tens que acreditar. Só te dou provas disso.
- Vamos vendo e falando. Estás a trabalhar?
- Estou.
- Onde?
- Vou prá outra banda. Fogueteiro.
- Estava a pensar ir almoçar contigo.
- Pois, também eu. Mas cheguei e o chefe deu serviço.
E esta semana ainda nos vamos encontrar?
- Não sei. Vamos pensar que sim. Amanhã combinamos.
É só isso ou é outra coisa qualquer?
- Chiça! És mesmo teimosa! Que tenho que fazer para acreditares em mim? És a mulher a quem mais amo e amararei. Sou pra sempre teeeeu. Já disse, quero casar contigo e vamos casar. Escreve o que eu te digo.
- Casar? Como? E as tuas filhas, a tua mulher e o meu marido?
- Tratamos disso mais tarde. Já tenho solução. Agora tenho os homens à espera. Tenho que ir. Beijokinhas que só te dou a ti.
- Beijinhos...

Fico pensativa. Será que quer mesmo casar comigo? Mas eu não quero...

Hoje penso que era só fanfurrice. Fico muito melindrada por eu ter acreditado tão piamente nele.

12h09m14s

< Vou almoçar com os meus homens. Logo posso telefonar? AMO-TE MUITO. És a minha princesa a minha vida o meu mundo...Bjs que só te dou a ti. >

Mais confusa fico. Há uma amálgama de coisas na minha mente que não sei discernir. Mas nem quero pensar mais. Porém a mente não pára. Logo penso que as férias são 30 dias e ele só teve três semanas. Mas meu marido só teve oito dias... Porém logo raciocino que vamos estar na Alemanha e voltamos pelo Natal.
Então ele também pode guardar uma semana para o Natal. Por que não?
Respondo que é dia de vir a Glorinha.  Não pode telefonar.

18h01m23s

< Estou a chegar a casa. Ela está a trabalhar. Logo vai ao MSN. AMO-TE mais que tudo na vida. Bjs que só  te dou a ti. >

Não posso ir ao MSN. Meu marido tem trabalho e fica todo o serão no pc.

21h45m20s

< Estou com saudades tuas. Já estou na cama fecho os olhos e penso q está aqui. Beijokinhas que só tu sabes dar. AMO-TE e sou teu pra sempre. Pedro... >

E eu acredito. Por que não?
 
 

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Conversa de hoje!







Nem sempre tudo se desenrola como nós queremos. Assim aconteceu comigo há muito tempo.
No dia 09 de Agosto, terça-feira, de 2005 pelas 20h30m eu envio um e-mail ao Fernando Pedro com o título " Conversa de hoje ". Nessa altura, o meu e-mail era da iol. Nunca mais tive um e-mail deste servidor. Nesse mail eu escrevo a relembrar a conversa desse dia tida com o Pedro quando saímos da Feira Popular.
Escrevo tudo o que me faz afastar dele: A diferença de idades, a etiqueta que ele tem, a educação, o sentir-me diminuída quando estou com ele, a falta de gosto na indumentária, a sua segurança, inteligência, etc., com a firme certeza que me quero afastar dele.

Na manhã seguinte não tenho o telefonema da praxe. Penso nitidamente que ele já terminou tudo. Por um lado sinto-me aliviada e a minha vida vai seguir um rumo diferente. O dia decorre lentamente. Nada tem interesse, mas sinto-me livre. É uma espécie de liberdade incondicional. Até tenho a impressão que ganho asas. Olho o relógio e o tempo passa sem notícias.  Nada. Nem sequer uma mensagem a dizer " adeus ". Enfim, o amor não era assim tão grande e tão intenso como ele fazia crer. " É melhor assim ", penso eu. E continuo a minha vidinha.
Almoço nas calmas e vou ao Intermarché fazer compras. Sinto uma leveza tão grande que pareço uma pena voando ao ar.

Volto a casa e vou ao computador. Já não me recordo que veja ou não um e-mail do Fernando Pedro.
Porém, fico lívida. Ele enviou um e até tenho receio de abrir. Quando ele quer, é muito bruto. Será que vale a pena abrir? Mas a curiosidade é grande.
Então eis o seu conteúdo:

DE: Marques, Fernando Pedro Cachaço fcmarques@refertelecom.pt
Quarta-Feira, 10 de Agosto de 2005, 12:33
Assunto Re: Conversa de hoje

Tonta, tonta, minha QUERIDA tontinha.
A única diferença que existe entre nós é:-sexos opostos e meia dúzia de anos.
TE AMO MUITO, sinto-me muito bem ao teu lado, gosto de ti como ÉS, continua assim pq eu gosto muito, tudo o resto que importa.

Se um dia acontecer
Deixar de gostar de TI
Deixa de amanhecer
Morre o sol p´ra mim.

Enquanto houver sol
Vou estar a teu lado
Está escrito no meu rol
Sou sempre teu amado.

Que diferença pode haver
Aos olhos apaixonados
AMO-TE quero-te ter
Sempre ao meu lado

Não mudes, nem por nada
Deste mundo ou do outro
Quero que sejas minha AMADA
Mesmo longe um do outro

Beijinhos muito doces, que só te dou a TI.
Ainda bem que és diferente, pq a vulgaridade não me seduz.
Quero que sejas e continues a ser como ÉS, porque é assim que eu TE AMO.

Leio e releio o e-mail não sei quantas vezes. Estou atónita. Parece que o mundo me cai em cima. Não sei que pensar...

Respondo e digo que estou muito emocionada.
Reatamos a nossa relação.
À noite falamos no MSN... 


quarta-feira, 12 de abril de 2017

A conversa sobre terminar relação!







Hoje sei que foi um erro ter-me apaixonado pelo Fernando Pedro. Mas apaixonei-me e de que maneira... Uma paixão sem limites, sem barreiras e sem tempo, pensava eu. Também era aquilo que ouvia dele. Dizia-o constantemente. As palavras "Nunca te vou deixar" eram ditas tão convictamente e a olhar-me nos olhos que eu jamais pensei que acabasse da forma que acabou. Mas acabou. Pela forma mais triste, mas acabou. É certo que sofri muito. Chorei lágrimas de sangue e tinha um desejo enorme de o ver. Sonhava com ele, falava com ele, amava-o... Mas acabei por esquece-lo. O coração ficou tão ferido que se fechou para sempre. Hoje não sinto nada. Nem ódio, nem rancor, nada...

Terça, 09 de Agosto de 2005

Acordo bem disposta. A noite de sono repôs todas as minhas energias. Fico feliz por saber que dali a pouco vou estar com o Pedro. Levanto-me, tomo banho e esmero-me na indumentária.
Quando estou a terminar, o telemóvel dá sinal de mensagem. Corro para ver.

08h43m19s

< Posso telefonar pó fixo? >

Claro que sim, respondo muito feliz.

- Estou sim, faz favor?
- Chi! Quanta saudade! Como está o meu amor mais querido?
- Estou bem. Tens outro amor?
- Porquê? Não entendo.
- "O meu amor mais querido", dá a entender que tens outros amores pelo caminho...
- Não é nada disso. Sabes que só te tenho a ti. Tu és a pessoa que mais amo, mais quero e vamos ficar juntos para seeeempre. Tu sabes isso. Porque estás sempre com dúvidas?
- Não tenho dúvidas. É só para confirmar.
- Hum! Desconfiada... Ah! Tenho o amor das minhas filhas, mas é diferente do que tenho por ti.
- Sim, eu sei que amar as tuas filhas é diferente. Mas...
- Bem vamos falar como deve ser. Queres vir ter comigo?
- Claro que sim. Estou ansiosa. Tenho saudades tuas.
- Eu também. Nem imaginas como foi duro estar tanto tempo longe de ti.
- Acredito. Comigo passou-se a mesma coisa.
- Estou em Entrecampos. Vens ter aqui e esperas por mim no sítio do costume.
- Sim. Eu sei. Tenho uma prenda para ti.
- Hum! Estou curioso...
- Mas não te vou contar agora. É surpresa.
- Então fico à espera. Nem sei o que te faça...
- Até logo. Depois falamos.
- Beikoquinhas doces, de mel, gulosos.
- Beijinhos...

Desligo e fico a sorrir com o coração a querer saltar-me do peito. Estou tão feliz que nem sei explicar por palavras ( creio que é assim que se sente toda a mulher que por ele é ludibriada ).
Recordo que não falámos da hora do encontro, mas vou para lá de seguida. Tenho comboio.

Chego a Entrecampos e fico à espera dele no sítio combinado. Sempre pensei que ele viesse ter comigo a meio do caminho numa estação qualquer. É que fazia isso com frequência. Mas isso não aconteceu. Não fico triste. Espero e espero.

Perto do meio dia, vejo-o aparecer. Vem lá de dentro e isso explica que esteve a trabalhar. Traz o pc ao ombro. É hábito e não estranho.
Vem com passo largo e agarra-se a mim com tanto carinho que eu me entrego na totalidade.
Seguimos a avenida. O nosso ninho fica do lado  esquerdo do lado da feira popular. É para lá que nos dirigimos.
Não sei explicar o que se passou. Foi entrega total de ambas as partes.
Falamos muito e confidenciamos muitos segredos. Ele conta, eu ouço. Eu conto e ele escuta. Tiro da minha mala um embrulhinho e entrego-lho. Ele abre e diz:- Estava mesmo a precisar. Já não tenho...
É um perfume de Jean Claude Gaultier. Abraça-me e beija-me com muito carinho, penso eu. 
Depois do banho, saímos para a rua. Vamos almoçar à feira. ( Ainda estava a funcionar com os restaurantes abertos. )
Almoçamos nos Lobos do Mar. É arroz à valenciana.
Enquanto comemos eu penso que tenho que acabar a nossa relação. Digo-lhe que quero falar com ele sobre um assunto. Mostra aquele olhar de curiosidade e quer saber sobre o que é. Mas digo que falamos na rua.

Ao descermos a avenida em direção à estação, eu começo por falar.
Falo que estou em desvantagem com ele. Sou mais velha. Não tenho gosto em escolher nada. Não sei fazer combinações com a roupa e os sapatos ou a mala. Estamos longe um do outro. Nem vejo a possibilidade de um dia virmos a estar juntos. Eu não quero deixar o meu marido e ele não quer deixar a mulher nem as filhas. Que estamos em disfuncionalidade em tudo.
Aperta-me o braço, olha-me nos olhos e diz com a voz entrescutada: - Não, não penses isso. Não me podes deixar. Eu não deixo. Eu amo-te, ouvistes? Tu és minha vida, meu pilar... Mas que tolice... Como podes pensar isso. Tu és como eu quero. Minha e de mais ninguém. Não digas isso, por favor. Esquece que tivemos esta conversa. Amo-te muito. És minha e de mais ninguém, percebes?
Fico triste e beijo-o apaixonadamente. Mas continuo com essa vontade intrínseca no meu coração.
Caminhamos de mãos dadas e conversamos animadamente.
Para fazermos a hora do comboio, ficamos em baixo, junto aos pilares, naquele cantinho a beijarmo-nos e a acariciarmo-nos.
Na hora da despedida colocamos as mãos no vidro e eu penso que não vou voltar a vê-lo.

Enquanto faço o caminho de regresso, ele envia uma mensagem.

17h34m10s

< Amo-te muito e não sei viver sem ti a vida não, tem mais sentido e eu deixarei de viver. Bjs que não demos e que nunca são demais. >

Fico impressionada mas não deixo de pensar no assunto.

21h229m45s

< Dorme bem meu AMOR único e jamais te deixarei. Sonha comigo. Bjs de amor eterno. >

Porém, a essa hora já tinha enviado uma mensagem em que dizia que queria terminar a nossa relação....




terça-feira, 11 de abril de 2017

Quero ver a tal mulher!







Sempre que me debruço sobre este blogue, penso que estou a invadir um espaço que já não é meu.
Mas é! E será até acabar a saga Pedro/Grace.
Porém, a nossa vida de grande amor extinguiu-se. Foi arrefecendo porque deixei de lhe dar dinheiro ou outros bens materiais. Ele, o Fernando Pedro Cachaço Marques, muito me pediu, mas eu ignorei. Vi claramente muito bem visto que só estava comigo por causa do dinheiro. Quando descobri foi como se eu tivesse morrido. Como se a respiração tivesse terminado inesperadamente. Como se não houvesse mais mundo. Mas segui, ainda, algum tempo na esperança que ele tivesse, por mim, o amor que sempre jurou ter. Que sempre eu estaria na sua vida e que NUNCA sairia dela, como confessou numa mensagem e como o disse tanta e tanta vez olhando-me nos olhos. Como ele é falso e hipócrita, mesquinho e pantomineiro. É dele mesmo. Está-lhe no sangue e não vai mudar nunca...

Segunda, 08 de Agosto de 2005

Nosso último dia no Luso/Inatel. Depois do banho, nós começamos a arrumar a mala e todos os nossos pertences. Tenho presentes para um sem número de pessoas muito queridas. Entre elas, o Pedro.
A nossa bagagem fica no quarto. Descemos para tomar o pequeno-almoço.

09h09m09s

< Mor meu minha vida estou a trabalhar enfim. Amanhã vens ter comigo? Vou amar-te muito e beijar-te até ñ ter folgo. Saudades saudades de ti e tu? Bjs de AMOR eterno. Teu sempre teu Pedro. >

Fico encantada com a mensagem e escrevo coisas lindas.
Estou ansiosa e meu marido repara. Menciono que é das féria chegarem ao fim. Ele realça que vamos de férias, novamente, em Outubro até à Alemanha. Riu e disfarço.

Despedimo-nos dos nossos amigos, fazemos o chek out e seguimos viagem.
Eu peço ao meu marido para me levar àquele jardim lindo. Quero despedir-me dele. Todavia, não é esse o meu objetivo. Quero ver se encontro a tal mulher, falar-lhe e saber mais acerca da minha vida e do Pedro. Meu marido concede-me o desejo e lá vamos nós. Percorremos o jardim de cá para lá e de lá para cá. Abro os olhos à espera de encontrar a tal mulher. Mas é infrutífero o nosso percurso. Nada, nadica de nada. Da mulher nem a sombra. Ela não está mais aqui. Fico triste e comporto-me como uma criança. Faço adeus e olho ao redor.
Caminho pensativa e entro no carro. Estou triste e não sei se acreditar ou não, acerca daquilo que me disse na primeira vez que nos encontrámos.

O caminho parece comprido de mais.

12h10m18s

< Amor mio Paixão ardente meu coração estou a fazer o caminho que fazemos juntos. O almoço vai ser triste e tu como estás? Bjs kentes carinhosos doces de saudades. Eterno teu Pedro. >

Já não sei que lhe dizer. Sinto-me triste e digo-lho. Mas ainda não parámos para o almoço, referencio.

Almoçamos num restaurante à beira da estrada. Tudo perfeito. Buffet e várias iguarias.
Voltamos à estrada. O calor aperta e o sono também. Adormeço e nem dou pela mensagem que chega. Vejo-a mais tarde.

16h45m18s

< Mais um dia chega ao fim vou, embora. Amanhã vens ter comigo. Estou c/ muitas saudades. Qd chegares avisa. Bjs do teu Pedro pra sempre. >

Chegamos a casa por volta das 18h. Estamos ambos cansados. Descarregamos a bagagem e vamos à D. Ali** jantar.

21h02m19s

< Amor vai ao MSN. Quero falar contigo e saber as novidades. Bjs >

Não, não vou ao MSN. É tarde e vamo-nos deitar. Meu marido já vai trabalhar no próximo dia.
As férias chegam ao fim e eu sonho com o dia seguinte...