terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Encontro numa estação de comboio!

Quinta, 31 de Março de 2005

Esta foto retrata uma das muitas viagens que o Pedro faz para ir ter com a sua amante mais temporal.
Hoje venho falar do encontro que ambos tivemos numa estação de comboios. 
Levantei-me e arrumei-me com a sensação que ia ter um dia maravilhoso. Ou um bocado, mais propriamente dito. Arranjei a minha mãe para sair e quando o meu marido saiu para o emprego, eu já estava pronta. Disse ao meu marido que ia ao dentista. A esquelética estava apertada e já me doíam as gengivas. De facto, à tarde, tinha uma consulta marcada.
Pelas 11h da manhã arranquei com a minha mãe a meu lado. Neste dia a Glorinha só vinha da parte da tarde porque tinha uma consulta pela manhã. Para mim, até me deu muito jeito. Não tive que dar explicações. Também não precisava de as dar, mas eu era muito exigente comigo própria.
Quando cheguei à estação, o Pedro já lá estava à minha espera. Saí do carro e fui ter com ele. Deixei a minha mãe de costas para nós, mas de maneira a poder vê-la.
O Pedro abraçou-me e beijou-me muito. Disse  que era filho da pouca sorte e que a ele tudo lhe acontecia de mau. Falou-me que o carro já não ia para a sucata. Naquela manhã tinha estado com um mecânico que o namorado da filha mais velha lhe arranjara. Este fazia-lhe o arranjo por bom preço. Era fazer o orçamento e dava-lho à tarde. Também as peças seriam mais baratas e acessíveis. Ele estava mais confiante e até sorria. 
O telemóvel do Pedro tocou e verificou que era a filha mais nova que tinha ficado com a avó.. Não sabia o que ela lhe queria e mostrou um ar preocupado. Bem, pelo menos, pareceu-me. Costumava perceber o que ele falava com as filhas, mas desta vez não consegui perceber nada senão as respostas que ele lhe dava. Na altura tudo me pareceu normal, mas depois, já em casa, juntei dois mais dois e vi que algo estava errado.
Era sobre o almoço a dar à avó. A resposta do Pedro foi a seguinte: - Filha não tem que saber. Sentas-te por trás da avó.Puxas a avó para cima para o teu colo, como o pai faz, e depois é só dar-lhe o comer. Não tires a avó da cama. E não mexas muito nela.
Do outro lado uma algaraviada qualquer que não percebi. Era imperceptível. Era como se houvesse alguém em grande galhofada do outro lado. Aquilo pareceu-me muito estranho, mas não comentei e nem sabia como argumentar. Ele mantinha-se com uma seriedade tanta que tudo parecia real. Disse mais uma ou duas coisas sobre ir para casa e desligou.
A nossa conversa sobre o acidente continuou e fiquei a saber que o fulano do acidente era já velho e que não estava muito bem na condução, mas que, segundo a polícia, o Pedro tinha sido dado como culpado.
O tempo passou rapidamente e a hora do comboio, chegou. Eram 12h12m quando o Pedro correu para a plataforma para apanhar o comboio. Eu fiquei a vê-lo sumir e a pensar no telefonema que me pareceu muito estranho. Mas eu não sabia o porquê.
Já em casa e depois de dar o almoço à minha mãe, se fez luz na minha mente. Ora eu não seria capaz de dar o almoço à minha mãe se ela estivesse de costas para mim e tentei fazê-lo para me certificar que estava certa. Logo vi que algo estava mal. A minha mãe de costas para mim nunca poderia estar. Eu não acertaria na boca dela porque não a via. Logo esta teoria do Pedro estava errada. E era mentira ou a Claud***** Raq****** nunca lhe daria o almoço. Era, certamente, um telefonema para me fazer crer que ele tinha dito mesmo aquele acidente. Mas para quê? Com que finalidade? Bem, isso iria descobrir mais tarde com ajuda da Lic***.
À tarde fui ao dentista para alargar a esquelética. A Glorinha ficou com a minha mãe.
Pelas 18h23m19s recebi esta mensagem do Pedro, via telemóvel:

< Amor mio foi bom. Já tenho saudades. Logo vai ao msn. Bjs loucos. >

Respondi que não podia ir porque a minha mãe estava muito agitada e precisava que eu estivesse com ela constantemente.
Pelas 20h45m24s recebi esta mensagem, via telemóvel:

< Amor mio não te enerves. Tem calma e pensa no nosso momento de hoje. te amo sabia? Bjs só nossos. >

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