segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Saída do Hospital!

Quarta, 30 de Março de 2005

Sempre acreditei, piamente, que a mãe do Fernando Pedro Cachaço Marques estava muito doente. A maneira como ele expunha as coisas, dava isso a entender. Acreditei no acidente, acreditei, acreditei nele. 
Nesta Quarta-Feira fez-se luz ao fundo do túnel. Mas uma luz ténue e, ainda, sem brilho. Porém, já era uma coisa boa.
Pelas 10h34m56s recebi uma mensagem do Pedro a dizer o seguinte.

< Vou ao hospital ver como está a minha mãe. Não digas nada. Eu digo. Bjs só nossos. Adoro-te sabia? >

Passou-se a manhã toda e já era quase noite quando recebi nova mensagem dele. Neste interim, sofri muito com o seu silêncio. Pensava o pior e, ao mesmo tempo, tinha uma Esperança do tamanho do Mundo.

20h10m52s

< Amor mio já tenho a minha mãe em casa. Logo vai ao msn para falarmos. Preciso muito. Bjs doces. >

Deitei a minha mãe um pouco mais cedo que o habitual e fiquei no msn a falar com o Pedro. Contou-me como tinha sido o acidente e que a culpa tinha sido dele, pois tinha batido no carro da frente. O dele estava para ir para a sucata e o outro tinha ficado com a traseira metida para dentro.
Disse-me que a hesitação do velho é que fez com que tivesse havido aquele acidente monstruoso. Mas que dava graças por ter a mãe viva. Estava, ainda, em estado crítico e tinha que ter uma posição deitada de costas na cama. A alimentação tinha que ser dada com ela elevada para não se engasgar. Uma história muito bem elaborada e verosímil. Quem não acreditaria? Depois disse-me que se queria encontrar comigo na Quinta pelas 11h na estação dos comboios. Tinha saudades minhas e que queria estar comigo mais que tudo na vida. Eu ainda alvitrei que seria prematuro e que ele tinha que tratar da mãe. Ele disse que ficava a Cláud** Raq**** com a avó. Ele explicar-lhe-ia como tratar dela para lhe dar o almoço. 
E quem não acreditava num esquema tão bem montado? Eu acreditei e foi o meu mal. Depois foi o precipício à minha frente que eu não enxergava e quando enxerguei, cai nele.  

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