quarta-feira, 18 de março de 2015

Telefonema

Terça, 7 de Setembro de 2004
09h05moos
Um telefonema logo a seguir ao nosso encontro.
Tenho-o escrito no meu diário
 
< - Estou sim, faz favor?
- Meu Amor bom dia. Estou muito feliz pq hoje já tenho um rosto p´ra ver quando falo contigo.
Até aqui era tudo uma suposição e agora é uma certeza.
- Bom dia, Pedro. Também estou de acordo contigo. Agora é diferente. Já sei com quem estou a falar. Vejo os teus olhos cor de amêndoa e a tua boca bem delineada.
- Também tens uns lábios lindos e gulosos de beijar. Um gostinho maravilhoso. Só de pensar tenho água na boca.
- Não faças muitas ondas, senão fico de boca aberta e a pensar que é verdade.
- E é. Tens tudo maravilhoso. E sabes acariciar muito bem. Estou muito satisfeito. Não foi em vão a minha espera. Aliás, a nossa espera.
- Sim, a nossa espera.
- Um cadinho. Vem aí o chefe.
- ........................................
- Pronto já cá estou outra vez.
- De vez em quando somos interrompidos. Mas dá para apanhar o fio à meada.
- Sabes, tenho que ir para fora arranjar um placard.
- Não te deixam descansar.
- Tenho muitos dias aqui. Vamos ter de conversar mais. O teu marido está a trabalhar e eu não tenho medo de telefonar. Mas só neste espaço que tu deste.
- Tens que respeitar os horários, Amor.
- Chamaste-me "AMOR"! Foi muito bom. Parece que me deu um arrepio na espinha. Sabes encantar-me.
- E tu também me sabes dar a volta. A tua voz é melodiosa e cheia de encanto.
- A tua é assim e foi a tua voz que me prendeu primeiro, lembras-te?
- Sim, recordo-me disso.
- Estava aqui o tempo todo a falar contigo, mas tenho que ir. Vou p´ra Entrecampos trabalhar.
- Nesse caso não quero ser um estorvo para ti. Até mais logo e bom almoço.
- Até mais logo. Um beijinho muito doce, Meu Amor.
- Um beijinho também para ti, Amor.
- Xau!
- Xau!
 
 


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