sábado, 23 de abril de 2016

Finalmente pediu-me dinheiro!

                  Quarta, 4 de Maio de 2005


No dia 4 de Maio era a nossa saída do hotel Al Tarik. Levantámo-nos cedo. O Fernando Pedro disse  que não tinha vontade de sair dali, mas  que não havia outra saída. Ia começar um capítulo novo
 na minha vida. Tomámos banho, arrumámos as nossas roupas e comemos um  pequeno almoço com alguma animação. Saímos e fiz o checkout. Enquanto ele arrumou as malas no carro, eu paguei a nossa conta. Reparei que tinha reservado no nome dele. Mas quem pagou, fui eu. Saímos dali e fomos ver esta capelinha cuja foto está nesta postagem.  Eu não estava preparada e fiquei muito triste com o sucedido. À porta desta Igreja, o Fernando Pedro, perguntou-me se ele estivesse com dificuldades de dinheiro, se eu o ajudava. Fiquei perplexa e não respondi de imediato. Olhei para ele muito séria e quis saber que género de ajuda. Foi quando falou pela primeira vez no empréstimo. Disse que me pagava até ao último cêntimo. Mas que precisava dele para levantar o mercedes. Ainda não o tinha feito porque não tinha o dinheiro. Estava com ele no meio do nada. Tinha apenas uma igreja que não me podia proteger. Respondi que, se não fosse muito dinheiro, podia contar comigo. Disse que não queria cheques. Queria uma transferência. Depois enviar-me-ia o número da conta. A quantia eram 1000 €. Estava feito. Já não podia voltar com a minha palavra atrás.
Daqui rumámos até Alcácer do Sal onde almoçámos. Tenho uma pen, que ele me deu, com fotos tiradas aqui e no regresso a Lisboa. Só não sei como passa-las para aqui.
Fui levá-lo ao Parque das Nações para ele apanhar o comboio no Oriente para casa. Chorei, de facto, mas porque não sabia como sair daquela embrulhada. Ele só dizia para eu ter calma por que logo, logo estaríamos juntos.
Cheguei a casa ainda antes do meu marido. Mas estava destroçada. Meu marido não compreendia o meu nervosismo se ainda há pouco tinha regressado de umas mini férias.

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