terça-feira, 26 de maio de 2015

Segunda Quarta-Feira

Quarta, 20 de Outubro de 2004
 
09h05m10s
 
 
< Neste segundo encontro em casa, foi de delírio. Estava na estação já fazia algum tempo. O comboio chegou atrasado e eu já suspirava por tudo o que era canto. Olhei o relógio mais uma vez e verifiquei que já eram horas de ter chegado. De repente oiço um silvo que me assustou. Era o comboio que chegava. Foi com alegria que vi o Pedro descer as escadas. Como sempre, vinha muito alinhadinho. Eu sai do carro e encostei-me à porta à espera dele. Ele chegou muito sereno e confiante. Lançou os braços em volta da minha cintura e beijou-me com avidez. Um beijo longo e determinado. Fiquei feliz por ver que vinha mais tranquilo. O dia seria bom.
Já no carro, começou a acariciar-me onde quer que podia. Relembrei que eu vinha a conduzir, mas mesmo assim, não parou. Quando chegámos a casa e que fechei a porta, agarrou-se a mim e disse que me ia fazer a mulher mais feliz que alguma vez tinha sido. Já no quarto, despimo-nos mutuamente e beijávamo-nos com desespero. Desta vez era diferente. Ele estava mais calmo e depressa chegou ao clímax levando-me na mesma altura a mim. O seu corpo era sedoso e cheirava a mel. Beijei-lhe o corpo todo e ele disse que lhe fizesse o que eu gostaria para não ficar a pensar que poderia ir mais além. Eu não sabia. Ele ensinou-me muitas coisas. Eu era mesmo ingénua. Coisas que nunca tinha feito nem sabia que se poderiam fazer. Foi uma manhã de delírio que se estendeu até às treze horas.
Fomos tomar banho e ele lavou-me com a minha luva ao mesmo tempo que me acariciava. Confesso que cheguei ao clímax novamente. Ele representava tudo para mim. Nunca tinha sido tão feliz. Mas a felicidade alheia, paga-se bem caro. Foi o que me aconteceu uns meses mais tarde.
Fomos almoçar ao restaurante chinês. Comemos crepes, pato à Pequim, arroz chau-chau e sobremesa de ananás. A menina trouxe um licor de canela que eu não gostei e vinham uns papelinhos fechados que nós abrimos. O meu dizia que tivesse cuidado com amizades alheias. O dele dizia que estava a enganar uma amiga. Fartámo-nos de rir. Ele disse que nada daquilo era verdade e que eu não fizesse caso. Eu respondi que não era supersticiosa. Estivemos na conversa até a menina dizer que iam fechar o restaurante para limpeza para abrir à noite.
Mas na hora de pagar, empurrou a conta para o meu lado. Estranhei, mas não fiz comentários. A partir daqui, fui eu sempre que paguei as contas. Até que me habituei a isso. Voltámos para casa e, já no sofá, ainda me fez chegar ao clímax...
Carícias, abraços, meiguices e um sem número de coisas que foram só delícias. Mas o tempo não para e chegou a hora de o levar de volta para a estação. Ainda não tinha partido e já me falava de saudades. Estivera muito bem. Mais solto e com um à vontade que me deixou estupefacta. Dissemos adeus e ele partiu. Enviou-me uma mensagem via telemóvel que dizia o seguinte: Foi o dia mais maravilhoso que tive. Nunca o esqueças que eu tb não. Beijinhos molhados.
Sorri ao ler a mensagem e pensei que tinha encontrado o meu príncipe encantado. >
 
 


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