quinta-feira, 16 de abril de 2015

Nunca me esqueço!


Sexta, 17 de Setembro de 2004
Mais uma conversa interessante que tive com o Pedro. Para a relembrar, vale-me o meu diário.
 
09h00m00s
 
- Estou sim, faz favor?
- Meu Amor a tua maneira linda de me atenderes deixa-me sempre com arrepios. São a sério. Arrepios mesmo. Desejo-te um bom dia com as tuas limpezas. 
- Bom dia, Pedro. Ainda gozas comigo?
- Não é gozo, Amor. Eu sei que tens que fazer limpezas. Lá em casa também se fazem.
- É dever de toda a mulher. Tem que zelar pelo lar. E tu ainda te arrepias quando eu falo? Tu também tens uma voz doce e meiga. É isso que me mantem viva e à espera de te ouvir.
- Hoje podias estar comigo. Podíamos almoçar juntos. Dar beijinhos e planear como vamos fazer o nosso encontro de Amor. Não me esqueço. Quero fazer " Amor contigo".
- Eu também quero, mas tenho que me consciencializar para isso.
- Isso tem nome e é muito lindo. "Fazer Amor".
- Eu sei. Mas tenho que me consciencializar.
- Não demores a consciencializares-te. Ganda palavrão.
- Não é nenhum palavrão. É uma palavra que se utiliza para eu me predispor a Fazer Amor contigo. As nossas conversas vão dar sempre ao mesmo. Já reparaste?
- Já e é lindo! Não te vou largar até te decidires.
- Eu já estou decidida. Mas tenho que me encontrar contigo primeiro. Depois disso, falamos.
- Ok! Eu alinho nisso. Ainda tens muitas limpezas para fazer?
- Tenho. Ainda vão durar alguns dias. Talvez a semana toda.
- Ainda?
- Sim. Já te disse que tenho muita casa e a Glorinha não vem todos os dias.
- Nos dias que ela não vem, podias vir ter comigo.
- Não posso. Tenho assuntos para tratar.
- Espera um cadinho.
-...............................................................................................
- Fiz-te esperar muito? São assuntos que tenho que tratar.
- Eu sei e, também, sei esperar. Sou boa ouvinte e espero por ti o tempo que for preciso.
- Logo a que horas se vai embora a tua empregada?
- Não sei. Talvez quando acabarmos uma casa. Não dá para ficar a meio. Não gosto de meias.
- Eu também não gosto. Não gosto de te partilhar com outro.
- E não partilhas. O meu marido é inofensivo. Também te partilho com a tua mulher e estou caladinha.
- São coisas por estarmos casados. Se te tivesse conhecido há mais tempo já me tinha separado.
- Disparate. Não digas o que nunca vais fazer.
- Quem te disse que não faço? Eu Amo-te muito e é muito importante.
- Eu sei que é importante. Também o é para mim. Mas por isso não vou deixar o meu marido. Faz parte da minha vida. É o pai da minha filha.
- Ganda converseta hoje. E vamos logo parar ao tema que não quero.
- Faz parte de cada um de nós.
- Vem aí o chefe. Beijinho e até logo.
- Beijinho e até logo. >

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