sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Natal Feliz!

Sexta, 24 de Dezembro de 2004
 
 
10h34m36s
 
 
Mensagens do Pedro, via telemóvel.
 
 
< Sonhei contigo. Q tenhas um Natal Feliz. Adoro-te sabia? Bjs de Natal. >
 
 
12h45m56s
 
 
< Já estás a almoçar? Ele está bem disposto? Faz anos e tem a filha deve, de estar. Bjs só nossos. >
 
 
14h02m59s
 
 
Tenho ciúmes desses momentos. Pouco falas. Tens medo do quê? Bjs molhados. >
 
 
17h20m30s
 
 
< Não viestes ao MSN. Porquê? já não falamos hoje? Estou a ajudar na ceia. A minha mãe vem cá. Bjs dos nossos. >
 
 
00h01m59s
 
 
Obrigada. Natal Feliz tb para ti e tua filha. Bjs prás duas. >

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Quinta, 23 de Dezembro de 2004
 
 
Levantei-me cedo. A minha filha ia passar o dia com as amigas. Era o trocar de presentes, o almoço de boas vindas e combinar coisas para a passagem de ano. Eram jovens e a vida sorria-lhes. Eu fiquei em casa para preparar iguarias do Natal. Afinal era já no dia seguinte. O meu marido não foi trabalhar. Ficou para me ajudar.
Enviei uma mensagem ao Fernando Pedro a dizer isso precisamente. Retorquiu que estava a mais na família e se sentia um intruso. Ainda disse que estava com ciúmes e se encontrava sozinho. Eis as mensagens dele.
 
 
09h23m01s
 
< Sinto que estou a mais. Bjs molhados. >
 
 
12h09m23s
 
 
< Sou um intruso na tua família. Pões tudo à minha frente. Não consigo compreender. Tu lá sabes como fazer as coisas. Secalhar nem vais ler esta mensagem. Andas louca com o Natal. E se estivesses comigo tb era assim? Vou almoçar. nem sei pq perco tempo a escrever. Estou com ciúmes. estou sozinho. Sabes o que isso é? Bjs >
 
 
 
16h35m46s
 
 
< vou-me embora. amanhã não venho. Vai ao MSN. Bjs. >
 
 
 
22h01m08s
 
 
< Foi bom falarmos um cadinho. Dorme bem. Acabo por compreender. Bjs que tenho saudades de dar. >

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Descanso

Quarta, 22 de Dezembro de 2004
 
Sabia de antemão que neste dia não iria ser perturbada logo pela manhã. Tinha a minha filha em casa e tínhamos combinado que não me telefonava sem eu dar o sinal, via telemóvel.
Acordei feliz. A minha filha dormia no quarto dela. Desci para lhe preparar o pequeno almoço e levar-lho à cama. Era um miminho.
Estava na cozinha quando ouvi o toque de mensagem. Evidentemente que era o Pedro. Dizia o seguinte: - Hoje estou triste por não houvir a tua voz. Estás feliz? Bjs molhados. >
Eram precisamente 08h45m02s
 
 
12h30m20s
 
 
< Não me respondeste. Andas assim tão atarefada com a tua filha? Fico com ciúmes. >
 
 
16h02m56s
 
 
< Muito silêncio desse lado. Estás de descanso de mim? Bjs doces e adoro-te sabia? >
 
 
21h58m59s
 
 
< Não vieste ao MSN. Ela ocupa o computador? Tenho ciúmes. Bjs >

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Conhecer a minha filha

Terça, 21 de Dezembro de 2004
 
Este dia marcou uma época para mim. Fui fazer uma eco à tiroide e deu dois nódulos já grandinhos. Entrei em pânico quando a médica me disse. Quando saí da Clínica, telefonei logo ao Pedro a contar. Eu chorava muito e ele mal percebia o que se estava a passar. Pensou que fosse alguma coisa relacionada com a minha filha. Ela chegava, neste dia, pelas onze da manhã, ao aeroporto da Portela.
Quando o Pedro compreendeu do que se tratava, tentou animar-me e dar-me forças dizendo que havia de me amar sempre fosse qual fosse o meu estado.
Também me telefonou o meu colega Andrino. Contei, muito chorosa, o que se estava a passar. Ele tentou animar-me e a esposa dele também me animou. Eram ambos meus colegas.
Fui buscar a minha filha ao aeroporto. Chorei agarrada a ela. Deu-me força e disse que, se não me tratassem em Portugal, iria com ela. Conhecia bons médicos e tinha um bom relacionamento com eles.
Do aeroporto, fomos para o Vasco da Gama. Tinha combinado com o Pedro que iríamos almoçar para ele conhecer a minha filha.
Quando nos encontrámos com o Pedro, eu vi, pelo semblante da minha filha, que algo não estava bem, mas não perguntei nada.
 Fomos almoçar à Portugália.
Pedi uma salada de camarão para mim. A minha filha e o Pedro pediram um " Bife à Portugália ".
Quando terminámos o almoço, veio a conta e, como de costume, foi entregue ao Pedro. Foi a primeira vez que o vi puxar pela carteira. Olhei para ele e estava lívido. Eram cinquenta € e setenta cêntimos. Puxei o livrinho onde estava a quantia para mim,  não o deixando pagar. Eu é que o tinha convidado para conhecer a minha filha. Ele mostrou-se aliviado. Até a minha filha reparou e não deixou passar em branco.
O resto da tarde foi passado nas compras. Afinal o Natal era mesmo isso " compras ".Despedimo-nos do Pedro e viemos para casa.
No caminho, a minha filha disse-me que não tinha gostado dele. Nem em me deixar pagar a conta. Era um miminho que ele poderia ter feito para agradar à minha filha, disse-me ela. Não contei à minha filha que eu é que pagava sempre. Senão, ainda tinha ficado com mais má impressão dele.
Já à noite recebi uma mensagem dele que dizia o seguinte: - Como me portei? axas que a tua filha gostou de mim? Eu gostei dela. Dorme bem. Bjs molhados. ( sempre com erros ortográficos. Eu ficava horrorizada. Mas ele só tinha o décimo segundo, feito pós laboral. Era de valorizar. )

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Encontro inesperado.

Segunda, 20 de Dezembro de 2004
 
Hoje foi um dia complicado. Estive em reuniões. Ficou deliberado que no Sábado vou aos Açores para ir visitar a firma de lá e acertar alguns pontos. Só devo vir na terça já noite ou quarta de manhã. Vou ficar privada de escrever aqui nesses dias. Lá também tenho computador, mas não vou levar o meu diário. E, provavelmente, estarei cansada ao fim do dia. Fica aqui o meu esclarecimento.
 
Neste dia 20, logo pelas 07h20m30s recebi uma mensagem do Pedro a perguntar se podia vir ter comigo. É que no dia a seguir vinha a minha filha e lá se ia a nossa volúpia de amor.
A mensagem dizia o seguinte: - Amor podemos encontrarmos hoje? É que depois já não dá. Bjs molhados. >
 
Eu ainda estava ensonada e não me tinha recordado disso. Respondi que podia vir e que eu ia ao comboio, buscá-lo
Às nove horas já eu estava na estação. O comboio veio atrasado, como já era seu apanágio.
Vi-o descer as escadas com o seu porte de galã de cinema. Estava feliz e sorria para mim.
Quando chegou junto de mim, abraçou-me muito e beijou-me efusivamente como se estivesse estado longe de mim largas semanas.
Já no carro, as suas mãos mexiam e remexiam em todo o meu corpo. Pedi para parar porque eu vinha a conduzir.
Em casa a cena repetia-se e a roupa foi ficando aqui e ali.
Foi com êxtase que fizemos amor e fui a mulher mais feliz naquele momento. Eu pensava mesmo que ele gostava de mim como eu gostava tanto dele. Tinha uma paixão avassaladora que me levava a não pensar que era um erro crasso o que estava a fazer. Para mim, isso era normal e amava-o, pensava eu. Hoje vejo, friamente, que foi uma paixoneta e não passou disso. Descobri quando o comecei a conhecer  melhor e ele me começou a arranjar amantes. Isto depois de ter lá o dinheiro que me tinha pedido e não era pouco. Além de todas as despesas serem pagas por mim.
Depois do habitual banho, fomos almoçar ao Chinês ao C******.
Quando a empregada trouxe a conta, ele, como sempre, empurrou-a para o meu lado. Eu já estava habituada e não liguei.
Lá vieram os papelinhos da sorte. O meu dizia:- O inimigo está a teu lado.
O dele dizia:- Não estragues a tua sorte.
 
Rimo-nos e eu não levei a sério o aviso que me era dado. Não era supersticiosa. Conversámos tanto que o dono do restaurante, pôs-nos na rua, literalmente.
Fui levá-lo ao comboio e fiquei a vê-lo ir com o seu porte majestoso.
 
Já vinha para casa quando recebi esta mensagem < Foi um dia muito feliz não axastes? Amo-te sabia? >
Á noite ainda falámos no MSN.
 
Fiquei doida de alegria e li e reli a mensagem. Era uma prova de como ele gostava de mim, pensei eu. 
 
 
 

domingo, 20 de setembro de 2015

Foto do Jardim!

Domingo, 19 de Dezembro de 2004
 
 
Neste dia andei a enfeitar a árvore de Natal com o meu marido. O Pedro enfeitou o jardim e enviou-me uma foto. Estava muito bonito. O meu marido apenas colocou lâmpadas de várias cores  nas árvores do nosso jardim. Também lhe dava um ar festivo e eu ansiava a noite para ver o efeito. Gosto destas coisas. Tínhamos um pequeno presépio. Estávamos a arrumar tudo. A minha filha vinha passar o Natal connosco. Estava com intenção de a apresentar ao Pedro.
 
 
11h20m30s
 
 
< Vai a foto. Gostas? É o meu jardim. andei a enfeitar com a C*****a R****l. Já enfeitaste o teu? Bjs molhados. >
 
 
 
15h02m09s
 
 
< Amor vai ao MSN para falarmos um cadinho. adoro-te sabia? Bjs >
 
 
Não pude ir ao MSN. A minha sogra veio cá a casa.
 
 
17h30m23s
 
 
< Amor o que foi ela aí fazer? Estragar-te o dia? Não penses. Bjs de quem te ama. >
 
 
22h10m45s
 
 
< Dorme bem. Tenho o jardim que parece a praça da figueira. O teu está iluminado? Bjs molhados. >

sábado, 19 de setembro de 2015

Pintar o cabelo!

Sábado, 18 de Dezembro de 2004
 
Lindo é este aspeto do interior da igreja de Alvito. Terra Natal do Fernando Pedro. Uma vila com muita história. Entre essa mesma história, nasceu o nosso sociopata e maior biltre que já conheci: O Pedro.
 
 
11h10m10s
 
 
< Bom dia Amor. ando às compras no Feira Nova. tinta para pintar o cabelo. Já tenho algumas brancas. Bjs doces. >
 
 
12h30m43s
 
 
< não te tinha dito? Pois pinto o cabelo. É para ser jovem. Hi!hi!hi!....Bjs dos nossos.
 
 
 
15h45m29s
 
 
< Estou no MSN. Aparece. Quero falar contigo. Bjs molhados. >
 
 
15h55m56s
 
 
< Não podes? Mas ele está aí? E logo? Bjs docinhos. >
 
 
 
 
21h49m34s
 
 
< hoje foi para esquecer. Tenho saudades tuas. Bjs. teu Pedro. >

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

As Desculpas não se pedem

Sexta, 17 de Dezembro de 2004
 
 
Como já era hábito desde há uns meses atrás, o Fernando Pedro C*****o Marques, telefonou logo pela manhã. Eu já estava levantada porque tinha que ir ao Banco.
 
 
08h45m25s
 
 
- Estou sim. Quem fala?
- Meu único Amor, sou eu. Bom dia. Acordei-te?
- Não. Ia agora ao Banco resolver um assunto.
- Então mais um cadinho e não te apanhava, certo?
- Sim.
- Lá ficava eu a pensar que tinhas fugido com outro.
- Não sejas parvo. Também tenho a minha vida, percebes?
- Estava só a brincar.
- Pois. A brincar, a brincar, mas lá vais  magoando.
- Vá, não te zangues. Vai lá ao banco, não vá o patrão chatear-se.
- Qual patrão? ( Perguntei eu sem perceber onde ele queria chegar )
- O teu marido.
- Não vou ver a conta dele, vou ver a minha conta.
- Têm contas separadas?
- Não, mas tenho uma só minha. E que te interessa? Já te perguntei se tinhas conta separada da Z`**?
- Mas eu já te disse.
- Mas do dizer ao ser verdade, vai muita coisa.
- É verdade. É por causa da casa.
- Olha não me interessa e tenho mesmo que ir. Não quero chegar atrasada. O  Sr. Fidalgo está à minha espera.
- Estás a despedir-me?
- Não, mas tenho hora marcada. Desculpa.
- As desculpas não se pedem, evitam-se.
- Bolas!!! Estás sempre a dizer isso. Começo por ser mal educada e não " pedir desculpas ".
- Ui... Esse mau feitio.
- Olha até logo. Ah! Logo a Glorinha só sai às 6 horas. Não telefones.
- Ainda mais essa. Então inté.
- Adeus e beijinhos.
- Beijinhos doces.
 
 
12h00m56s
 
 
< Amor já tratou do banco? Qual é? Bom almoço. Bjs molhados. >
 
 
 
17h34m58s
 
 
< Também não precisavas ser tão mal educada. Não me interessa qual o banco. Foi só para meter conversa. Vais ao MSN? Vamos falar um cadinho. Ela trabalha. A V*** M***** vai sair e a C****** R***** Vai dormir cedo. Diz que está cansada. Eu sei que ela vai ouvir música, mas eu fico à vontade. Aparece. Bjs de quem te adora muito, sabia? >
 
21h45m29s
 
< Foi tão pouco tempo que nem deu para nada. Amanhã aparece à tarde. Dorme bem. Bjs só nossos. > 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Atrevido!

Quinta, 16 de Dezembro de 2004
 
 
Mais um dia que fui buscar ao meu diário. Fernando Pedro C*****o Marques foi perentório em dizer-me umas coisas que me envergonharam e, as quais, não transcrevo aqui por serem do foro íntimo e muito agressivas. Mas transcrevo parte da conversa mantida com ele. Era sempre à mesma hora que me telefonava. Pouco saía desse horário. E eu atendia ainda sonolenta. Estava frio e apetecia estar na cama.
 
 
09h20m09s
 
 
- Estou sim, por favor?
- Ainda na cama? Já são horas de levantar...
- Bom dia para ti também. Nem sequer me estás a ver para afirmar tal coisa.
- Mas oiço a tua voz de ensonada. Estou errado?
- Não.
- Ontem estavas...... ( não transcrevo o resto)
- Toma cuidado com o que dizes. Tu também não estiveste nada mal.
- Pois. Ambos estávamos......
- A conversa gira à volta do mesmo?
- Não. Dormistes bem?
- Dormi e nem sonhei, que me recorde.
- Ainda bem. Já fomos dois.
- Chegaste bem a casa?
- Sim. Ela nem reparou como eu estava feliz. Nunca repara em nada, percebes?
- Sim, percebo. Aqui passa-se o mesmo.
- Espera um cadinho....
- ..................
- Estás aí?
- Estou.
- Foi um cadinho grande. Desculpa.
- Eu sei esperar.
- Estávamos a falar de...
- Nada de importância.
- Não era importante? A nossa conversa?
- Tudo tem importância entre nós, mas falamos coisas que não valem a pena mencionar, novamente.
- Hum! Está bem. Tenho que te deixar. Vou para a ponte.
- Tem cuidado não caias.
- Gosto de te ver preocupada comigo. É bom.
- Claro que me preocupo.
- Bem agora vou sair. Beijos molhados e muito docinhos. Hum! Que gostoso...
- Até logo e beijinhos doces.
 
 
12h05m04s
 
< Bom almoço. Bjs doces de mel para a tua sobremesa. >
 
18h20m10s
 
< Amor mio cheguei agora a casa. já não tive tempo de te telefonar. Ela está a trabalhar. Vai ao MSN para falarmos um cadinho. Estou muito cansado. Bjs molhados, quentes, loucos e atrevidos. >
 
 
22h01m50s
 
< Passa-se alguma coisa? Não viestes ao MSN. Dorme bem. Até amanhã. Bjs dos nossos. >
 
 


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Com prazer, subi às nuvens!

Quarta, 15 de Dezembro de 2004
 
Havia algumas semanas que não via o Pedro. Encontrava-me nervosa sem saber como ele iria reagir. Já descobrira algumas facetas desagradáveis nele e não queria descobrir mais nenhuma. Porém só o futuro me iria abrir os olhos para descobrir o grande biltre que ele era. O sociopata com quem eu me metera. Era, também, e é, um bipolar. Ora estava com uma disposição incrível, ora estava de mau humor, além de outros sintomas que eu, como psicóloga, lhe tinha detetado. Mas não queria admitir e esperava que estivesse enganada no meu diagnóstico.
Encaminhei-me para a estação de comboio para o ir buscar. Eu tremia muito, tanto interior como exteriormente. Estava eu envolta nos meus pensamentos quando o apito do comboio me fez estremecer sacudindo o meu corpo como uma vara bamboleando ao vento. Olhei o relógio e eram 09h10m29s. Vinha um pouco atrasado. Esperei uns escassos minutos e vi-o a descer as escadas. Tinha um porte majestoso e parecia muito seguro de si. Sorria e acenava-me efusivamente. Chegou junto de mim e entrelaçou-me nos seus braços fortes, num abraço firme e sentido, pensei eu. A sua boca procurou a minha com tanta brusquidão que me esmagou contra ele. Beijou-me com ênfase e com sede de ser beijado.
No decorrer do caminho, as suas mãos passeavam pelo meu corpo como uma lagarta percorre a couve à procura da parte mais tenra. Estava sôfrego e dizia que o caminho lhe parecia muito longo.
Quando chegámos a minha casa e fechei a porta, ele começou logo a despir a minha roupa que foi ficando aqui e ali. Eu tinha deixado o aquecimento ligado e ele disse que estava muito agradável. Ora se despia a si, ora me despia a mim até ficarmos desnudados. Atirou-me para cima da cama e aí foi o começo de uma loucura que me fez esquecer quem eu era e o que estava a fazer erradamente. Foi uma manhã cheia de volúpia que durou até quase às treze horas.
 Fomos tomar banho juntos e fez-me feliz mais uma vez. Não se cansava de me acariciar e eu não consegui resistir a mais um orgasmo. Ele era maravilhoso naquilo que melhor sabia fazer. E era assim que ele cativava as mulheres. Depois vinha a parte mais amarga. Pagávamo-la com bastante amargura. Mas antes levava tudo o que tínhamos e não tínhamos. Até pedi dinheiro emprestado para lhe dar. A minha conta era conjunta com a do meu marido.
Fomos almoçar ao Chinês. Ele dizia que adorava a comida. Eu comi shop, shop de galinha e ele comeu pato à Pequim. Comemos crepes e outras iguarias.
Quando a empregada lhe entregou a conta, ele empurrou-a para o meu lado. Tudo me caiu. Senti-me atraiçoada e indignada, mas paguei com um sorriso amarelo.
O resto da tarde foi passado com muitos miminhos e carícias. Dizia-me sempre para lhe fazer o que me apetecesse para ficar saciada e feliz. No sofá, ainda me fez subir às nuvens. Ele tinha essa particularidade muito apurada e de saber sabido de quem já tinha uma larga experiência. Cheguei a questioná-lo nesse sentido, mas ele era perentório e dizia que era a primeira vez que estava com outra mulher sem ser com a sua. Eu ficava a pensar nisso, mas não me debruçava muito sobre o assunto para não me arrepender do que estava a fazer.
A hora da despedida chegou e foi com tristeza que nos despedimos, mas ele afirmou que na próxima quarta-feira estaríamos, novamente, juntos. Para despedida, levou-me, de novo, ao êxtase. Ele sabia os meus  pontos erógenos e assim que os tocava, eu não conseguia parar.
Viu subir as escadas e fiquei triste, mas muito satisfeita com a sua prestação.
 Voltei para casa e à noite ainda falámos no MSN.
 
 
 
 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Terça, 14 de Dezembro de 2004
 
 
Pouco passava das nove da manhã quando fui acordada pelo estridente tocar do telefone. Era o Pedro- pensei. Não me enganei.
 
09h02m35s
 
- Estou sim, por favor?
- Bom dia para quem é a minha amada. Dormiste bem? Eu dormi e sonhei contigo. Fui a correr para a casa de banho..
- Porquê? ( perguntei eu na minha inocência. )
- És mesmo parvinha. não se está mesmo a ver o porquê? Sonhei contigo e, olha, pronto.
- Deixa-me rir- e esbocei um sorriso parvo.
- São coisas que acontecem. Contigo não?
- Não. Claro que já me aconteceu sonhar contigo e disse o teu nome, mas quando o meu marido me questionou, eu disse que estava a sonhar com uma pedra muito grande.
- Tem cuidado. Não vá ele tirar conclusões..
- Não. Ele dorme que nem uma pedra.
- Logo posso telefonar?
- Não. Hoje é dia da Glorinha.
- Amanhã vais-me buscar ao comboio? Estou ansioso. Tu não?
- Estou, mas sei esperar...
- Claro. Já me tinha esquecido da tua calma.
- Não vale antecipar com sofrimento ou ansiedade.
- Mas vais ao MSN? É para adormecer melhor.
- Vamos ver se posso. Ele precisa do computador.
- Ok! Logo se vê. Eu espero. E agora vou embora para Santa Apolónia. Beijinhos molhados, meigos, doces e loucos.
- Bjs doces.
 
12h01m46s
 
< Bom almoço Amor. Bjs para tua sobremesa. >
 
 
17h23m56s
 
< Vou sair agora. Amanhã vamos estar juntos. Bjs molhados. >
 
22h09m10s
 
< Vou dormir. Não aparecestes. Dorme bem. Até amanhã. Bjs doces. >
 
 
 
 
 


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Entendimento!

Segunda, 13 de Dezembro de 2004
 
Uma parte da piscina do hotel Horta em Alvito.
 
O meu diário, já velhinho, ainda me é muito útil para escrever as coisas que eu e o Pedro fomos dizendo ao longo da nossa relação. Foi uma relação boa até ao momento em que ele levou de mim tudo o que queria. Era tão meigo que eu pensava ser por mim, mas era, simplesmente, para atingir os seus objetivos. logo pela manhã, bem fria, telefonou-me como se nada se tivesse passado.
 
 
9h27m19s
 
 
- Estou sim, faz favor?
- Bom dia, bom dia meu Amor querido. Já tinha saudades de te ouvir. Como está a minha doce amada?
- Ena! Estás muito bem disposto. Anda passarinho novo no ar?
- Não. Apenas estou feliz em pensar que só dois dias nos separam da nossa loucura. Estou com sede. Nunca mais bebi nada. E tu nem preciso perguntar, né?
- Beber, beber ainda não bebi nada hoje. Nem sequer a água do banho.
- Não falo dessa bebida, percebes?
- Sim, eu sei. Mas será que não bebeste nada nestas três semanas? A tua mulher não te espicaça? Não te faz ter a líbido alterada?
- Não. Estou sempre cansado e ela também. Diz que está doente...
- Doente? ( interrompi eu admirada.)
- Sim. Diz que anda com uma infecção não sei das quantas.
- Hum! Será? Devo acreditar?
- Claro. Nunca te menti.
- Não sei se acredite.
-É verdade. Já não me dá vontade de fazer nada com ela porque penso em ti.
- Ok! Eu acredito.
- Então como está a tua mãe? ( Era a primeira vez que me perguntava por ela depois da nossa discussão. )
- ( Fiquei perplexa e calada durante uns segundos. ) Respondi: A minha mãe está pior, segundo me diz a minha irmã.
- Lamento por ti.
- Pois! Já não há nada a fazer. Cada dia pior segundo os médicos daqui e de P**********.
- Já tens o ar condicionado montado?
- Já. Acabaram na quarta-feira passada.
- Vamos ficar quentinhos e muito agarradinhos. Hum... Que saudades! Já estou a ficar em pé.
- Não sejas grosseiro.
- Tu é que levastes para outro lado. Já estou em pé porque vou trabalhar para a linha de Cascais.
- Engraçadinho!!!
-É verdade. Tenho ali os homens  à minha espera. Beijinhos nesses lábios vermelhinhos. Hum.. tão gostosos...
- Está bem. Beijinhos e até logo.
 
 
12h30m45s
 
< Amor já almoçastes? Só agora acabámos aquele serviço. Vamos ficar da parte da tarde. Bjs para a tua sobremesa. >
 
 
18h34m21s
 
< Já não te pode telefonar. Vou pa casa. Logo vai ao MSN. Bjs loucos e molhados. >
 
22h01m49s
 
< Voltámos ao antigamente. Dorme bem. Estou feliz. Sonha comigo. Bjs de sonho. >
 
 
 
 


domingo, 13 de setembro de 2015

Responde!

Domingo, 12 de Dezembro de 2004
 
 
Pela manhã recebi esta mensagem via telemóvel.
 
 
09h10m27s
 
 
< Bom dia. Dormi mal. Não sei o que se passa. Responde. Amo-te. Bjs doces. >
 
 
Não respondi. Estava a tomar o pequeno almoço e o meu marido disse que a mensagem deveria ser muito importante, visto ter ficado tão séria. ( Posso saber o que é? ) perguntou-me do nada. Fiquei sem saber o que dizer, mas respondi que era da nossa filha a perguntar como tinha corrido o casamento.
 
 
12h30m10s
 
 
< Ao menos responde. Estou triste. O que se passa? Bjs dos nossos. >
 
13h08m38s
 
< Vês? assim já sei que tens vizitas. Hoje não podes vir ao MSN? Bjs doces. >
 
 
18h29m01s
 
< Logo vem ao MSN. Tenho saudades tuas. Bjs molhados. >
 
 
22h10m08s
 
< Hoje não estavas faladora. Dorme bem Amor. Bjs dos nossos. > 

sábado, 12 de setembro de 2015

Casamento!

Sábado 11 de Dezembro de 2004
 
Eu tinha o casamento neste dia na minha terra, mas não o referenciei ao Pedro. Ele também já não se recordava. Estava muito sentida com ele e não me apetecia partilhar com ele o que quer que fosse. Nem tinha o direito de saber todos os passos que eu dava. Eu também não sabia o que ele fazia. Hoje sei que andava com outras mulheres, mas na altura pensava que era só meu. Acreditei que fora a sua primeira aventura extra conjugal. Mas já tinha tido muitas e continuava a ter. Eu, pelo meu lado, foi o primeiro e último homem com quem me cruzei, além do meu marido. Contudo, digo que foi um  " pular a cerca ", como ele o referenciava, muito amargo para mim. Revelou-se num biltre sem paralelo.
Estava eu já no  Alentejo quando recebi esta mensagem.
 
9h10m20s
 
< Bom dia meu Amor. Já dormistes bem? Vou às compras ao Feira Nova. Bjs dos nossos. >
 
Não respondi. Já estava a vestir-me para ir para casa da noiva. O casamento era às 11h  da manhã.
 
12h35m01s
 
< Não respondestes ( falava sempre no plural neste tempo do verbo ). Ainda estás a dormir? Bjs loucos. >
 
15h34m21s
 
< Podes vir ao MSN? Quero falar contigo. Bjs doces. >
 
17h23m45s
 
< Agora os outros estão primeiro. Qd podes falar comigo? Adoro-te sabia? Bjs >
 
21h56m34s
 
< Dorme bem e qd poderes diz alguma coisa. Estou a ficar preocupado. Bjs molhados. >
 
Não soube que eu estava no Alentejo e nunca lho mencionei. Só vim Domingo para cima. Ainda estava muito sentida com a sua insensibilidade. Nem perguntava pela minha mãe.  
 
 

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Queria encontro no Sábado!

Sexta, 10 de Dezembro de 2004
 
Quando o telefone tocou, eu ainda estava a dormir. Não pensei no Pedro e não me apetecia levantar o auscultador para atender fosse quem fosse. Foi preciso tocar imenso para me fazer acordar bem. Bem, bem não estava, mas estava minimamente. Levantei o auscultador  languidamente. Eram 09h01m49s. E perguntei numa voz rouca. 
 
- Estou sim, por favor?
- Sou eu, Amor. Ainda a dormir?
- Bom dia. Estou muito ensonada.
- Agora estás preguiçosa?
- Não Pedro, não estou preguiçosa, mas preciso repor as minhas energias em dia. Ando muito cansada das noites que passei acordada ao lado da minha mãe.
- Áh! Pois. Não me lembrava. Parece que foi um sonho.
- Para ti. Mas para mim, foi pura realidade. Passei muita noite em claro a cuidar dela.
- Podes mudar o disco?
- Desculpa?
- Sim. Podemos falar de nós? É que amanhã é sábado e o teu marido vai para a mãe.
- Não, não vai. Fica aqui por casa. Tem coisas a fazer aqui.
- Que chato! Estava a pensar passar o dia contigo para matar as saudades que tenho tuas.
- Ai agora já tens saudades minhas? Quem diria...
- Tive sempre. A tua mãe é que estragou tudo.
- Olha Pedro se vens a falar assim, eu desligo.
- Hum! Não tens saudades minhas?
- Tenho, mas o que não pode ser, tem muita força. ( O meu marido ia para casa da minha sogra o dia todo, mas eu não tinha forças para ir ter com ele ao Centro e ainda estava sentida do que ele me tinha feito. )
- Pronto. Está bem. Fica para quarta-feira. Pode ser?
- Pode. Mas tens que ser mais meigo. Estás um tudo nada agressivo e eu não gosto. Gosto de paz.
- Amor não te zangues. Se soubesses como tive medo de te perder...
- O pior momento foi o meu e não te xinguei.
- Pronto. Já passou. Vamos ser amiguinhos.
- Portaste bem? ( Perguntei eu com receio que ele se revoltasse novamente. )
- Eu porto-me sempre BEM. E tu?
- Eu também. Mas há limites.
- Já passou. Agora vamos pensar no presente.
- Então vou-te deixar dormir mais um cadinho. Sonha comigo.
- Agora já estou bem acordada e vou-me levantar.
- Tenho que fazer qualquer coisa ao homenzinho.
- Há muito tempo que não dizias isso. Ah!Ah!Ah! ( ri-me com vontade. )
- Já estás de volta. És a minha C*****a de novo.
- Vá, vai lá trabalhar que eu vou tomar banho. Beijinhos doces.
- Logo a que horas posso telefonar?
- Não podes. A Glorinha só sai às 6 da tarde...
- Chatice... Beijinhos meigos, doces, loucos e atrevidos. Hum! Que saudade.
- Até logo.
 
 
12h02m09s
 
< Vou almoçar. Bjs para a tua sobremesa. >
 
 
17h35m20s
 
< Amor já vou sair. Logo vai ao MSN para falarmos um cadinho. O dia foi longo e já não podemos falar. Amanhã vou ficar chateado todo o dia. Estava a pensar que passávamos o dia juntos. Já tinha dito em casa que trabalhava. Ela vai trabalhar e, eu vinha ter contigo. Para a semana vai ser uma loucura. Ando com sede. ´Há muito tempo que não bebo nada. E tu tb penso eu.
Bjs que só tu sabes dar. >
 
21h45m20s
 
< Dorme bem. Já voltámos ao que era. Bjs de boa noite. >

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Esclarecimento!

Quinta, 9 de Dezembro de 2004
 
 
Neste dia, logo que me foi possível, enviei ao Fernando Pedro uma mensagem via telemóvel. Queria esclarecer o mal entendido que ele tinha criado. Eu não estava satisfeita e mostrei-o veemente. Ele não me pediu "desculpa", mas eu relevei. Estava decidida a acabar com tudo pela falta de compreensão do Pedro, mas ele não deixou. Telefonou logo que recebeu a mensagem via telemóvel.
 
 
09h22m13s
 
 
- Estou sim, por favor? ( tinha esperança que fosse o Pedro, mas não tinha a certeza. Ainda mal o conhecia e não sabia até que ponto era rancoroso. )
- Bom dia. Estás bem? Pensei que já tinhas partido.
- Parti, mas voltei ao ponto de origem.
- Como assim? ( Ele nem perguntou pela minha mãe como o fazia sempre. )
- Ontem tive um dia que é para esquecer.
- Porquê?
- A minha mãe. Ou já te esqueceste que ela estava comigo?
- Estava? E já não está? Aleluia!!!
- Fiquei muito magoada contigo e ainda estou.
- Ai sim? Porquê?
- Não te faças desentendido. Sabes muito bem como foste inconveniente ontem com o teu sarcasmo e hipocrisia. Já pensaste que ela podia ter morrido? Nem sequer puseste a hipótese de haver algo que me impedia de te contactar. Algo grave e que eu estava em apuros.
- Sim. E depois?
- És mesmo insensível. Nem sei porque estou com esta conversa toda. Nem queres saber o que me aconteceu... Certo?
- A vida é tua.
- Ai sim!! Então desculpa... ( E desliguei o telefone )
 
 
9h45m43s
 
Tocou o telefone, mas eu não atendi. Sabia que era o Pedro e não queria falar com ele. Estava triste por não compreender ou não mostrar compreensão.
 
9h47m10s
 
< Por favor atende o telefone. quero falar contigo. Bjs doces. > ( Aqui já estava mais compreensivo. )
 
9h55m09s
 
- Estou sim, por favor?
- Sou eu. Então conta de tua justiça para ver se eu entendo.
- A minha mãe piorou e teve todo o dia um comportamento agressivo. Até me bateu, entornou a comida do tabuleiro e gritava que eu a tinha presa. Foi um alvoroço aqui na rua. Algumas vizinhas tentaram ajudar, mas não havia nada a fazer...( Interrompeu-me )
- Então foi por isso que não te recordastes de mim?
- Eu recordei-me muito de ti, mas nada podias fazer e não tinha tempo para nada. Ela arrebatava toda a minha atenção.
- E como resolveste isso? Posso saber?
- Já te disse. Fui levá-la à minha irmã. A minha mãe, quando chegou, conheceu logo a rua. À porta da minha irmã estava a carrinha do meu pai e ela conheceu-a logo. Parecia que estava curada e não tinha nada.
- Hum, está bem...
- Pois, está bem para ti, mas para mim foi horrível. O meu marido andava de volta do ar condicionado e não me ajudou. Só quando terminaram é que se disponibilizou para ir comigo a levar a minha mãe. Foi bom porque já era de noite. Não fui sozinha a levá-la porque tinha medo de ir com ela só no carro.
- Nem devias fazê-lo. Mas foi assim tão mau?
- Não foi mau! Foi péssimo. Nem fazes uma pequena ideia.
- Não, não faço e nem quero fazer.
- Pronto. Agora já sabes porque nunca te respondi.
- Está bem. Fica registado.
- Então até... Beijinhos.
- Beijinhos doces. ( Fiquei desiludida com a sua frieza e falta de compreensão. Era insensível, pensei. )
 
 
12h01m48s
 
< Bom almoço. Hoje já comes descansada. Bjs só nossos. >
 
17h25m23s
 
< Não te posso telefonar. Está aqui gente. Amanhã falamos mais. Agora descansa. Esta noite já podes dormir descansada. Hoje não posso ir ao MSN. Tive saudades tuas e imaginei o pior mas, foi mau para ti. Um dia para esquecer. Descansa e tem uma boa noite de repouso. Bjs de saudade e só nossos. >
 
Neste dia já não entrou em contacto comigo. Pensei que não tinha coração e fiquei desiludida com o seu comportamento, mas não queria desistir dele, se bem que me apetecesse.


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Não respondes a nada!

Quarta, 8 de Dezembro de 2004
 
Neste dia, houve um alvoroço muito grande na minha casa. A minha mãe piorou e só queria ir para a casa dela. Ia para o jardim e pedia a toda a gente, que passava na rua, que a levasse para a casa dela. Dizia que a tínhamos presa. Eu pedia desculpa às pessoas e queria trazê-la para dentro. Andava com o medicamento SOS na mão para lhe dar, mas não conseguia. O meu marido estava com o Sr. do ar condicionado e não me podia ajudar. A Glorinha não veio porque era feriado. O Pedro não parava de me enviar mensagens mas eu não as via e não tinha tempo para ele. Foi um dia muito turbulento e só de pensar nele, fico nervosa. As mensagens do Pedro tornaram-se agressivas e sem um pouco de compreensão. Li-as mais tarde. Depois de ter ido levar a minha mãe a casa da minha irmã mais velha. Mas só fui depois do Sr. ter terminado de colocar o ar condicionado. Nem consegui que a minha mãe comesse e agrediu-me, entornando o tabuleiro do comer. O Pedro nem perguntava se a minha mãe estava bem. Para ele era eu que não lhe queria dizer nada. Mas nunca pôs a hipótese de a minha mãe estar mal. Até podia ter morrido. Estava a ser infantil e enviava tudo sobre forma de arremesso contra mim. A primeira mensagem do Pedro assim como todas as outras, foram assim.  Só quando as li é que me apercebi que ele estava mesmo zangado. Mas já era muito tarde para lhe responder...
 
10h12m13s
 
< Bom dia Amor. Dormiste melhor? Estou triste por não saber nada de ti. Bjs dos nossos. >
 
12h10m09s
 
< Mas afinal o que se passa? Não dizes nada? Ele ( o meu marido) está aí? >
 
13h45m58s
 
< Já dei um tempo. Não dizes nada? Nem respondes. Falta de educação. >
 
15h02m01s
 
< Estou cansado de enviar mensag e tu não dizes nada. Ao menos manda-me passear. >
 
17h23m05s
 
< Que andas tu a fazer? Não repondes nem apareces. Estou zangado. >
 
18h34m26s
 
< Olha estou triste. Ao menos diz o que se passa. Estás chateada? >
 
20h25m47s
 
< Já não te digo mais nada. Foi um erro. É isso? Então adeus. >