segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Encontro inesperado.

Segunda, 20 de Dezembro de 2004
 
Hoje foi um dia complicado. Estive em reuniões. Ficou deliberado que no Sábado vou aos Açores para ir visitar a firma de lá e acertar alguns pontos. Só devo vir na terça já noite ou quarta de manhã. Vou ficar privada de escrever aqui nesses dias. Lá também tenho computador, mas não vou levar o meu diário. E, provavelmente, estarei cansada ao fim do dia. Fica aqui o meu esclarecimento.
 
Neste dia 20, logo pelas 07h20m30s recebi uma mensagem do Pedro a perguntar se podia vir ter comigo. É que no dia a seguir vinha a minha filha e lá se ia a nossa volúpia de amor.
A mensagem dizia o seguinte: - Amor podemos encontrarmos hoje? É que depois já não dá. Bjs molhados. >
 
Eu ainda estava ensonada e não me tinha recordado disso. Respondi que podia vir e que eu ia ao comboio, buscá-lo
Às nove horas já eu estava na estação. O comboio veio atrasado, como já era seu apanágio.
Vi-o descer as escadas com o seu porte de galã de cinema. Estava feliz e sorria para mim.
Quando chegou junto de mim, abraçou-me muito e beijou-me efusivamente como se estivesse estado longe de mim largas semanas.
Já no carro, as suas mãos mexiam e remexiam em todo o meu corpo. Pedi para parar porque eu vinha a conduzir.
Em casa a cena repetia-se e a roupa foi ficando aqui e ali.
Foi com êxtase que fizemos amor e fui a mulher mais feliz naquele momento. Eu pensava mesmo que ele gostava de mim como eu gostava tanto dele. Tinha uma paixão avassaladora que me levava a não pensar que era um erro crasso o que estava a fazer. Para mim, isso era normal e amava-o, pensava eu. Hoje vejo, friamente, que foi uma paixoneta e não passou disso. Descobri quando o comecei a conhecer  melhor e ele me começou a arranjar amantes. Isto depois de ter lá o dinheiro que me tinha pedido e não era pouco. Além de todas as despesas serem pagas por mim.
Depois do habitual banho, fomos almoçar ao Chinês ao C******.
Quando a empregada trouxe a conta, ele, como sempre, empurrou-a para o meu lado. Eu já estava habituada e não liguei.
Lá vieram os papelinhos da sorte. O meu dizia:- O inimigo está a teu lado.
O dele dizia:- Não estragues a tua sorte.
 
Rimo-nos e eu não levei a sério o aviso que me era dado. Não era supersticiosa. Conversámos tanto que o dono do restaurante, pôs-nos na rua, literalmente.
Fui levá-lo ao comboio e fiquei a vê-lo ir com o seu porte majestoso.
 
Já vinha para casa quando recebi esta mensagem < Foi um dia muito feliz não axastes? Amo-te sabia? >
Á noite ainda falámos no MSN.
 
Fiquei doida de alegria e li e reli a mensagem. Era uma prova de como ele gostava de mim, pensei eu. 
 
 
 

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