quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Com prazer, subi às nuvens!

Quarta, 15 de Dezembro de 2004
 
Havia algumas semanas que não via o Pedro. Encontrava-me nervosa sem saber como ele iria reagir. Já descobrira algumas facetas desagradáveis nele e não queria descobrir mais nenhuma. Porém só o futuro me iria abrir os olhos para descobrir o grande biltre que ele era. O sociopata com quem eu me metera. Era, também, e é, um bipolar. Ora estava com uma disposição incrível, ora estava de mau humor, além de outros sintomas que eu, como psicóloga, lhe tinha detetado. Mas não queria admitir e esperava que estivesse enganada no meu diagnóstico.
Encaminhei-me para a estação de comboio para o ir buscar. Eu tremia muito, tanto interior como exteriormente. Estava eu envolta nos meus pensamentos quando o apito do comboio me fez estremecer sacudindo o meu corpo como uma vara bamboleando ao vento. Olhei o relógio e eram 09h10m29s. Vinha um pouco atrasado. Esperei uns escassos minutos e vi-o a descer as escadas. Tinha um porte majestoso e parecia muito seguro de si. Sorria e acenava-me efusivamente. Chegou junto de mim e entrelaçou-me nos seus braços fortes, num abraço firme e sentido, pensei eu. A sua boca procurou a minha com tanta brusquidão que me esmagou contra ele. Beijou-me com ênfase e com sede de ser beijado.
No decorrer do caminho, as suas mãos passeavam pelo meu corpo como uma lagarta percorre a couve à procura da parte mais tenra. Estava sôfrego e dizia que o caminho lhe parecia muito longo.
Quando chegámos a minha casa e fechei a porta, ele começou logo a despir a minha roupa que foi ficando aqui e ali. Eu tinha deixado o aquecimento ligado e ele disse que estava muito agradável. Ora se despia a si, ora me despia a mim até ficarmos desnudados. Atirou-me para cima da cama e aí foi o começo de uma loucura que me fez esquecer quem eu era e o que estava a fazer erradamente. Foi uma manhã cheia de volúpia que durou até quase às treze horas.
 Fomos tomar banho juntos e fez-me feliz mais uma vez. Não se cansava de me acariciar e eu não consegui resistir a mais um orgasmo. Ele era maravilhoso naquilo que melhor sabia fazer. E era assim que ele cativava as mulheres. Depois vinha a parte mais amarga. Pagávamo-la com bastante amargura. Mas antes levava tudo o que tínhamos e não tínhamos. Até pedi dinheiro emprestado para lhe dar. A minha conta era conjunta com a do meu marido.
Fomos almoçar ao Chinês. Ele dizia que adorava a comida. Eu comi shop, shop de galinha e ele comeu pato à Pequim. Comemos crepes e outras iguarias.
Quando a empregada lhe entregou a conta, ele empurrou-a para o meu lado. Tudo me caiu. Senti-me atraiçoada e indignada, mas paguei com um sorriso amarelo.
O resto da tarde foi passado com muitos miminhos e carícias. Dizia-me sempre para lhe fazer o que me apetecesse para ficar saciada e feliz. No sofá, ainda me fez subir às nuvens. Ele tinha essa particularidade muito apurada e de saber sabido de quem já tinha uma larga experiência. Cheguei a questioná-lo nesse sentido, mas ele era perentório e dizia que era a primeira vez que estava com outra mulher sem ser com a sua. Eu ficava a pensar nisso, mas não me debruçava muito sobre o assunto para não me arrepender do que estava a fazer.
A hora da despedida chegou e foi com tristeza que nos despedimos, mas ele afirmou que na próxima quarta-feira estaríamos, novamente, juntos. Para despedida, levou-me, de novo, ao êxtase. Ele sabia os meus  pontos erógenos e assim que os tocava, eu não conseguia parar.
Viu subir as escadas e fiquei triste, mas muito satisfeita com a sua prestação.
 Voltei para casa e à noite ainda falámos no MSN.
 
 
 
 

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