sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Aquela cabeça não pára de pensar como tramar!

Domingo, 13 de Março de 2005

Já tinha tido tempo suficiente para testar os meus sentimentos. Tinha levado uma semana tão tranquila como há muito tempo não acontecia. Porém, e não sei explicar, enviei uma mensagem ao Pedro a dizer que já estava melhor e que o meu marido já ia trabalhar na segunda. Era o desejo do desconhecido, de ter alguém com quem partilhar, de saber que estava lá mesmo que fosse para deitar a baixo a minha auto-estima.
Recebi de volta a seguinte mensagem:
Eram 14h23m54s

< Meu Amor que saudades q já tinha tuas. Foram dias de desespero, angustia e medo de te perder. Vai ao msn. Bjs de quem te ama. >

Fui ao msn e falámos de coisas boas. Disse que tinha sido o pior tempo da sua vida. Disse-me que tinha ido de comboio com a intenção de ir saber coisas sobre mim, mas desistira e voltara para trás com medo de me arranjar mais problemas. Ainda hoje me interrogo se foi verdade. Disse que não podia nem queria viver sem mim. Eu era tudo para ele. Mais do que a vida que levava. Depois ficámos amigos e amantes novamente. 
Quando desliguei, senti um peso na consciência. Tinha tido o pássaro na mão e deixara-o voar. Voltara a ficar presa a ele. O remorsos tomaram conta de mim e chamei-me burra, três vezes burra. Mas estava feito. Já estava com ele outra vez e a minha vida já não voltaria a ser o que era. Contudo, não adivinhava o que vinha por aí. Aquela cabeça não pára de pensar em tramar seja quem for. Não olha a meios para atingir os fins. 

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