Terça, 18 de Janeiro de 2005
Mais uma vista linda do Castelo dos Mouros em Sintra. Quem não conhece, eu recomendo uma visita a esta cidade linda, Concelho de habitação do nosso Fernando Pedro.
Ai Fernando Pedro, ai Fernando Pedro! Tu não prestas, mesmo. Porém, és fiel aos teus gostos desde que andámos juntos. Ainda ouves o " Porto Sentido ". Foi a primeira canção que me cantaste, ao telefone, de um bar qualquer onde ias fazer Karaoke. Tenho a certeza que lês o meu blog e sabes que eu não minto ao invés de ti que mentes constantemente. A tua boca só serve para mentir e para.... Não posso mencionar porque é obsceno.
Tu sabes a que me refiro e creio que os meus leitores também.
Neste dia telefonou-me ainda cedo. Eu ainda estava a dormir. Mas atendi. Nessa altura, tinha o telefone na mesa de cabeceira. Hoje já não tenho. Modifiquei muita coisa para não me recordar dele.
Há muita coisa que foi apagada da minha memória. Só ficaram aquelas que registei no meu diário. Aquele que hoje me serve de guia para transcrever a tua maldade e como fazes para cativar uma mulher. Cativá-la até teres dela o que almejas. Foi assim comigo. És peixes e, como eles, gostas de andar no cimo da vida para filares as tuas presas.
O telefone tocou e eu, languidamente, apanhei o auscultador. Já adivinhava quem poderia ser o autor da chamada mas, certeza, não tinha:
08h20m45s
- Estou sim, por favor?
- Amor mio, sou eu. Bom dia. Dormiste bem? Eu dormi que nem uma pedra.
- Bom dia. Olha por falar em " pedra ", sonhei contigo....
- Sonhaste? E o que foi? Não me digas que te v******, no sonho!
- Não. Não foi um sonho erótico. Foi um sonho normal, mas falei alto. O meu amarido perguntou-me o que estava a sonhar porque tinha falado em pedra. Era a chamar por ti. Só que ele não percebeu.
- Eu bem te digo para teres cuidado! Um dia ainda és apanhada.
- E tu não? A tua mulher pode apanhar uma mensagem minha ou ver o meu nome no telemóvel.
- Ah, ah, ah. Isso não vai acontecer. Tenho o teu nome como José António.
- A sério?
- Sim. Eu sou muito cauteloso. É para veres. Olha já pensastes na minha proposta?
- Que proposta? Não me recordo! Desculpa.
- As desculpas não se pedem, evitam-se. De irmos para a p***** no dia que fores ao médico.
- Ainda não pensei. E como é só sexta, ainda tenho tempo para pensar...
- Eu tenho que saber, para reservar.
- Ao fim do dia já tenho uma resposta.
- Então, logo, diz-me, ok?
Ok! Combinado.
- Agora vou fazer qualquer coisinha para o homenzinho.
- Tens uma lata!!!
- Vá, até logo. Beijos docinhos. Hum! Do jeito que tu dás.
- Até logo gozão.
12h01m23s
< Vou almoçar. Já pensastes na minha proposta? Bjs para tua sobremesa. >
17h10m25s
- Estou sim, por favor?
- É essa maneira linda de atenderes o telefone que me cativa.
- Não gozes, está bem?
- Não estou a gozar. É verdade. Tens um charme que me arrepia todo.
- Tu e os teus arrepios.
- A sério. E já pensastes na minha proposta?
- Já e não.
- Mau! Como é afinal?
- Pensei que deveria ser bom, mas por outro lado, não sei se vou querer. Nunca estive nessa situação.
- Há sempre uma primeira vez para tudo. Nunca tinhas saltado a cerca e agora saltastes. ( Este tempo verbal era sempre dito e escrito da mesma maneira. )
- Pois! É um dos meus erros. Que nunca me venha a arrepender.
- Não, amor mio. Eu não deixo.
- Assim o esperemos no futuro.
- Bom, posso reservar?
- É cedo. Amanhã falamos disso.
- Cedo? Já vou sair e tu dizes que é cedo?
- Cedo para reservar. Basta de um dia para outro, penso eu...
- Pensas mal. Logo falamos no MSN?
- Não sei. O meu marido tem trabalho.
- Eu espero por ti. Beijokinhas só nossas.
- Beijinhos.
22h20m13s
< Foi bom falar contigo. Foi um cadinho, mas foi bom. Dorme bem. Bjs só nossos.>