terça-feira, 27 de outubro de 2015

Último dia da nossa viagem!

Sexta, 14 de Janeiro de 2005
 
 
Quem não conhece o Parque de D. Carlos, nas Caldas da Rainha? É lindo! Tem um jardim maravilhoso, o museu Malhoa um lago e muitas outras coisas lindas.
 
Ainda na Nazaré era muito cedo quando acordei. O Fernando Pedro dormia e eu não. Estávamos os dois nos braços um do outro. Senti-me incomodada e cheguei-me para a beirinha da cama. Ah! Ainda não disse que o nosso amigo ressonava que nem uma locomotiva! Ele dizia que era por ter partido o nariz numa atividade que ele praticava em artes marciais. Mas nessa noite acordou-me com um ronco mais forte.
Fiquei acordada algum tempo. Pensei como estaria o meu marido quando eu chegasse a casa. É certo que todas as noites nos falávamos, mas isso não era suficiente. Também falava com a minha filha. Ela recordava-me que não tinha gostado dele e que, se calhar, não era boa ideia o que eu estava a fazer. Mas não me desencorajou. Só me disse para ter cuidado com ele. Eu já andava com o olho nele, mas ele fazia-me coisas que me faziam dissipar o medo. Era assim como um analgésico. Enquanto durava, eu não pensava nas coisas más.
Com pensamentos obscuros, acabei por adormecer até que ele me chamou. Eram horas de pular da cama e fazermo-nos à estrada. A nossa estadia pela Nazaré estava a terminar.
Tomámos banho como sempre, mas desta vez mais demorado. Trocámos beijos, carícias, meiguices e muitas outra coisas que nos puseram ao rubro. Tomámos o pequeno almoço e cada um arrumou as suas coisas nos tróleis.
Descemos e, enquanto eu fiquei a fazer o check out, o Fernando Pedro metia a bagagem no meu carro. Claro que fui eu que paguei. Era sempre eu e nunca ele. Foi aí que a dona do Solar me perguntou se tínhamos gostado das mini férias e se tudo tinha estado ao nosso agrado. Eu respondi que sim. Claro que recomendo a quem quiser ir lá passar uns dias. Para me passar o recibo precisou do BI. O Pedro estava na rua e perguntei se podia ser o meu. Ela aceitou, embora a reserva estivesse no nome do Pedro. Aí fez-me uma série de perguntas a que fui respondendo como pôde. Ela disse-me que tinha um filho e uma filha. Soube que a filha morreu com câncer há dois anos, talvez três. Enviei os meus pêsames  e ela agradeceu-me. Fui para lá nessa altura em que a filha estava em Lisboa internada. Ela vinha todos os dias a Lisboa estar com a filha e o filho tomava conta do Solar. Ela reconheceu-me, por incrível que pareça. Chamou-me logo Senhora Doutora Mas ficou muito séria a olhar para o meu marido. Por delicadeza, não me disse nada.
Voltando um pouco atrás, depois de saldar a nossa conta, despedimo-nos e sai ao encontro do Pedro que já estava ao volante do meu carro. Mas antes pedi desculpa pelo Pedro não se ter ido despedir.
Seguimos em direção às Caldas da Rainha. Antes do almoço, andámos pelo Jardim que é lindo. Sempre de mãos dadas ou com o braço do Pedro a enlaçar-me toda.
O carro ficou estacionado no paquímetro junto ao Jardim.
Á hora do almoço, fomos ao D. Piri-Piri que ficava em frente ao Jardim. Sinceramente que não sei se ainda existe. Quando vou às Caldas nem me recordo de reparar se ainda lá está.
Comemos frango assado com batata frita e arroz com salada à parte.
Eram 14h22m quando saímos das Caldas.
Rumámos em direção à minha casa.
Uma coisa que não sei se disse. Desta vez o Pedro trouxe o carro dele que ficou estacionado atrás do jardim da minha casa.
Ele partiu e eu fiquei em casa. Tinha terminado mais uma semana junta com o Fernando Pedro, desta vez na Nazaré.
 

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