quinta-feira, 19 de maio de 2016

A casa de Benfica!

Sexta, 20 de Maio de 2005


Esta foto é bem o representativo das viagens do Fernando Pedro quando vai encontrar-se com a sua "Nia". Foi a senhora que mais tempo conseguiu ao lado de Pedro. Merece um diploma. Ninguém conseguiu ficar ao lado dele com tanto deslumbramento.
Mas vamos em frente. Neste dia estava predestinado ao encontro com ele.
Ficou de me telefonar logo cedo. Ia para Campolide. Mal sabia eu o que me esperava. Uma surpresa aterradora, mas gentil da parte dele.
Foi um telefonema rápido.

08h39m45s

- Sim, por favor?
- Amor sou eu. Vens ter comigo a Campolide? Vou para lá agora.
- Sim. Já tínhamos combinado...
- Tira bilhete para lá. Eu estarei à tua espera. Beijinhos e inté...
- Beijinhos.

Cheguei a Campolide pouco passava das 10h. Olhei e vi-o na plataforma. Estava com aquele porte que parecia um marialva. Sempre cheio de confiança, olhar malandro, mãos nos bolsos e um sorriso de orelha a orelha.
Ajudou-me a descer e disse que tinha uma surpresa para mim. Perguntei se me podia dar uma dica. Retorquiu que se me dissesse, deixava de ser "surpresa".
Encaminhámo-nos para fora da gare. Eu não sabia o que me esperava. O mercedes dele estava a metros. Dirigimo-nos para lá.
Entrei com um receio avassalador.
Percorri ruas e ruas que não conhecia. Foi-me dizendo que tinha sido um colega dele que lhe tinha falado naquela casa. Contudo, era evidente, que ele conhecia aquele caminho como as palmas da sua mão. Eu continuava em silêncio. Ele ia falando da casa. Mal sabia eu que ele conhecia, não só a dona da casa, como o sítio onde a mesma se situava. Mais tarde, vim a saber que já era hábito levar para lá mulheres. Uma das que tinha andado com ele, disse-me que, também, para lá a levou. Chama-se Rosarinho esta menina que foi ludibriada por ele e extorquida como eu tinha sido. Era algures em Benfica...
A casa era um ovo. Tinha uma cama do século XIX ou, pelo menos, parecia. Talvez fosse uma réplica da mesma. Eu fiquei estupefacta. Parecia uma casa de bonecas. Mal nos podíamos mexer. Não me sentia à vontade e, de facto, nem foi um dia de felicidade. Mal as coisas tinham terminado, já estava a senhoria a telefonar. Fomos tomar banho à pressa e tudo se passou num abrir e fechar de olhos.
Ele foi entregar a chave e, penso eu, a pagar aquele  infortúnio de estar numa casa em Benfica.
Vinha muito triste. Desejosa de apanhar o comboio em direção à minha casa. Tinha tanta coisa para fazer... No dia seguinte ia para a Madeira..

22h14m41s

< Meu AMOR ADORADO, dorme bem que eu vou sonhar contigo. Boa viagem e diz assim q lá chegares. Muitos Bjs doces. > 

1 comentário:

franciete disse...

Bom dia amigo esta é mais uma que passa na vida de alguém de escrúpulos nada tem e de marialva só devia de ser mesmo a pose, é assim que tantas raparigas vindas de boas famílias vão caindo nas malhas das redes de caçadores de borboletas.
Tenha um lindo e santo domingo até uma próxima, sem Mercedes de preferência a pé para apanhar um ventinho no rosto pode ser que acorde antes de chegar ao destino, um abraço de amizade.