segunda-feira, 23 de maio de 2016

Ainda que o vento me desse na cara!

Domingo, 22 de Maio de 2005


Numa vida bem planeada, temos aquilo com que sonhámos. Todavia, nem sempre sabemos planear aquilo que queremos. E aí estamos nós a saborear algo que é igual a fel. Devemos dar atenção ao nosso instinto. Se ele nos leva para melhores estradas, há que dar-lhe crédito ainda que nos arrependamos mais tarde. Mas será um arrependimento de pouca extensão dado a que os benefícios serão de maior monta. No meu caso não havia arrependimento. Havia, sim, uma exultação de felicidade nunca antes experimentada mas de pouca duração. Ainda que o vento me desse na cara devido ao descapotável, não acordei a tempo. O Mercedes estava na moda e eu queria embarcar nele.
O meu segundo dia na Madeira foi de êxtase. Não sabia que havia tanta maravilha escondida numa pequena ilha algures no Oceano. Não foi por nada que a chamaram de " a pérola do Atlântico".
Foi um Domingo maravilhoso. Meu marido quis ir ao jogo. Eu fiquei a passear pela avenida do Funchal.
Eram 12h23m47s quando o Pedro me enviou a seguinte mensagem:

<Bom dia meu Amor querido dormiu bem? Ela está de folga não posso dizer muita coisa hoje. Como dormiu? Beijocas para ajudar a passar os dias de ausência, muitas SAUDADES. >

Respondi laconicamente. Não queria que ela visse as minhas mensagens.

20h46m32s

< Dorme bem meu AMOR, tenho muitas SAUDADES tuas. Descansa, aproveita as férias para repor energias, beijocas doces e longas. >

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