quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Domingo, 23 de Janeiro de 2005
 
É uma vista linda da Estação do Oriente. Serviu de palco para as minhas despedidas com o Fernando Pedro. O encontro, esse, dava-se à porta do Centro Comercial frente à Ensitel, hoje PhoneHouse.
Neste dia, Domingo, eu levantei-me mais tarde.
Sentia-me cansada e um pouco triste. O meu marido foi fazer o seu habitual treino.
Acordei ao som de uma mensagem a chegar. Eram 09h37m49s
 
< Bom dia amorzinho. Tenho saudades tuas. estás levantada? Eu levantei-me agora, ela foi trabalhar, estou no céu. Bjs molhados. >
 
Não respondi. Fiquei na cama mais algum tempo a pensar na minha situação. Não era uma situação normal e sentia-me culpada. Grossas lágrimas caíram, copiosamente, dos meus olhos.
Levantei-me com lentidão e com uma vontade intrínseca de acabar com esta farsa que me estava a levar à loucura. Mas não o fiz. Ao invés, enviei uma mensagem de volta cheia de amor, aquele amor que vem da paixão, do desejo de ter alguém com quem estar naqueles momentos menos bons.
 
Tomei banho demorado. Deixei cair a água do chuveiro sobre mim para apagar a minha insolência. Mas nada apagou nada. Quando o meu marido chegou disse-me que estava com um ar cansado. Aconselhou-me a deitar mais algum tempo.
 
 
Estava eu a acabar o almoço quando caiu outra mensagem.
 
12h45m20s
 
< Amor mio vou almoçar com a C******. Estás bem? Bjs para tua sobremesa. >
 
 
15h19m15s
 
 
< Amor estou no msn. Estou há tua espera. Bjs doces. >
 
 
22h03m4s
 
< Não tejas triste. Amanhã vamos falar. Bjs de mel. Dorme bem. >

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